No que diz respeito ao Coringa, é impossível não começar essa lista sem citar o grande clássico escrito por Alan Moore e ilustrado por Brian Bolland. Lançada originalmente em 1988, A Piada Mortal é a graphic novel definitiva do Príncipe Palhaço do Crime, que nos mostra a gravidade e a profundidade de sua relação com o Cavaleiro das Trevas.

O quadrinho veio em uma época em que todos queriam saber mais sobre a origem do vilão e por que ele se tornou esse ser tão cruel - e de certo modo, temos isso representado, junto com um dos planos mais brutais da carreira do Coringa, que envolve o Comissário Gordon e sua filha, a Batgirl. A HQ é indispensável e influenciou diversas obras, como o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas e até uma adaptação animada de 2016.

As realidades alternativas são palco de grandes histórias na DC Comics, isso tudo graças ao selo Elseworlds, que apresenta a vastidão do multiverso da editora. E uma dessas histórias ambientadas em cronologias diferentes da que estamos acostumados é Batman: Cavaleiro Branco, minissérie criada por Sean Murphy, que nos fornece outra perspectiva sobre o Coringa.

Aqui, o vilão foi "curado" de sua loucura homicida, e agora concorre ao cargo mais disputado na política de Gotham City, enquanto tenta emplacar leis pelo fim do vigilantismo da cidade. Agora chamado de Jack Napier, ele se torna o "Cavaleiro Branco" de Gotham... mas sua sanidade é posta à prova e só no fim temos a resposta: será que a maldade do Coringa pode ser curada ou é um fator inato do personagem?

Ainda falando dos multiversos e realidades alternativas da DC Comics, um quadrinho precisa ser mencionado - e ele se encaixa nessa configuração por ser uma história ambientada no mesmo universo de Batman: The Animated Series, a clássica série que foi ao ar de 1992 a 1995. Em Louco Amor, temos uma história focada em Arlequina e sua fixação pelo Coringa.

Considerada a história de origem definitiva da vilã, o quadrinho mostra como ela era uma prestigiada psiquiatra que acabou se envolvendo demais com seu paciente, o Príncipe Palhaço do Crime, e como isso a colocou em uma espiral de loucura. Escrita por Paul Dini e Bruce Timm, a HQ é essencial para os fãs da série animada e ainda nos apresenta o lado mais manipulador, sujo e doentio do clássico vilão da editora.

Escrita por Brian Azzarello e com artes de Lee Bermejo, Coringa é uma das histórias mais sombrias, depravadas e hediondas envolvendo o Príncipe Palhaço do Crime, justamente por ter uma ambientação próxima da realidade. Lançada em 2008, mesmo ano de lançamento de Batman: O Cavaleiro das Trevas, é dito que o quadrinho puxa algumas influências do visual de Heath Ledger no papel do vilão.

Aqui, um criminoso mequetrefe de Gotham City chamado Johnny Frost precisa resgatar seu mestre, o Coringa, que acabou de ser liberado do Asilo Arkham. E o que temos a seguir é uma série de crimes assustadores cometidos pelo vilão, enquanto Frost testemunha tudo sem poder fazer nada. Se você gosta de histórias ultraviolentas, essa é para você!

A primeira aparição do Coringa nas HQs se deu em Batman #1, e ele logo foi transformado no grande antagonista do Cavaleiro das Trevas. Em 2005, a editora resolveu revisitar essa história através de uma graphic novel intitulada Coringa: O Homem Que Ri, em clara homenagem ao filme que inspirou o visual do palhaço assassino.

A trama de Ed Brubaker e Doug Mahnke foi originalmente planejada como uma continuação de Batman: Ano Um, de Frank Miller - e por isso, há várias conexões com a história. Ao mesmo tempo, ela serve como uma nova versão da primeira aparição do Palhaço do Crime em Gotham City, envenenando os reservatórios da cidade apenas para se divertir. Para quem tem curiosidade, é um quadrinho bem interessante e cheio de ideias boas.

Uma análise profunda sobre o Batman a partir da perspectiva dos seus maiores inimigos, Asilo Arkham é uma das histórias mais prestigiadas escritas por Grant Morrison, além de contar com a arte etérea e sombria de Dave McKean. E tudo começa quando o Cavaleiro das Trevas se vê em seu maior pesadelo: preso e cercado de seus vilões, que tomaram o controle do Asilo Arkham.

Publicada originalmente em 1989, a graphic novel serviu como base para o jogo Arkham Asylum, mas traz versões bem interessantes dos inimigos do Homem-Morcego. O Coringa se destaca por sua postura lunática e horripilante, além de termos as primeiras pistas de que sua história é um verdadeiro enigma, mas que talvez ele seja a pessoa mais sã de Gotham City...