Entre The Batman, Aves de Rapina, a trilogia do Nolan e Mulher-Maravilha, temos que admitir que a DC foi capaz de entregar ótimas produções solo. Algo que prova isso é que, enquanto a Marvel escorregou e deixou um filme protagonizado pela Viúva Negra “para depois”, a DC desfez o caos que foi Esquadrão Suicida (2016) ao dar protagonismo para a Palhaça do Crime com Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa.

Outras comparações podem ser vistas nas próprias trilogias dos heróis da Marvel. Mesmo com produções apreciadas pelo público e crítica especializada como Capitão América 2: O Soldado Invernal, alguns filmes solos são lembrados como tenebrosos, como Homem de Ferro 3.

A verdade é que a Marvel criou uma identidade visual sólida que é utilizada desde nos filmes de ação e aventura até os com pinceladas de horror, por isso, o estúdio falha na diversidade estética. Diferente da DC Studios, que já apresentou produções com intuitos específicos, públicos determinados e universos distintos. Tudo isso garantiu pôsteres que vão desde o colorido e divertido de Aves de Rapina até os tons alaranjados e sombrios de The Batman.

Indo para o universo dos quadrinhos, é impossível falar na DC sem lembrar dos sidekicks. Do Robin até o Kid Flash, a editora construiu grandes personagens na figura dos “ajudantes” dos heróis principais. O sucesso dos mesmos foi tanto que diversas equipes foram formadas unindo esses heróis em miniatura, desde os Jovens Titãs até a série animada, Justiça Jovem.

Enquanto isso, a Marvel não parece aderir muito bem à figura do sidekick. Mesmo com tentativas em abordar o assunto com os Jovens Vingadores, a verdade é que os jovens heróis da Marvel sempre acabam andando com seus próprios pés, perdendo o conceito de “família” dado pela presença de um ajudante.

A Marvel é a casa de grandes feiticeiros e magistas. Doutor Estranho, Feiticeira Escarlate, Magia, até mesmo Tempestade já mostraram a extensão de seus poderes. Porém, esse universo parece ser pouco explorado nas páginas dos quadrinhos e do cinema. Já a DC tem uma grande diversidade de estilos mágicos.

Com a ajuda de escritores como Alan Moore, tivemos uma expansão de conceitos que conseguiram deixar os quadrinhos da editora tão ricos que podem até ser usados para estudos mágicos reais.

A cultura pop tem sido mergulhada no conceito de “multiverso”. De Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo até Multiverso da Loucura, tivemos diversas abordagens sobre o assunto, porém, a DC Comics continua sendo o melhor exemplo de como fazê-lo funcionar.

A primeira vez que a editora utilizou a ideia foi em 1961 com Flash of Two Worlds (Flash de Dois Mundos), história que colocou Barry Allen ao lado de Jay Garrick. Isso foi o suficiente para construir diversas histórias que pavimentaram a DC, da Crise nas Infinitas Terras até Flashpoint.

A DC sempre é descrita como “sombria” e “adulta”, mas os leitores assíduos das editoras sabem que isso não é uma completa verdade. Ambas as editoras entregam desde histórias divertidas com seus heróis até abordagens complexas. Porém, a DC Comics sai na frente por um simples motivo: seu selo adulto, a Vertigo.

Essa vertente da DC foi criada em 1993 e trouxe diversos clássicos adultos dos quadrinhos, como Sandman, Watchmen, Monstro do Pântano e mais.

Quando se fala em heróis, sempre lembramos do Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Os três personagens foram além da figura heroica e se tornaram legados na cultura pop, o que permitiu que a editora construísse universos à parte com base nesses três nomes. Desde uma família de Robins, até um filho de Kal-El e Lois Lane e a ilha das Amazonas, a DC fez com que a passagem de manto fosse algo recorrente na sua linha editorial.

Apenas recentemente que a Marvel decidiu fazer o mesmo com seus personagens. Miles Morales, Kamala Khan, Riri Williams são alguns dos bons exemplos, porém, não podemos esquecer quem fez isso primeiro.

Super Choque, Justiça Jovem, Liga da Justiça Sem Limites. As animações da DC foram as responsáveis por apresentar o universo nerd para boa parte do público. Mesmo com a Marvel fazendo algumas produções animadas excelentes, como X-Men Evolution, a DC se destaca pela variedade de personagens e histórias que já adaptou para séries e filmes nesse estilo.

Mesmo com o passar do tempo, esse continua sendo um dos focos do estúdio, com produções como Arlequina e a promessa de Creature Commandos.