Antes do Spotify, celulares, iPods, MP4s e MP3s, se escutava música com rádios portáteis e coloridos. Eles eram o ápice da tecnologia da época e, por isso mesmo, eram decepcionantes em todos os seus aspectos. Os fones eram de péssima qualidade, além de ser necessário o uso de pilhas para fazê-los funcionar.

Isso quando funcionavam, o que era raro. Porém, eles tinham aquele belo visual transparente e tecnológico dos anos 2000. E como todos sabemos, a estética é tudo.

Ainda que os celulares flip estejam fazendo um comeback, a grande maioria dos celulares seguem um design similar: Uma grande tela e uma parte de trás colorida que será coberta por uma capinha. Porém, nos anos 2000, ter um celular era uma verdadeira aventura. Havia os famosos “tijolão”, os de teclado e os flip, também conhecidos como “abre e fecha”.

A marca mais popular de celular flip era o Motorola e ele podia ser encontrado de várias cores. Mesmo que, para a época, ter um Motorola significasse ser popular e estiloso, a verdade é que o celular não servia para muita coisa. Além de ligar e mandar mensagem, o objeto era como um brinquedo na mão dos adolescentes que sonhavam em terminar uma ligação com uma dramática fechada de celular.

Quem nunca pediu para os pais comprarem um picolé da Frutilly só pra ganhar mais um palitinho desses? Eles eram o LEGO de toda criança que vivia em uma cidade quente. O problema é que, independente das habilidades manuais, parecia impossível ter palitinhos o suficiente para construir algo legal. Além disso, tinha o famoso problema de que, não importava o quanto se lavasse, eles continuavam grudentos.

Os Trakinas de sabor limão, banana e frutas vermelhas eram o aperitivo gourmet que toda criança queria para o seu recreio. Saboroso, doce demais e, provavelmente, radioativo, precisa dizer algo mais? Hoje em dia, ainda é possível encontrar essa linha por aí, mas será que eles são tão gostosos — e perigosos — quanto eram na época?

Existia um kit que podia ser encontrado em toda papelaria dos anos 2000: a caneta e calculadora. A mesma era uma caixa circular, preta e prateada que, além de ser uma calculadora, guardava uma caneta e um mistério.

Ao abri-la, você era capaz de girar a caixa completamente em seu próprio eixo. Além do truque de mágica, o objeto era inútil. A caneta, mesmo bonita, raramente funcionava e o mesmo acontecia com a calculadora.

Pirulitos com chiclete, Nescau Ball, ovinhos de dinossauro, Bubbaloo, chicletes de pimenta. Viver nos anos 2000 era ter acesso a uma quantidade inacreditável de doces de origem duvidosa. Dentre eles, tínhamos o Push Pop, o pirulito de dedo.

Para comê-lo, era preciso colocar o dedo indicador no centro da embalagem e empurrar o bastão para cima. De certa forma, era uma modernização do “chupar o dedo”. A parte chata era que essa se tornou uma das principais razões do porquê a mão de crianças dos anos 2000 sempre estavam suadas e meladas — eca!

Se hoje criamos playlists personalizadas no Spotify, nos anos 2000, eram gravados CDs com todas as nossas músicas favoritas. O problema é que a ciência por trás da gravação de um CD não era exata.

Além de ser muito complicado encontrar a música certa sem encher seu computador com algum vírus desconhecido, a vida útil do disco sempre parecia muito menor do que deveria ser. Desta forma, se você não o perdesse no amontoado de outros CDs e DVDs, é possível que ele ficaria tão arranhado que todo o seu árduo trabalho acabaria no lixo.

Beyoncé uma vez disse: “A beleza machuca”. Mas, a verdade é que apenas quem usou a famosa pulseira dos anos 2000 sabe o quão dolorido é ser belo. A mesma podia ser prateada, dourada e algumas até apresentavam letras e símbolos. Capaz de combinar com qualquer visual, elas eram o ápice da moda para a época, porém tinham um problema: a capacidade de beliscar constantemente quem a usasse.

Os “peões gourmet”, também conhecidos como Beyblades, eram um dos brinquedos mais divertidos da época. Com o sucesso do anime de 2001, todos queriam uma Beyblade para chamar de sua e batalhar contra seu amigo durante o recreio. O único problema era que o objeto, além de caro, não era nada simples de usar.

O mesmo tinha um mecanismo em que se prendia o peão em um pequeno suporte. Através de uma fricção feita com uma tira de plástico, o objeto saía girando por aí. Mas, dependendo da forma como a Beyblade era segurada, o seu lançamento poderia acabar machucando os dedos. Sem contar que não era nada fácil fazer as surpreendentes manobras aéreas vistas no desenho.

Existem diversos aspectos confusos na moda dos anos 2000. Como as estrelas da Disney utilizavam muitas camadas e peças que não combinavam. Vestidos sobre calças jeans. Os cachecóis finos. As presilhas de cabelo infantis e nada práticas. O cabelo sempre com um aspecto molhado. A quantidade absurda de glitter em toda maquiagem. A verdade é que os anos 2000 não era para amadores e, por isso mesmo, às vezes deixam saudades.