Muito antes do Universo Cinematográfico da Marvel sequer ser concebido, os direitos de adaptação de vários heróis estavam espalhados por estúdios diversos, e foi assim que a 20th Century Fox produziu Demolidor, o filme que deveria apresentar o Homem Sem Medo para uma nova geração - mas ninguém detestou mais o projeto que seu próprio protagonista.

Em uma entrevista concedida à Playboy, Ben Affleck falou: "O único filme do qual me arrependo é Demolidor. [...] Eu amo a história e o herói, e o fato de que o filme foi ferrado daquele jeito ainda martela minha cabeça". Posteriormente, ele contou que parte do motivo pelo qual aceitou o papel do Batman no DCEU foi justamente para "corrigir" esse sentimento.

Agora, todos estamos ansiosos para testemunhar o reboot do Quarteto Fantástico que a Marvel Studios está desenvolvendo, mas vale lembrar que a equipe já teve duas versões no cinema - e na primeira delas, Jessica Alba deu vida à Mulher Invisível, mas não teve uma experiência muito agradável durante as gravações.

Para começar, ela disse que ficou frustrada pela forma como a caracterização da personagem tentou, a todo custo, "apagar" seus traços latinos (tanto que ela usa lentes de contato azuis nos filmes). Porém, a gota d'água foi uma série de comentários feitos pelo diretor Tim Story durante as gravações do 2º filme da franquia, que quase a fizeram desistir da carreira de atriz.

Ainda que seja bem esquecido por boa parte dos fãs, O Incrível Hulk é, na verdade, o segundo filme de todo o Universo Cinematográfico da Marvel - tanto que conta com uma breve participação especial de Tony Stark. No entanto, seu astro principal, Edward Norton, teve desentendimentos nos bastidores, sobretudo com o diretor do longa, Louis Leterrier.

Norton já falou publicamente várias vezes sobre como não gostou de filmar o longa e como se sentiu lesado pela Marvel Studios, que o substituiu em Os Vingadores por Mark Ruffalo. Em entrevistas recentes, o astro disse que nunca mais voltaria ao papel, mesmo que a Casa das Ideias o pagasse muito bem para isso.

Muito antes de retornar ao papel para a elogiada franquia solo do Mercenário Tagarela, Ryan Reynolds deu vida ao Deadpool brevemente em X-Men Origens: Wolverine. Ele, no entanto, não gostou dos rumos tomados com o anti-herói, e foi substituído por Scott Adkins em várias das cenas de ação. Em entrevista ao Entertainment Weekly, Reynolds contou:

"Se você assistir ao filme, você verá que eu estou lá, e então eu disse: 'Não posso fazer isso'. E então, eles chamaram outro ator para interpretar [Wade Wilson/Deadpool]. Então, você vê no filme que sou eu sem camisa e com a boca costurada, mas estou parecendo com o Dick Van Dyke ao lado do cara que tinha uns 10 quilos de músculos a mais do que eu".

Ainda que o Universo Cinematográfico da Marvel tenha uma boa cota de defensores, seus detratores também são muitos - e alguns deles já estiveram dentro da franquia. Esse é o caso de Mickey Rourke, que deu vida ao vilão Chicote Negro em Homem de Ferro 2. De acordo com ele, tudo foi muito triste por conta dos cortes do filme na sala de edição.

Rourke deu uma entrevista ao apresentador norte-americano Seth Meyers e contou um pouco de sua experiência: "Eu não sou um fã da Marvel... Eu já estive em um filme da Marvel uma vez, e eles cortaram tudo". O longa teria passado por extensas mudanças na pós-produção, sobretudo para dar mais espaço para os ganchos dos próximos projetos do MCU.

Se você caçar a fundo, verá que muitas pessoas envolvidas na franquia do Thor no MCU já falaram mal publicamente sobre suas experiências. Mas um dos nomes que mais se destaca no meio disso tudo é o do vencedor do Oscar Anthony Hopkins, que chamou sua atuação de "sem sentido", ao ser questionado sobre como foi dar vida a Odin, o Pai-de-Todos.

Em uma entrevista ao The New Yorker, Hopkins disse: "Eles me enfiaram em uma armadura, colaram uma barba na minha cara. Sentei em um trono e fiquei gritando. Se você está em frente a uma tela verde, é uma atuação sem nenhum sentido". Vale lembrar que, após o primeiro filme do herói, o astro participou das duas sequências seguintes, mas caiu fora de Amor e Trovão.

Como dito, Hopkins não foi o único astro da franquia Thor a falar mal da experiência. Quem também bateu nessa tecla foi Idris Elba, que deu vida a Heimdall, o guardião da Bifrost. Elba apareceu em todos os filmes do Deus do Trovão até o momento - e fez uma ponta em Guerra Infinita -, mas sua experiência não foi das melhores.

Em 2014, o astro deu uma entrevista ao The Daily Telegraph, onde disparou: "Entre as gravações, eu estava lá com cabelo falso colado na minha cabeça, esse capacete ridículo, e então pensei: 'Há 24 horas, eu estava interpretando [Nelson] Mandela'... E então lá estava eu, com aquela roupa ridícula, com essa peruca e essa espada e as lentes de contato. Aquilo partiu meu coração".

Porém, não foi só a franquia do Deus do Trovão que causou certo incômodo em suas estrelas. Capitão América: O Primeiro Vingador, de 2011, teve a gloriosa participação de Hugo Weaving como o Caveira Vermelha. E embora muitos fãs tenham ficado impressionados com a atuação, o próprio astro disse que não pretendia fazer mais filmes como aquele.

Ao Collider, ele disse: "Isso não é algo que eu quero fazer de novo. Esse não é o tipo de filme que eu procuro ou que realmente me anima". Dito e feito, tanto que, quando o personagem retornou em Vingadores: Guerra Infinita, como o guardião da Joia da Alma, foi Ross Marquand, de The Walking Dead, que assumiu o papel.

Muito antes de ganhar um Oscar e protagonizar a megapopular franquia Jogos Vorazes, Jennifer Lawrence acabou entrando para o universo dos X-Men da Fox, interpretando a Mística em *Primeira Classe. Por mais que ela sempre tenha gostado dos filmes, seu maior problema foi com as custosas horas empregadas na aplicação de sua maquiagem.

Em várias entrevistas, Lawrence comentou sobre como o processo era muito exaustivo - afinal, levava oito horas para que seu corpo fosse todo pintado de azul. Como resultado, as participações subsequentes de Lawrence nos filmes foram abandonando cada vez mais a maquiagem, e a personagem passou a aparecer, na maior parte do tempo, com sua aparência "humana".

Após ter dado vida ao Professor Charles Xavier por mais de vinte anos nos filmes dos X-Men da Fox, Patrick Stewart retornou ao papel para Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. No entanto, ele disse ter ficado bem frustrado com as filmagens, já que gravou tudo sozinho, em frente a um telão verde, e não pôde interagir com outros atores do elenco.

Durante uma participação no podcast Happy Sad Confused, Stewart disse: “Eu estava sozinho. Acho que na cena grande, acho que cada um dos atores principais tiveram a mesma experiência, eles gravaram sozinhos. Foi frustrante e decepcionante, mas é assim que tudo tem sido nos últimos anos… Tem sido desafiador.”