8 coisas que fazem da Marvel melhor que a DC

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8 coisas que fazem da Marvel melhor que a DC

Por Gus Fiaux

Se você já é versado na internet e nos quadrinhos há muito tempo, já deve ter visto uma questão recorrente nas brigas de fãs: afinal, quem é melhor: a Marvel ou a DC? Pois bem, é difícil trazer uma resposta definitiva para isso – até porque, no fim do dia, não há uma editora melhor que a outra, e ambas têm suas próprias forças e limitações, dentro do escopo das histórias de super-heróis.

Ainda assim, enquanto a DC Comics sempre priorizou personagens mais “divinos” e suas histórias mais épicas, a Marvel por um outro lado sempre introduziu dramas humanos e mais identificáveis com seus leitores. Aqui, reunimos essa e outras curiosidades para falar de 8 coisas que a Marvel faz melhor que a DC Comics!

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Dramas humanos

Se há algo que muitos fãs sempre gostaram muito na Marvel é a forma como os personagens da editora sempre soaram mais humanos e "acessíveis" que os heróis da DC Comics - que, por sua vez, sempre ficaram em um alto patamar de divindade. Isso fez com que vários heróis passassem por dramas completamente humanos e, por consequência, se tornassem mais próximos dos leitores.

Basta pensar no Homem-Aranha, que encapsula esse conceito de modo brilhante - ele é um estudante que não tem dinheiro, precisa lidar com o peso de suas responsabilidades e manter sua tia idosa segura, ao mesmo tempo em que luta contra o crime e toma, de vez em quando, atitudes consideradas "questionáveis".

Outros personagens receberam o mesmo tratamento. Hulk e Coisa, por exemplo, sempre tiveram que lidar com a dualidade vinda de sua própria monstruosidade, enquanto o Homem de Ferro travou uma longa batalha contra o alcoolismo. E, claro, temos também os X-Men, que servem como uma alegoria para minorias sociais e precisam batalhar diariamente contra a intolerância, o preconceito e o extermínio.

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Locações reais

Outro detalhe bem interessante a respeito das histórias da Marvel Comics é como a editora sempre conseguiu "costurar" muito bem a ficção ao mundo real, adotando lugares reais como cenário de suas maiores histórias. Nova York se tornou o lar de vários heróis, assim como outras cidades famosas dos Estados Unidos e do mundo.

Claro, há cenários fictícios nas histórias da Marvel, como o reino africano de Wakanda ou a Latvéria, por exemplo. Mas esses lugares existem em um mesmo universo que as cidades que conhecemos, o que torna todo esse universo mais verossímil, sem que cada herói tenha um próprio lar fictício, como Gotham, Metrópolis ou Star City.

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Multiverso maior e mais delimitado

Desde a década de 80, com a entrada de Alan Moore nas histórias do Capitão Britânia, temos a noção de que o "universo principal" da Marvel é um entre milhões de realidades em uma vasta teia que está em constante expansão. Não é à toa que o universo ganhou a alcunha de Terra-616, o que por si só já demonstra como, apesar de ser a realidade que mais vemos nos quadrinhos, não é o "ponto de partida" do Multiverso.

Além disso, a Marvel sempre teve mais firmeza na hora de delimitar os seus próprios universos e definir onde começa um e onde termina outro. Enquanto isso, a DC precisou já fazer mais de um mega-evento (Crise nas Infinitas Terras, Renascimento, Convergência) para tentar resolver os problemas de coerência de seus próprios universos.

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Mais equipes em destaque

A DC Comics tem um vasto panteão de personagens, mas quando paramos para pensar nas equipes da editora, nos lembramos da Liga da Justiça, da Sociedade da Justiça, do Esquadrão Suicida e dos Jovens Titãs. E ainda assim, três dessas equipes são afiliadas entre si, o que faz parecer que não há grupos tão diferentes e diversificados na editora.

