8 atuações boas em filmes que são ruins
8 atuações boas em filmes que são ruins
Eles deram tudo de si em projetos bem meia-boca!
Às vezes, um filme pode ter uma história fraca, uma direção medíocre e um visual feio e pavoroso… mas isso não significa que todas as atuações sejam ruins. Muitas vezes, vemos atores dando tudo de si para tentar salvar uma produção condenada desde o começo – e em alguns casos, eles acabam entrando para a história.
E verdade seja dita, quando um ator dá tudo de si em um filme que nem é tão bom assim, pelo menos temos algo tolerável para nos prender a atenção. Pensando nisso, aqui estão 8 atuações boas em filmes ruins!
Marion Cotillard em Nine (2009)
Em 2009, Rob Marshall decidiu adaptar o musical Nine da Broadway para os cinemas. Para isso, ele reuniu um grande elenco, com nomes como Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Kate Hudson, Fergie e, é claro, Marion Cotillard. Ainda assim, isso não impediu o longa de receber uma enxurrada de críticas negativas, exceto pela participação de Cotillard.
A atriz francesa trouxe uma vulnerabilidade e intensidade emocional para sua personagem, explorando a complexidade dos relacionamentos e desafios enfrentados por ela ao longo do filme. Ela transmitiu com muita facilidade as emoções de Luisa Acari Contini, desde a tristeza até a alegria, passando pela raiva e pela paixão.
Jackie Earle Haley em A Hora do Pesadelo (2010)
Jackie Earle Haley interpretou o icônico vilão Freddy Krueger para o remake do clássico filme de terror A Hora do Pesadelo de 2010. Sua atuação foi bastante elogiada pela crítica e pelo público, apesar das opiniões divididas em relação ao filme em si, que deixou de lado o teor mais onírico do longa de Wes Craven para seguir uma abordagem mais sombria e suja.
Haley trouxe uma nova roupagem para o personagem, mantendo a essência do Freddy Krueger original, mas adicionando um toque mais ameaçador e denso à sua atuação. Ele transmitiu toda a crueldade e o sadismo do vilão de uma forma convincente e perturbadora, ainda que seu visual tenha sido bem criticado pelo uso de CGI em vez de efeitos práticos.
Martin Freeman na Trilogia O Hobbit (2012-2014)
Enquanto a trilogia de O Senhor dos Anéis é considerada uma das mais importantes da história do cinema moderno, a adaptação em três partes de O Hobbit não foi vista da mesma forma, nem pelos fãs e muito menos pelos críticos, que se incomodaram com a decisão de dividir um livro infantil em uma trilogia com filmes de duas horas e meia.
Apesar disso, um dos destaques positivos da trilogia é Martin Freeman. O ator inglês deu vida a Bilbo Bolseiro, o hobbit que precisa acompanhar a turma de anões e Gandalf em uma perigosa jornada. Cheio de um espírito aventureiro, o astro conseguiu pegar as nuances da interpretação ao fazer de Bilbo um personagem inocente que se vê no meio de uma guerra implacável.
Angelina Jolie em Malévola (2014)
Em 2014, a Disney lançou Malévola, uma "reinterpretação" do clássico A Bela Adormecida, de 1959. O filme foi recebido com críticas mistas e ainda rendeu uma sequência ainda mais criticada, mas toda a interpretação de Angelina Jolie como a icônica vilã da Princesa Aurora foi elogiada por muitos.
Jolie interpreta a personagem com uma mistura intrigante de maldade e uma dose de vulnerabilidade, tornando-a mais complexa e humana. Ela é capaz de transmitir uma ampla gama de emoções com sua expressão facial e gestos sutis, tornando a personagem cativante e até mesmo enigmática. Além disso, a atuação de Jolie é reforçada por seus trajes e maquiagem icônicos.
Meryl Streep em Caminhos da Floresta (2014)
Meryl Streep é uma das atrizes mais talentosas e premiadas da história do cinema, e sua atuação em Caminhos da Floresta não foi diferente. Ainda que o filme não tenha conquistado os fãs do musical original, a performance de Streep foi uma das poucas coisas elogiadas. Aqui, ela dá vida à Bruxa, um papel desafiador e cheio de nuances.
O filme é baseado no musical homônimo de Stephen Sondheim, e Streep é uma das poucas atrizes capazes de cantar tão bem quanto atua. Enquanto ela entoa canções como "Stay with Me" e "Last Midnight", até podemos nos esquecer que o filme de Rob Marshall (olha ele aí de novo) não chega aos pés da peça na qual é baseado.
Margot Robbie em Esquadrão Suicida (2016)
Embora muitos estivessem curiosos para ver o que David Ayer faria com o seu Esquadrão Suicida, o filme acabou se provando uma baita decepção - seja por conta de sua trama retalhada pelo estúdio ou pela quantidade mais que excessiva de personagens. Ainda assim, a Arlequina vivida por Margot Robbie sempre será a grande estrela do longa.
A vilã é uma personagem complexa e intensa, e Robbie conseguiu transmitir bem sua loucura e sua personalidade excêntrica. Ela trouxe uma mistura de humor, tragédia e violência para a atuação, tornando a personagem divertida e ao mesmo tempo perturbadora - além de mostrar habilidades em cenas de ação, fazendo acrobacias e lutas muito bem coreografadas.
Adam Driver em Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019)
Depois do bom O Despertar da Força e do controverso Os Últimos Jedi (que, diga-se de passagem, é um filme excelente), a Disney não fazia a menor ideia de como encerrar a trilogia nova de Star Wars. Eles então recontrataram J.J. Abrams para dirigir a conclusão da saga, e o resultado é o terrível A Ascensão Skywalker.
O filme faz questão de destroçar tudo que estava sendo construído nos dois filmes anteriores e ainda entrega versões "pioradas" de todos os personagens - porém, há de se dizer que Adam Driver, mesmo com um material pobre no roteiro, consegue fazer maravilhas com Kylo Ren/Ben Solo. O ator dá uma certa complexidade para o vilão... e é uma pena que nem mesmo o filme aproveite isso bem.
Amy Adams em A Mulher na Janela (2021)
Amy Adams interpretou a personagem Anna Fox no filme A Mulher na Janela, de 2021. Sua atuação foi muito elogiada pela crítica e pelo público, mostrando mais uma vez a sua capacidade de se entregar completamente a cada um dos personagens que interpreta - por mais que o longa tenha sido massacrado pela crítica especializada.
Adams passa muito bem a angústia e o medo da personagem. Além disso, a atriz também mostrou habilidade em cenas mais complexas, como quando Anna está sob o efeito de remédios ou tendo alucinações. Com um roteiro não muito bom, ela ainda consegue trazer um ar de confusão mental que não só serve à própria história da protagonista, mas também desarma o público.