[CRÍTICA] Assassin’s Creed: Odyssey – Entre Mercenários, Lendas e Olimpianos!

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[CRÍTICA] Assassin’s Creed: Odyssey – Entre Mercenários, Lendas e Olimpianos!

Por Guilherme Souza

Em mais uma viagem histórica, Assassin’s Creed: Odyssey nos leva em uma jornada pela Grécia antiga, com direito a todos os mitos e divindades desse período.

A Ubisoft nos forneceu uma cópia do game e fizemos uma análise detalhada de nossa experiência. Será que a mudança de curso do estúdio em relação à franquia foi correta? Descubra em nossa análise.

Ficha Técnica

Nome: Assassin’s Creed: Odyssey

Plataformas: PS4, Xbox One, PC

Gênero: RPG eletrônico de ação/ Aventura/Mundo aberto

Modos de jogo: Campanha Solo

Estúdio: Ubisoft Quebec

Publicadora: Ubisoft

Data de lançamento: 5 de outubro de 2018

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11 anos depois do lançamento do primeiro jogo da série Assassin’s Creed, a Ubisfot lança o que talvez seja o jogo mais inovador e ambicioso da franquia. Em Assassin’s Creed: Odyssey somos transportados para a Grécia no período da Guerra do Peloponeso.

Depois de ter iniciado uma mudança de curso no jogo anterior, a Ubisoft mostra que está disposta a reinventar a franquia de vez, tanto em termos narrativos quanto de jogabilidade, mesclando o que fez de melhor nos jogos anteriores e os aperfeiçoando.

Algo que fica bem claro, é que o pano de fundo do presente e o histórico entre a Abstergo e a irmandade dos assassinos cada vez fica mais em segundo plano, onde a Ubisoft tenta nos mostrar que o que realmente importa são os eventos que acontecem no passado, o que é ótimo, já que a transição constante entre os períodos de tempo nos jogos anteriores era um grande incômodo.

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Pela primeira vez, temos a oportunidade de escolher o gênero de nosso protagonista, onde logo no começo, entendemos que nossas escolhas afetarão a história do jogo no futuro. Depois de decidir entre Alexios ou Kassandra, temos um pequeno vislumbre da guerra entre os 300 de Esparta e os Persas, onde controlamos o lendário Rei Leônidas.

Naquele breve momento, conseguimos ver um pouco das batalhas entre exércitos que acontecerão frequentemente ao longo do jogo, onde temos cerca de 300 NPC’s em tela, o que é algo bem impressionante, já que todos possuem ações independentes e temos modelos diferentes de personagens.

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Nossa jornada se inicia na Ilha de Cefalônia, onde começamos a entender melhor um pouco da mecânica do jogo e quem é seu personagem. Para aqueles que não acompanhavam a franquia assiduamente, ou que não jogaram o título anterior, terão uma grata surpresa com as mudanças e evoluções.

Aqui, independente de sua escolha de protagonista, vivemos a história de um mercenário que tenta lidar com um criminoso que está assolando os moradores da ilha, porém ele serve apenas como pontapé inicial para que você entenda como as coisas funcionam.

Acredite, você pode passar longas horas fazendo somente as missões da primeira ilha, mas não pense que isso é algo ruim, já que o jogo te envolve de uma maneira em que você se dedica ao máximo quando está somente no prólogo.

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Vemos que muito mudou, não espere aquele código de honra usado pelos Assassinos, ou aquela fidelidade histórica dos jogos anteriores, na verdade, a franquia resolveu se entregar de vez à mitologia, bem como às lendas que acompanham esse período.

Além das icônicas criaturas mitológicas, Odyssey conta também com uma “influência divina” no próprio protagonista, que é um herdeiro direto de Leônidas, que usa a lança do antigo Rei de Esparta em sua jornada. Por falar nisso, a lança de Leônidas é vista como uma espécie de “Lança do Destino” (Lança usada para matar Jesus Cristo), já que ela possui algumas habilidades especiais que vão se revelando ao longo da história.

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Ao falar sobre as habilidades, vemos mais uma melhoria nas árvores de habilidades. Divididas em três tipos (Caçador, Guerreiro e Assassino), as habilidades facilitam seu progresso no jogo e garantem uma diversão extra nas missões.

Assim como em um RPG, você consegue ir comprando as habilidades através de pontos obtidos com a subida de nível, mas não pense que será fácil conseguir todas elas, já que o progresso de níveis é um pouco lento e requer muitas missões.

