Bom Dia, Verônica: 10 diferenças entre o livro e a série
Bom Dia, Verônica: 10 diferenças entre o livro e a série
Já estamos ansiosos para a segunda temporada!
Uma das produções nacionais mais populares no catálogo da Netflix, a série Bom Dia, Verônica acaba de ser renovada para sua segunda temporada pelo serviço de streaming. Como muitos sabem, o projeto é inspirado pelo livro homônimo de Raphael Montes e Ilana Casoy, publicado em 2016 pela Darkside Books.
Porém, o que muitos não imaginam é que a série toma algumas liberdades criativas em relação ao livro, fazendo pequenas mudanças, adicionando personagens e até mesmo subtramas que serão exploradas na segunda temporada. Por isso, destacamos aqui as 10 maiores diferenças entre a série e o livro de Bom Dia, Verônica!
Créditos: Netflix
A própria Verônica
Começando a lista, não podemos deixar de mencionar a maior mudança em relação ao livro, que se trata da própria Verônica Torres (ou Verô, para os íntimos). Na série, a protagonista é uma mulher destemida e virtuosa, que faz de tudo pelo que acredita ser certo.
Já no livro, Verônica é uma personagem moralmente ambígua e que comete alguns atos bem questionáveis. Muitas vezes, ela "esquece" da ética profissional e chega a cometer alguns delitos para conseguir o que quer, além de ser bem mais experiente no ramo policial, mesmo sendo escrivã.
O bagulho tá sério, vai rolar um adultério
Por exemplo, uma das subtramas do livro que indica um pouco dessa moralidade ambígua de Verô é justamente sua relação com Nelson, seu colega de delegacia. No livro, ela chega a ter um caso com ele, mesmo sendo casada. Em sigilo, eles mantém relações sexuais constantemente.
Na série, o personagem (interpretado por Sílvio Guindame) é uma figura bem diferente. Podemos notar uma certa tensão entre os dois, mas isso nunca chega a ser consumado. É bem provável que esse relacionamento seja melhor trabalhado na segunda temporada da série.
Suicídio na delegacia
O grande mote do livro de Bom Dia, Verônica começa quando Verô testemunha um suicídio na delegacia em que ela trabalha. Tudo começa quando uma mulher visivelmente transtornada chega, falando coisas sem sentido e provocando uma comoção no local.
No entanto, esse suicídio varia nas duas mídias. Enquanto na série, a mulher se mata usando um revólver, no livro, ela se atira do prédio. É uma mudança relativamente pequena, mas no livro, essa morte tem um papel significativo na forma como Verô trata sua investigação.
Janete e sua família
Janete Cruz (vivida por Camila Morgado) é uma das personagens mais importantes da trama. Ela é uma mulher que vive uma relação abusiva com seu marido, Cláudio Brandão, e que é obrigada a participar de eventos bizarros, onde ele sequestra e tortura mulheres e ela é obrigada a assistir.
No livro, temos uma ideia de como Janete acabou sendo afastada de seus amigos e familiares por Brandão. Já na série, isso deixa de ser apenas uma ideia, já que a irmã de Janete, Janice Cruz, chega a visitá-la em sua casa, colocando sua própria vida em risco.
Crimes hediondos
Antes, um aviso: este item contém gatilhos de violência sexual, feminicídio e agressão.
O livro chega a ser bem mais tenso e pesado nas descrições dos crimes. Brandão não apenas tortura e mata as mulheres que sequestra, como também as estupra e usa uma infinidade de objetos sexuais para torturá-las. Essas cenas são excluídas da série, que apenas sugere os crimes em vez de mostrá-los.
Além disso, o assassino misterioso Gregório, responsável por aplicar um golpe que resultou no suicídio da mulher na delegacia, é tido como um necrófilo no livro. Na série, ele deixa ácido na boca de suas vítimas - mas no livro, as feridas são decorrentes de um fungo presente apenas em cadáveres...
Investigação sigilosa
Uma pequena mudança que faz toda a diferença para a série está na própria investigação de Verônica Torres. No livro, a escrivã precisa investigar o caso de Janete em sigilo, já que não tem autorização policial para interagir em casos reais. Ela faz tudo em segredo, com a ajuda de poucos aliados.
Já na série, Verô faz tudo à luz do dia. Ela insiste tanto que seu chefe, o delegado Wilson Carvana (interpretado por Antônio Grassi) acaba permitindo que ela participe das investigações, o que gera atritos entre ela e uma nova personagem criada exclusivamente para a série.
Família disfuncional
Se você acha que Verônica era uma pessoa ruim por trair seu marido, pode ir tirando seu cavalinho da chuva. No livro, o marido da escrivã, Paulo Torres (vivido por César Mello) também tem um caso extraconjugal. A diferença é que ele tem até um filho fora do casamento.
Na série, isso não acontece. No entanto, na narrativa do livro, Verônica acaba descobrindo sobre o caso e isso inclusive é um dos motivos pelos quais ela decide forjar sua morte e abandonar sua família, ciente de que Paulo poderia finalmente viver livre com sua nova família, sem precisar escondê-la.
Uma nova personagem
No livro, todo o conflito de Verô é gerado pelos dois casos que ela investiga (tanto o caso do assassino Brandão quanto do necrófilo Gregório) e por sua relação conturbada com seu marido e sua família. Já na série, temos um outro elemento que ajuda a manter a tensão nas alturas.
Trata-se de Anita Berlinger (vivida por Elisa Volpatto), uma nova personagem original criada para a série. Elisa está na linha de sucessão de Carvana, prestes a se tornar chefe da delegacia. Ela não gosta de Verônica e as duas estão sempre em embates verbais e ideológicos.
Intriga política
Porém, isso não é tudo. Anita é parte de um esquema bem maior. A série introduz um elemento novo, uma organização chamada Cosme e Damião, que age diretamente dentro da polícia, causando muitos problemas para Verô - com uma tentativa de extermínio, inclusive.
Essa organização funciona para mostrar a corrupção e o abuso de autoridade dentro da polícia de São Paulo. A proposta é explorá-la como uma antagonista "central" na história de Verônica. No livro, a Cosme e Damião não existe, e a trama é centrada exclusivamente em violência contra a mulher.
Um novo dia para Verônica
Por outro lado, a inclusão de Anita Berlinger e da Cosme e Damião é algo que vai garantir longevidade à série. Digo isso porque a segunda temporada já foi confirmada, e pelo gancho deixado ao fim da primeira temporada, já sabemos que Verô vai perseguir a organização e tentar expô-la ao mundo.
Essa é uma grande diferença em relação ao livro, já que na trama original, Verô decide forjar sua morte para se tornar uma espécie de investigadora particular, resolvendo casos de abuso sexual e feminicídio. No entanto, sabemos que o livro ganhará uma sequência, chamada Boa Tarde, Verônica, o que pode acabar dando uma base para a trama do segundo ano da série.