Drew Barrymore tinha um telefone e um sonho quando protagonizou uma das cenas mais icônicas de terror do cinema no primeiro filme de Pânico, em 1996. Na época, Barrymore já era um nome famoso em Hollywood, o que fez muita gente acreditar que ela realmente estaria em boa parte do filme (algo que também foi impulsionado pela divulgação do longa). Porém, não foi isso que aconteceu.

A atriz aparece apenas na sequência de abertura do primeiro Pânico como a personagem Casey Becker, onde ela é atacada pelo Ghostface em sua própria casa. Mesmo com pouco tempo de tela, já que Casey morre durante o ataque, Barrymore fez uma performance tão icônica que é impossível esquecê-la quando o assunto é terror no cinema.

Com menos de meia hora de tempo de tela, a atriz Frances McDormand fez um trabalho tão grandiosos em Fargo (1996) que, apesar de ter uma participação “pequena”, ela levou para casa seu primeiro Oscar de Melhor Atriz.

Na trama de Fargo, McDormand interpreta Marge, uma policial grávida de Minnesota que acaba se envolvendo com uma tentativa de sequestro. Com a direção precisa dos Irmãos Coen, a atriz entrega um trabalho espetacular ao viver a jovem oficial, marcando o filme com uma curta e impressionante atuação.

Matthew McConaughey só precisou de alguns pouquíssimos momentos de tela para fazer história como Mark Hanna em O Lobo de Wall Street (2013), filme estrelado por Leonardo DiCaprio e dirigido por Martin Scorsese.

Com três cenas no total, McConaughey transformou seu personagem em um dos mais memoráveis do longa pela maneira como o interpreta, e até mesmo virou um meme com aquela icônica sequência em que ele bate no peito enquanto canta de lábios fechados.

Mais uma artista que ganhou um Oscar mesmo com seu pequeno tempo de tela foi Anne Hathaway quando ela interpretou Fantine no musical Os Miseráveis (2012). A atriz emocionou (e muito) ao interpretar a jovem sonhadora que, devido às circunstâncias da vida, acaba enfrentando situações difíceis que a transformam para sempre – e Hathaway faz isso com pouquíssimo tempo de tela.

O grande destaque de sua performance fica para o momento em que ela canta I Dreamed a Dream, em que o ápice da jornada trágica de Fantine é transmitido ao público com um trabalho excelente de Anne, que consegue apresentar ao público todo o sofrimento da personagem.

O Grande Lebowski (1998), mais uma produção icônica dos Irmãos Coen, está recheado de momentos icônicos, e um deles é protagonizado pelo ator John Turturro. Com pouco tempo de tela, Turturro vive Jesus Quintana, personagem que aparece na hilária cena do boliche no filme.

Na sequência, Turturro conquistou o público ao fazer uma interpretação bastante caricata, exagerando nos movimentos e gestos do personagem para condizer suas ações com a personalidade um tanto quanto arrogante da figura. O resultado é uma performance cômica e inesquecível, que é adorada pelos fãs do filme até hoje.

Esqueceram de Mim (1990) é um dos filmes natalinos mais queridos pelo público de todos os tempos, e a performance de John Candy deixou a produção ainda mais divertida.

No longa, Candy interpreta o músico Gus Polinski, que em pouquíssimas cenas conseguiu arrancar sorrisos dos espectadores. De um jeito desajeitado e carismático, o personagem é o responsável por oferecer uma carona para Kate Mccallister (Catherine O’Hara), a mãe de Kevin (Macaulay Culkin), e ele ainda dá conselhos importantes no final do filme, marcando a produção com uma performance simples, mas bastante especial.

O MCU está recheado de participações especiais que, mesmo com pouco tempo de tela, deixam o público em êxtase. Mas há uma delas que, além de ter pegado todo mundo de surpresa, fez muita gente gargalhar no cinema: Matt Damon em Thor: Ragnarok (2017).

A participação de Damon é breve, e o artista não perdeu tempo em dar o melhor de si para viver um ator que está interpretando Loki em uma peça teatral de Asgard. O momento foi tão icônico que Damon repetiu sua performance na franquia em Thor: Amor e Trovão (2022).

Outra participação pequena que marcou um filme foi a de Bill Murray em Zumbilândia (2009). O grande momento acontece quando o grupo de sobreviventes que protagoniza o filme viaja até uma zona que pode estar livre de zumbis. Até que, chegando lá, eles acabam entrando na casa de um Bill Murray zumbificado.

Entre caos e diálogos hilários, o grupo logo percebe que Murray apenas está fingindo ser um zumbi, o que provoca sequências cômicas marcadas como alguns dos melhores momentos de Zumbilândia graças ao carisma do ator.

Tom Cruise também já deixou sua marca com uma participação breve – e icônica – em filmes. O grande momento está em Trovão Tropical (2008), uma paródia de filmes de guerra em que ele interpreta um produtor explosivo chamado Les Grossman.

Usando óculos e uma peruca de careca, Cruise rouba a cena na comédia ao viver o esquentado produtor, sem economizar nos gritos e na performance caricata.

Christopher Walken tem um currículo de dar inveja a qualquer um, e mesmo em papéis menores o ator sabe muito bem como usar o tempo a seu favor para entregar trabalhos excelentes, como em Pulp Fiction (1994).

No longa de Quentin Tarantino, Walken faz uma performance memorável ao viver o Capitão Koons. A cena é curta, mas o monólogo do ator ao entregar um relógio de ouro para a versão mais jovem do personagem de Bruce Willis é tão impressionante que é impossível esquecê-la.