7 coisas que os filmes de Percy Jackson não fizeram bem em relação aos livros

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7 coisas que os filmes de Percy Jackson não fizeram bem em relação aos livros

Por Melissa de Viveiros

Percy Jackson está ganhando uma nova adaptação em série no Disney+, mas já teve uma versão em live-action anteriormente. Ao todo, foram dois filmes feitos pela Fox que não obtiveram sucesso – e decepcionaram muitos fãs por serem péssimas adaptações.

Nesta lista, relembramos 7 coisas que os filmes de Percy Jackson não fizeram bem em relação aos livros!

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Os personagens mais velhos

Percy Jackson acompanha o personagem titular a partir da idade de 12 anos, e marcou muita gente que cresceu com as aventuras do jovem herói. Mas, na época, uma outra história com a qual muita gente cresceu estava sendo adaptada nos cinemas.

Em uma tentativa de disputar o público com Harry Potter e atrair um público supostamente mais vasto que uma história protagonizada por crianças, os filmes de Percy Jackson tornaram seus personagens mais velhos, o que foi o primeiro grande erro da adaptação. A idade e o tom da trama foram deixados de lado para fazer algo completamente diferente, que falhou em criar a conexão entre os espectadores e os personagens, além de tirar da narrativa a história de crescimento do herói.

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A personalidade de Annabeth e Grover

Muitas mudanças ocorreram na adaptação para filme de Percy Jackson, mas poucas se destacam negativamente como a mudança na personalidade de Annabeth e Grover.

Nos livros, Grover é um personagem sensível, que tem uma forte ligação com a natureza, além de não ser muito corajoso. Isso permite que ele cresça ao longo da história, superando suas dificuldades e se tornando ainda mais notável por seus pontos positivos. Mas, nos filmes, o sátiro se tornou mais animado e ousado, além de ser usado majoritariamente como alívio cômico.

De modo semelhante, Annabeth tem sua personalidade mudada de modo que deixa tudo bem pior. Ao invés da brilhante estrategista que não tem medo de falar o que pensa, a versão do filme acaba dependendo de Percy para resolver muitos dos problemas encontrados ao longo do caminho, e foi descrita por muitos como uma mescla de Annabeth com Clarice (que foi deixada de fora do primeiro filme). A relação dela com outros personagens também não existe para além do protagonista - algo particularmente negativo quando se trata de sua ligação com Luke, que não existe no filme.

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A relação de Luke e Percy

Nos livros, Luke se apresenta inicialmente como um personagem um pouco mais velho que Percy admira e a quem considera um de seus primeiros amigos no Acampamento Meio-Sangue. Claro que isso só deixa tudo pior quando Luke revela a quem realmente é leal, com uma traição daquelas que não dá para esquecer.

Os filmes não levam isso em consideração, diminuindo a amizade dos dois desde o início e tornando a traição bem menos impactante. Isso sem contar o fato de que ela é revelada antes, sem dar à trama o tempo dos espectadores pensarem que está tudo bem antes de serem atingidos com a verdade de modo bem mais impactante.

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Ares

O Deus da Guerra tem um papel bem importante em O Ladrão de Raios. Ainda que não apareça frequentemente, Ares é colocado como o principal antagonista da trama antes de ser revelado o papel de Luke na história. É após derrotá-lo que Percy acredita que a situação tenha sido resolvida, com o raio de Zeus devolvido e Hades não sendo culpado da situação. Não é bem assim no final, mas Ares não deixa de ser importante como antagonista na história.

Os filmes não adaptaram o Deus da Guerra mal: eles simplesmente o cortaram da trama. Claro que isso tem um impacto, e resultou em elementos adicionados à missão do trio principal, como a busca pelas três pérolas que não acrescenta nada à história em si.

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A missão

Como mencionado no item anterior, algumas mudanças e cortes drásticos levaram a história principal a passar por mudanças - que não foram nada positivas. Além da adição do elemento desnecessário das pérolas, no filme Percy e companhia precisam fugir do Acampamento para realizarem a missão por conta própria, e vão atrás dos monstros para conseguir as pérolas. Tudo isso muda muito do que motiva a história de Percy nos livros, já que na versão literária ele sequer se importa com o raio-mestre de Zeus: tudo que ele quer é salvar sua mãe, e a jornada para isso o leva a encontrar alguns monstros pelo caminho, mas isso não é proposital.

Além de tornar as coisas mais superficiais e confusas, as mudanças à missão mudam toda a narrativa central da série, e prejudicam tanto o desenvolvimento de Percy quanto a transição da narrativa de um livro para se conectar com o restante da série.

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Cronos

Luke é um antagonista importante ao longo de toda a série, e Ares tem um papel importante nesse sentido no primeiro livro da série. Mas o real vilão de toda a saga é Cronos, o titã do tempo, que busca se regenerar e destruir o Olimpo.

Nos livros de Rick Riordan, Cronos é uma grande ameaça, construída ao longo de todos os livros para chegar ao ápice em O Último Olimpiano. Os filmes, porém, tornaram Cronos uma figura demoníaca genérica, que não só aparece no primeiro filme, como é trazido de volta já no segundo, jogando fora toda a construção que acontece ao longo de vários livros.

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O Mar de Monstros

Se o primeiro filme conta com mudanças desnecessárias que pioram a trama e prejudicam o desenvolvimento dos personagens, a sequência consegue ser ainda pior. Além de adicionar personagens cortados que precisam ter um papel na trama (como Clarisse) mas não tem qualquer construção, o filme mescla pontos da história de dois livros. Mas se engana quem pensa que o longa reduz a história de O Mar de Monstros e A Maldição do Titã a um único filme: na realidade, o segundo livro é misturado à história do quinto, cortando desenvolvimentos essenciais da saga para correr para o final.