Quando se trata de traumatizar crianças, Steven Spielberg é um nome que aparece com frequência. O cineasta tem um gosto por testar os limites das obras infantojuvenis, e a primeira vez que fez isso foi em Os Caçadores da Arca Perdida.

O filme de 1981 pode ser lembrado por ter introduzido Indiana Jones ao mundo, mas também traumatizou muita gente com uma cena em que o rosto de um nazista simplesmente derrete. Não é a toa que, anos mais tarde, seria um filme da franquia o responsável por aperfeiçoar o sistema de classificação indicativa.

Steven Spielberg pode não ter dirigido este, mas ele produziu - e sua união com Tobe Hooper, responsável por O Massacre da Serra Elétrica, definitivamente rendeu um horror infantil de arrepiar.

Poltergeist é considerado um filme para a família toda, mas é repleto de momentos aterrorizantes. Um dos mais horrendos é quando, durante uma alucinação, o pai da família arranca o próprio rosto com as mãos em frente ao espelho do banheiro.

Os filmes mais antigos da Disney são repletos de momentos questionáveis para os padrões modernos, e Dumbo talvez seja um dos mais duvidosos: além de perpetuar estereótipos racistas, o filme clássico também conta com uma cena em que o pequeno elefante fica bêbado, e começa a ter alucinações horripilantes. Esse com certeza foi o primeiro contato de muitas crianças com o conceito de bad trip.

Mais um caso de um filme de Steven Spielberg feito para aterrorizar famílias, Jurassic Park é o responsável por muita gente ter medo de dinossauros. Parte disso se dá pelo fato de que as criaturas do clássico de 1993 são absolutamente aterrorizantes. Além de uma cena em que o T-Rex devora alguém no banheiro, o momento em que os velociraptors caçam os protagonistas na cozinha é tensão pura.

Para traumatizar, um filme não precisa ser só assustador ou explícito - ele também pode te dar um golpe inesperado de tristeza. A História Sem Fim é um clássico por seu universo fantasioso memorável, e também por uma cena que dá um nó no coração de qualquer um quando Artax, o cavalo de Atreyu, morre durante uma missão. Por mais que tudo termine bem no fim das contas, ver o pobre cavalo afundando no pântano é de deixar os olhos marejados.

Falando em golpes inesperados de tristeza, toda uma geração teve seu primeiro contato com luto em Ponte para Terabítia. O filme é uma fantasia muito sensível e fofa sobre dois jovens que formam uma amizade e passam a imaginar um mundo melhor para fugir da tristeza do cotidiano. Imagine então a surpresa das crianças quando, simplesmente do nada, uma das protagonistas morre afogada após um acidente? Até hoje, Ponte para Terabítia segue como um exemplo traumático na infância de muita gente que foi pega de surpresa por essa triste reviravolta.

Há toda uma vertente do horror dedicada a filmes infantojuvenis. Crianças e adolescentes gostam de curtir obras macabras, desde que não peguem muito pesado ao ponto de traumatizar. Não dá para dizer que Convenção das Bruxas é repleto de sangue ou sustos, mas com certeza muita gente passou noites em claro ou foi dormir com os pais ao ver o verdadeiro visual das bruxas em questão, com aparência grotesca por baixo da própria pele.

Por mais que A Múmia tenha sido um dos pilares do horror da Universal Pictures, a versão dos anos 90 é mais lembrada pelo seu tom aventuresco, com muito bom humor e ótimas atuações de Brendan Fraser e Rachel Weisz. O filme, porém, honra o legado da franquia com momentos verdadeiramente assustadores, que podem até pegar algumas das crianças de surpresa (a classificação indicativa é apenas 12 anos).

Entre os momentos de ação e as piadas, é fácil acabar se traumatizando ao ver o visual nojento de Imotehp e seus vários insetos devoradores de carne humana.

Quando se trata dos primeiros traumas cinematográficos, O Rei Leão é atemporal. A morte de Mufasa, traído pelo próprio irmão e pisoteado por uma manada desesperada, é uma cena verdadeiramente intensa tanto para crianças quanto para adultos.

Toda a construção da cena é excelente, com momentos de tensão e uma consequência devastadora quando Simba vê o cadáver do próprio pai, e se deita ao lado dele. Até hoje, você encontrará muita gente que nunca se esqueceu das palavras: “Vida longa ao rei”.

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