O interessante aqui, é que suas habilidades são baseadas em conceitos de um assassino lendário, que consegue até mesmo domar feras selvagens, disparar diferentes tipos de flechas e usar melhorias em suas armas, mas como dito anteriormente, a Lança de Leônidas também lhe garante algumas habilidades especiais, que serão muito úteis no decorrer do jogo.

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Os gráficos estão excelentes e podemos notar que a equipe de arte se empenhou bastante em implementar detalhes do mapa e fazer com que cada ilha tivesse uma geografia única, além da flora e fauna que varia de região para região.

As texturas dos objetos e tecidos, bem como a movimentação dos cabelos também está muito boa, contudo, não podemos deixar de observar que em algumas armaduras, temos uma sobreposição de objetos quando os personagens se movimentam, o que tira o realismo das peças, mas levando em conta que existem diversos tipos diferentes de armadura e que os jogadores as trocarão a todo o momento, esse é um nível de detalhe que não faz muita diferença.

O grande destaque gráfico fica por conta dos Pontos de Observação, onde, assim como nos jogos anteriores, conseguimos ter um panorama maior do mapa e ver que as paisagens realmente são de tirar o fôlego. É nesse momento que também fazemos o saudoso Salto de Fé**, que nunca deixa de ser divertido.

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Por falar em mapa, devemos dizer que ele está gigante e você com certeza levará muito tempo para concluir as missões aqui, sejam elas da história principal ou as secundárias. Considerando que as missões principais requerem níveis relativamente altos para serem concluídas, você terá de explorar bastante o mapa se quiser prosseguir na história sem muitos problemas.

Além dos tradicionais pontos de Viagem Rápida, Odyssey também conta com o sistema de navegação, apresentando em Assassin’s Creed IV: Black Flag. Assim como em Black Flag, usamos um navio para visitar as ilhas espalhadas pelo mapa e enfrentar inimigos marítimos, o que garante uma camada extra de diversão, mas que com o passar do tempo, pode acabar ficando um pouco repetitiva.

Embora os conceitos de navegação tenham sido aprimorados, falta um pouco daquela atmosfera vista em Black Flag, onde os piratas faziam ações independentes no convés e não pareciam tão mecânicos, sem contar que devido ao período de tempo, seu navio não conta com canhões e outros armamentos mais modernos, ficando limitado às lanças e flechas.

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Como é de praxe não poderiam faltar os infames bugs, mas considerando o tamanho da campanha, elementos em tela, mapa gigantesco, locomoção marítima sem loadings e tudo o mais, eles são, de certa forma, extremamente aceitáveis.

Durante nossa análise, pudemos presenciar algumas coisas bizarras, tais como armas de inimigos que ficavam flutuando no ar após uma luta com cutscene, NPCs com movimentações bizarras durante as batalhas de exércitos e até mesmo uma “queda infinita” ao saltar de uma casa para a outra que acabou resultando em uma falha inexplicada da missão, porém como dito antes, esses erros são completamente aceitáveis quando levamos em consideração todos os elementos do jogo.

Uma coisa que incomoda bastante é o “efeito boneca de pano” dos personagens mortos, que, quando derrotados, simplesmente caem de qualquer jeito proporcionando posições estranhíssimas e irreais.

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Conclusão

De forma geral, Assassin’s Creed: Odyssey é um jogo muito bom e que com certeza irá agradar aqueles que amam mitologia grega, bem como os fãs de jogos de RPG e aventura. O título mostra que a franquia está disposta a mudar seu rumo e que pode seguir um viés mais “divino” mesclado com a tradicional recriação histórica da franquia, o que é ótimo, afinal, isso aumenta as possibilidades de imersão do jogador e habilidades do protagonista.

Vemos aqui uma melhora significativa no sistema de combates, que parece muito mais fluído e interativo do que os títulos anteriores, com tipos diferentes de armas e estratégias. Outra melhoria que se destaca bastante é a movimentação de seu personagem, que está cada vez mais intuitiva e fluida, algo de extrema necessidade em um mapa que fica cada vez maior.

É claro, seria ótimo se o estúdio tivesse dado um intervalo de espaço maior entre os lançamentos da franquia para refinar algumas coisas que poderiam ser melhoradas, mas dada a magnitude do projeto, podemos dizer que o resultado é satisfatório e que o título cumpre sua função.

Nota: 4 de 5