Felizmente, com a Marvel, isso nunca foi um problema. Desde suas origens, a editora apostou em uma grande variedade de equipes heroicas, como os Vingadores, os X-Men, o Quarteto Fantástico, os Guardiões da Galáxia e por aí vai. Cada equipe possui suas próprias aventuras e nem sempre seus caminhos se cruzam, dando a impressão de que esse universo é mais vasto.

Além disso, várias equipes se dividem em "subgrupos" que possuem ligação com a equipe central e podem interagir com outros times, mas nem sempre isso é necessário. Basta pensar em como os Vingadores, o Quarteto e os X-Men possuem, os três, suas "subdivisões juvenis": os Jovens Vingadores, a Fundação Futuro e os Novos Mutantes.

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Vilões mais humanizados

Não são apenas os heróis da Marvel que são figuras mais identificáveis e humanas, mas os vilões também! Ao longo dos anos, a editora optou por não seguir a risca o conceito de "mal absoluto", e boa parte dos antagonistas das histórias possuem motivações muito compreensíveis, como Magneto, por exemplo. Nesse sentido, a editora está sempre borrando o conceito de bem e mal nas suas histórias.

Até mesmo nos vilões mais cruéis e desumanos, há um desenvolvimento bem complexo de suas decisões. Basta pensar em Thanos, que tanto nas HQs quanto nos filmes, possui uma motivação compreensível (salvar o universo da aniquilação total), enquanto usa de métodos completamente vis para atingir seus objetivos, o que gera um dilema não só nos heróis, mas também para os leitores/espectadores.

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Ciência

Enquanto a DC Comics sempre priorizou a magia e os seres sobrenaturais, a Marvel até trouxe alguns conceitos místicos - como toda a mitologia por trás do Thor e de Asgard -, mas seu foco maior sempre foi em tramas de ficção científica. Foi assim que se estabeleceram as bases de personagens como o Quarteto Fantástico, os X-Men e os Guardiões da Galáxia.

Isso não quer dizer que a DC deixe de investir no lado científico, mas não há como negar que a Casa das Ideias sempre abordou conceitos "reais" de uma forma extrapolada, criando narrativas de viagem no tempo, dons genéticos, invasões alienígenas e raças extraterrestres mais variadas - e em alguns casos, há personagens que cruzam a linha da magia e da ciência, como o Doutor Destino.

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Histórias interconectadas

Enquanto a DC manda muito bem em histórias isoladas, selos alternativos e sagas independentes, a Marvel sempre foi campeã no que diz respeito à construção de um universo coeso e compartilhado. Isso parece ser algo muito recente, mas na verdade, vem desde a década de 60, quando Stan Lee, Jack Kirby e cia. começaram a unir os mais diversos heróis nas mesmas histórias.

Isso acabou tendo uma consequência arrasadora em 1984 com o lançamento de Guerras Secretas (a original), a primeira mega-saga da editora, que ditou o rumo para vários crossovers que viriam nos anos seguintes. Isso faz com que as consequências de cada história repercutam em diversas histórias diferentes, tornando esse universo bem fechadinho em si mesmo.

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Um universo cinematográfico mais coeso

Mesmo que você seja fã ferrenho da DC Comics, não há como negar que a Marvel conseguiu fazer algo que muitos julgavam ser impossível, criando para si um universo compartilhado rico e interconectado de uma forma muito mais coesa que o Universo Estendido da DC, onde cada história serve como um capítulo em uma narrativa maior.

Claro que isso nem sempre dá frutos positivos - como bem estamos vimos na Fase 4 e sua megalomania em relação ao Multiverso - mas certamente é um dos charmes que fez com que tantas pessoas se empolgassem com toda a saga dos Vingadores e que culminou de um jeito magistral com filmes como Guerra Infinita e Ultimato.

Para quem gosta de procurar por easter-eggs e conexões, o MCU é um parque de diversões vasto e cheio de possibilidades. Embora isso tire um pouco do peso dos projetos solo em si, ainda é uma releitura interessante de tudo que vemos nas histórias em quadrinhos, com uma miríade de heróis e vilões que estão sempre se esbarrando e tendo suas aventuras épicas.