A origem da Arlequina passou por diversas mudanças ao longo dos anos. Sabemos que tudo começou quando a Dra. Harleen Quinzel se apaixonou por seu paciente no Asilo Arkham, o Coringa. Enlouquecida por ele, ela chegou a se jogar em um tonel de ácido para se transformar por completo.

Entretanto, durante os Novos 52, esse detalhe foi alterado e trouxe ainda mais violência à relação nada saudável entre os dois palhaços. Aqui, é revelado que o Coringa, na verdade, empurrou Arlequina no tonel contra a sua vontade, fazendo ela passar por uma transformação física e psicológica.

Como muitos sabem, a Arlequina foi criada em Batman: A Série Animada, originalmente como uma mera namorada para o Coringa. Eventualmente, os criadores da série animada, Paul Dini e Bruce Timm, também investiram em uma graphic novel chamada Mad Love.

Nessa HQ, temos um verdadeiro show de horrores no que diz respeito à relação entre os dois palhaços. O auge vem quando a Arlequina faz um plano elaborado para matar o Batman. Ela conta tudo para o Coringa, e o vilão dá um tapa violento em seu rosto, xingando-a por tentar matar o Batman sozinha.

Durante os Novos 52, conhecemos uma versão bem diferente do Coringa. Nessa continuidade do Universo DC, o vilão é reapresentado como um louco que foi capaz de arrancar seu próprio rosto, usando-o como uma máscara por cima da carne viva.

Em um certo momento Coringa tenta forçar a Arlequina a passar pelo mesmo processo. Ele chega a colocar uma navalha no rosto da sua até então namorada, que fica assustada. Ela pergunta se o Coringa não a acha mais atraente e o vilão responde: “Quando foi que eu disse que te achava bonita?”.

Ainda na saga Morte da Família - o mesmo evento em que vemos a cena anterior -, temos outra sequência perturbadora envolvendo os dois. Quando a Arlequina tenta escapar dos domínios do Coringa, o vilão prepara uma armadilha completamente macabra.

Ele a prende em uma sala lotada de esqueletos vestidos com sua roupa tradicional de Arlequina, dizendo que ela não foi sua primeira ajudante e nem será a última. Claro que isso não passa de um truque psicológico, mas ainda assim é algo intenso até mesmo para o Coringa.

Ainda durante os Novos 52, vimos como a Arlequina se tornou um membro bem importante do Esquadrão Suicida, participando das missões da equipe e até mesmo nutrindo um relacionamento com o Pistoleiro. E é com ele que ela decide por em prática um fetiche assustador.

Após encontrar o rosto do Coringa, ela faz com que o Pistoleiro a use enquanto os dois fazem sexo. No meio do ato, ela começa a chamar pelo Pudinzinho como se ele estivesse ali. Isso é a prova exata de como a mentalidade da personagem foi completamente alterada pelo Palhaço do Crime.

Após todos esses momentos brutais e assustadores, finalmente tivemos a retribuição da Arlequina nas páginas de Harley Quinn #25. Aqui, vemos o Coringa novamente com seu rosto restaurado, tentando de tudo para reatar com a Arlequina enquanto estava preso.

Porém, dessa vez, Harleen não deixa barato para o Pudinzinho. Ela o ataca e inclusive chega a arrancar um pedaço do lábio do Coringa quando ele tenta beijá-la a força. Ao fim, ela fala sobre como espera que ele apodreça no inferno, terminando todo o relacionamento abusivo definitivamente.

Desde que tudo isso aconteceu, a Arlequina seguiu em frente e está conseguindo manter sua vida longe da sombra do Coringa. Porém, nas HQs mais recentes do Batman, vemos que a influência do Príncipe Palhaço do Crime está sempre à espreita... mesmo quando ele não é o mandante.

Um bom exemplo disso está no arco Joker War. Aqui, conhecemos a nova namorada do vilão, a Punchline - que não vai nada com a cara da Arlequina. Movida pelo ciúmes, ela encontra a Arlequina e chegar a dilacerar seu pescoço. Ainda assim, a palhaça consegue escapar e planejar sua vingança.

Fora da continuidade principal, temos alguns momentos bem bizarros e macabros entre o casal. No universo de Injustice: Gods Among Us, descobrimos que a Arlequina ficou grávida do Coringa, durante uma conversa emocionante da vilã com a Canário Negro.

Aqui, a Arlequina conta como o Coringa a ignorou durante um ano inteiro, enquanto ela estava grávida e um pouco depois de ter dado luz à sua filha, Lucy. Sabendo que o Coringa seria um péssimo pai, a vilã dá a criança a sua irmã, que cuida dela em segredo do Príncipe Palhaço do Crime.

E isso nem mesmo é o momento mais bizarro dos dois quando falamos do universo de Injustice: Gods Among Us. No final da Arlequina no jogo, descobrimos que ela e o Sr. J finalmente se casaram, unindo os laços em uma cerimônia no mínimo macabra.

Durante a recepção, o Coringa esfregou a cara da Arlequina no bolo, o que traz à tona todos os momentos de violência e abuso que ela já passou nas mãos dele. Decidida a por um fim nisso, ela pega a faca do bolo e rasga a garganta do Príncipe Palhaço do Crime ali mesmo, na frente dos convidados.

Embora não seja lá um filme bom, Esquadrão Suicida veio para apresentar novas versões do Coringa e a Arlequina nos cinemas, além de apresentar uma nova história de origem para Harleen Quinzel. Aqui, vemos toda a manipulação que o palhaço exerce sob a psiquiatra em uma série de flashbacks.

Contudo, há um detalhe da origem da Arlequina que torna sua história ainda mais trágica e assustadora. Podemos ver que, além de ter influenciado Harleen, o Coringa também realizou o brutal tratamento com eletrochoque na doutora, deixando-a tão insana quanto ele.