Quando falamos de bagaceira, a franquia Sexta-Feira 13 definitivamente merece um prêmio. Ao longo dos anos, a saga de Jason Voorhees já passou por pontos inacreditáveis, com filmes que levam o assassino ao inferno, a uma balsa e até mesmo ao espaço, como é o caso de Jason X.

Esse filme se passa não apenas em uma base espacial, como também no distante futuro do Século XXV. É uma proposta ousada que só funciona porque o filme é tão ruim que acaba ficando bom. Destaque para o visual "robótico futurista" de Jason, que parece ter sido comprado em uma loja de um real.

Por outro lado, quem acompanha a franquia O Massacre da Serra Elétrica, sabe que as sequências não trazem grandes inovações em termos de história. A trama de quase todos os filmes é a mesma, com vítimas diferentes. Ainda assim, há algo errado em O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno.

O filme é estrelado por nomes como Renée Zellweger e Matthew McConaughey e, apesar de ter uma trama bem similar à dos filmes anteriores, é um surto absoluto em sua montagem, seu desenvolvimento e seu visual. Basta ver essa foto do Leatherface e já temos uma ideia da bizarrice.

Tubarão veio para revolucionar o cinema e apresentar o blockbuster como conhecemos hoje, criando pavor da água do mar apenas através da música e uma deliciosa construção de suspense. Porém, vieram as continuações e afogaram todo o brilhantismo do filme original.

Tubarão 4: A Vingança talvez seja o pior. Na trama, a viúva de um dos protagonistas dos primeiros filmes se muda com seus filhos para o outro lado dos Estados Unidos... apenas para ser seguida pelo tubarão, em busca de vingança. É uma premissa tão ridícula que chega a ser engraçada.

Com dois filmes iniciais muito interessantes, Hellraiser passou por uma lenta descida ao inferno. Hoje, são dez filmes ao total - e excluindo os dois primeiros, cada um é pior que o outro. Ainda assim, um se destaca no quesito trash, o oitavo chamado Hellraiser 8: O Mundo do Inferno.

Explicar a história desse filme é confusa: um grupo de fãs de um jogo inspirado pela mitologia de Hellraiser é convidada para um evento especial, onde a morte começa a rolar solta, com o Pinhead de repente sendo um assassino slasher. O filme ainda conta com Henry Cavill no elenco.

Lançado em 1999, A Bruxa de Blair se tornou um dos maiores sucessos da história do cinema, ganhando fama por sua campanha de marketing esplendorosa, que fez com que muitos acreditassem que tudo era verdade. No ano seguinte, O Livro das Sombras veio para destruir tudo.

A visão original do diretor Joe Berlinger foi totalmente massacrada pelo estúdio, que propôs várias mudanças no corte. O filme teria uma série de ligações com sites, criando uma vasta mitologia da Bruxa de Blair, além de trazer muitas mensagens subliminares peculiares e assustadoras.

A saga de Jogos Mortais já passou por poucas e boas no cinema. Depois do primeiro filme, cada longa trazia uma nova conexão para a história de John Krammer, criando mais reviravoltas mirabolantes sobre o assassino e suas engenhocas macabras. O filme mais recente é a prova cabal disso.

Jogos Mortais: Jigsaw é um projeto peculiar por servir tanto como uma sequência como prequel para o universo da saga. O grande problema é que o filme não faz o menor sentido do ponto de vista da continuidade, causando grandes furos de roteiro que comprometem a coesão da franquia.

A franquia Halloween é outra que já tentou de tudo - desde continuações que anulam filmes anteriores a cultos inteiros focados em Michael Myers. Porém, a continuação mais surtada certamente é Halloween 3: A Noite das Bruxas, o único filme da saga sem Myers como vilão.

A ideia original de John Carpenter era fazer uma franquia antológica, com cada filme se passando durante o Dia das Bruxas. No filme, temos uma empresa maligna que vende máscaras que transformam crianças em assassinas. O projeto fracassou e o plano de antologia foi deixado de lado...

Embora sempre tenha começado na bagaceira, a saga do Brinquedo Assassino foi ficando cada vez mais insana e bizarra. E, após o hilário A Noiva de Chucky, tivemos o lançamento do filme mais bizarro, estranho e peculiar da saga, com O Filho de Chucky.

Lançado em 2004, o filme abraçava um lado camp e queer que nenhum outro longa de terror já havia abraçado. Aqui, conhecemos o filho de Chucky e Tiffany - que pode tanto ser menino quanto menina. É um projeto bem curioso, que apesar de ser odiado pela crítica, é amado por muitos fãs da franquia.

Engana-se quem acha que uma continuação surtada é, necessariamente, uma continuação ruim. A prova disso é O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger, o sétimo capítulo da franquia A Hora do Pesadelo. O filme foi o único na saga dirigido por Wes Craven além do original.

Vindo um pouco antes de Pânico, o filme serve para mostrar um pouco das ideias metalinguísticas e auto-referenciais que Craven traria para a franquia. No longa, seguimos os atores do filme original (interpretando eles mesmos), conforme Freddy Krueger sai das telas do cinema para o mundo real.

Por fim, temos também o terceiro capítulo da franquia Uma Noite Alucinante, dirigido por Sam Raimi e que leva o icônico Ash Williams para um período ancestral. O filme divide opiniões até hoje, já que há quem o considere o melhor e há quem o considere o pior da franquia.

O filme envolve viagem no tempo e leva Ash até a Era Medieval, enquanto enfrenta demônios em um cenário de fantasia bizarro. É uma proposta bem ousada, que foge bastante do que já havia sido apresentado nos capítulos anteriores da franquia A Morte do Demônio.