[CRÍTICA] Homem-Aranha: Longe de Casa – Grandes poderes, grandes responsabilidades!
[CRÍTICA] Homem-Aranha: Longe de Casa – Grandes poderes, grandes responsabilidades!
Um epílogo perfeito para a Fase 3 da Marvel!
Poucos personagens definem bem o conceito de super-herói quanto o Homem-Aranha. E agora, o Amigão da Vizinhança ganhou mais um capítulo no cinema para chamar de seu.
E o que achamos de Homem-Aranha: Longe de Casa, nova aposta do Universo Cinematográfico da Marvel? Você confere rolando para baixo!
Ficha Técnica
Título: Homem-Aranha - Longe de Casa
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna e Erik Sommers
Ano: 2019
Data de lançamento: 4 de julho (Brasil)
Duração: 2h 9m
Sinopse: Peter Parker (Tom Holland) está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson). Convocado para mais uma missão heróica, ele precisa enfrentar vários vilões que surgem em cidades-símbolo do continente, como Londres, Paris e Veneza, e também a aparição do enigmático Mysterio (Jake Gyllenhaal).
Homem-Aranha: Longe de Casa - Grandes poderes, grandes responsabilidades!
Depois de um épico e dramático Vingadores: Ultimato, a Marvel Studios aposta na leveza e no espírito jovem do Amigão da Vizinhança para dar um gás e encerrar a Fase 3 do Universo Cinematográfico da Marvel.
E Homem-Aranha: Longe de Casa não só faz isso com maestria, como também abre uma gama de possibilidades para o futuro do herói no cinema.
Aqui, Tom Holland assume mais uma vez seu papel de Peter Parker com muita segurança e vive um dos arcos mais interessantes do Aranha até hoje. A marcante frase do Tio Ben “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades” pode resumir perfeitamente o que se coloca para Peter em Longe de Casa.
Enquanto o adolescente tem o único objetivo de se declarar para a garota por quem é apaixonado durante sua viagem escolar para a Europa, uma catástrofe de escala global o convida a assumir a tarefa de herói. E ainda que ele tente recusar o chamado, não é nada fácil quando se tem Nick Fury no seu encalço ou quando esses vilões ameaçam a vida dos seus amigos.
Peter ainda precisa lidar com a dor da perda de seu “padrinho”, o Homem de Ferro, que parece ter deixado um legado grande o suficiente não só para o mundo como também sobre suas mãos.
Essas conexões diretas a Vingadores: Ultimato são, inclusive, uma ótima maneira de fechar as pontas soltas do filme da equipe e ainda promover a Homem-Aranha: Longe de Casa momentos incríveis - ora divertidos, ora emocionantes.
Nessa segunda aventura solo do herói, o cineasta Jon Watts se esforça para manter o mesmo tom e estilo de Homem-Aranha: De Volta ao Lar. No entanto, ele consegue ir além ao dar uma cara ainda mais cartunesca ao filme e um vilão ainda mais astuto que o Abutre de Michael Keaton.
Longe de Casa te convida a invadir de vez o colorido mundo dos quadrinhos com algumas sequências de tirar o fôlego, algo que seu predecessor não conseguiu fazer. Há uma cena em especial na segunda metade do filme que te fará achar que está vendo um filme do Doutor Estranho.
Dá para dizer que há também uma pitada saborosa de romance adolescente. Peter pretende se declarar para MJ no alto da Torre Eiflel, mas nada parece contribuir para que isso aconteça. Seja as tarefas de herói de Peter, ou um rival sem poderes e sem planos malignos que soa tão ameaçador para o jovem quanto um super vilão: um garoto interessado em MJ.
Todo o núcleo coadjuvante formado por Zendaya, Jacob Batalon, Angourie Rice, Remy Hii e mesmo os veteranos Marisa Tomei e Jon Favreau desfrutam de grandes momentos e arcos bem desenvolvidos enquanto esbanjam química na tela.
Química, aliás, é algo que tem tudo a ver com as adições de Samuel L. Jackson e Jake Gyllenhaal ao elenco do filme. L. Jackson reprisa mais uma vez seu papel de Nick Fury, e unido a ingenuidade e leveza de Tom Holland, nos rende alguns momentos hilários.
Gyllenhaal está magistral e surpreende com um personagem que foi muito bem amarrado ao Universo Cinematográfico da Marvel, provando mais uma vez a grande capacidade do estúdio de reinventar de forma convincente personagens das HQs. O papel de Mysterio é certamente desafiador em muitos aspectos, e terá um grande impacto sobre o destino do Homem-Aranha.
O principal conflito de Homem-Aranha: Longe de Casa é trazido de forma bombástica ao espectador, mas é necessária uma completa suspensão de descrença para se convencer de algumas atitudes de personagens bem como de algumas soluções encontradas para facilitar o andamento da trama.
Por exemplo, uma cena extremamente expositiva se coloca no meio do caminho do filme, que estava indo muito bem até ali. Outro exemplo é a maneira como Peter e MJ acabam encontrando respostas para algumas questões, soando preguiçosa e desnecessária.
Felizmente, esses deslizes não são suficientes para definir o sétimo filme live-action solo do Aranha, que mostra uma evolução nítida e uma confiança crescente da franquia dentro da mega saga da Marvel.
Seria impossível não falar sobre as cenas pós-créditos de Homem-Aranha: Longe de Casa. Então caso você não tenha visto o filme: pule esse item e role para baixo.
A primeira cena pós-créditos é a mais impressionante das duas, pois não só resolve alguns “furos” deixados pelo filme, como também joga as expectativas para o próximo filme do Homem-Aranha lá pro alto. Nela, vemos o mundo descobrindo a identidade secreta do herói, o que sugere que a próxima aventura do Aranha será diretamente ligada às consequências de Peter agora ser uma persona non grata no mundo todo.
A segunda cena pós-créditos também funciona para consertar o problema da personalidade de Nick Fury, que em certos momentos do filme não parecia condizer com o que conhecíamos dele. Nela ainda descobrimos que os Skrulls terão um papel significativo na próxima Fase do Universo Cinematográfico da Marvel.
Divertido, surpreendente e recheado de um ótimo elenco, Homem-Aranha: Longe de Casa é um condimento perfeito para o final agridoce de Vingadores: Ultimato.
O novo filme do aracnídeo é responsável por colocar esse que é dos heróis mais populares e queridos da Marvel como uma das figuras centrais para liderar o futuro do UCM.
NOTA: 4/5