As 10 séries mais decepcionantes de 2016!
As 10 séries mais decepcionantes de 2016!
No mundo da TV, 2016 foi um ano mais que excitante. Séries de nível cinematográfico, narrativas de dar arrepio de tão boas e eventos realmente corajosos. Mas, como nos cinemas, tudo tem um lado ruim. Não são tantas quanto no universo dos filmes, mas decepções foram uma constante televisiva também.
Para relembrarmos o que foi ruim e nos prepararmos para um 2017 com expectativas menores – para não causar tanta frustração assim – separamos aqui as 10 séries mais decepcionantes de 2016! Tanto potencial desperdiçado 🙁
Obs: Lembrando, essas não são nem de longe as piores produções para TV do ano. Muitas aqui foram ótimas, mas, por vários motivos, acabaram sendo broxantes em algum ponto.
Demolidor
Difícil ver Demolidor nessa lista, certo? Em vários pontos, a segunda temporada da história do Homem Sem Medo pela Netflix é sensacional. O visual da série continua incrível, cenas de ação fantásticas, atuação, filmagem, etc, tudo no ponto certo. Isso sem citar o protagonista, que é a escolha perfeita para o papel.
Mas – e tem um "mas" enorme aqui – o segundo ano da produção pecou muito também. A narrativa passou longe do melhor, deixou a série blocada, com três partes bem delineadas, que para um programa da Netflix, pensado no formato de maratona, não é uma coisa bacana. Mais ainda, a trama não convence tanto, pelo menos não para o Demolidor.
É uma ótima introdução para o Justiceiro. Por mais controverso que seja a tomada no papel, é uma boa apresentação para a Elektra. Também dá uma abertura interessante para "Os Defensores". No entanto, o Matt fica perdido no meio de tudo.
Os pontos onde ele poderia brilhar são podados e, no fim, o Demolidor é o que mais fica de lado em sua própria série. Comparando com a primeira temporada, que é linda, a aventura de 2016 do herói é apenas mediana e decepcionante.
Luke Cage
Outra que pode gerar controvérsia por estar aqui. Porém, por melhor que seja, temos que concordar que a estreia solo do Luke Cage não atingiu todo o potencial que poderia: essa é a decepção.
Vindo de um histórico de séries f#da no mundo super-heroico, como Demolidor e Jessica Jones, e no campo da negritude, música e sobre Nova York, no caso, "The Get Down", Luke Cage parece até um tanto preguiçosa.
O começo da temporada é ótimo, poético até, mas o centro não convence. A narrativa se recupera no ato final, mas não é o bastante para compensar um desenvolvimento cansativo. Em certos momentos, a história parece rasa demais; poderia ter mergulhado muito mais fundo nos temas sociais que aborda ou na carreira heroica do protagonista, mas prefere ficar segura, perto da superfície. No fim, o que melhor define a decepção em Luke Cage é que não é uma série marcante. O Poderoso é quase esquecível perto das coisas que o antecederam.
The Flash
Ainda nos super-heróis, agora pela DC, depois de passar muito tempo sendo considerada uma das melhores séries de quadrinhos na TV aberta, The Flash sofreu uma queda brusca de qualidade.
E é uma coisa bem simples de se explicar: a história continua se repetindo, de novo e de novo, e depois do final da segunda temporada, além de parecer até mais simplista em suas resoluções, o Velocista Escarlate está ficando chato.
A produção continua bem feita, a trama ainda está balanceada e os personagens são cativantes. Aqui, a decepção é com as aventuras do herói, que por mais que ele corra, parece que não está saindo do lugar.
Arquivo X
Saindo um pouco do mundo super-heroico, precisamos falar sobre um dos grandes retornos prometidos para 2016. Depois de anos, Arquivo X resolveu voltar com novos mistérios para a tela, gerando toda a expectativa possível dos fãs, seja pelo elenco, com os protagonistas originais, seja pela nostalgia.
No entanto, o material entregue passou longe do esperado, mesmo que a série vá ganhar mais uma temporada. Totalmente esquecível e decepcionante.
4ª Temporada de Arrow
Arrow está em um bom momento agora, com sua quinta temporada retomando muito do melhor que a série ofereceu ao longo dos anos, mas 2016 também mostrou o pior do programa.
No começo de 2016, assistimos à segunda metade do quarto ano do programa e não foi apenas decepcionante, como horrível. A quarta temporada do Arqueiro verde foi extremamente mal feita, tanto que dá até um pouco de receio de elogiar a nova aventura do Oliver.
7ª Temporada de The Walking Dead
No caso de The Walking Dead, foi o contrário. No início de 2016, assistimos a um dos melhores momentos da série até então. Uma sequência de episódios ótimos, com a trama toda fechadinha, tomando um rumo que estava deixando todos os fãs ansiosos. Por fim, chegou a season finale da 6ª temporada e devíamos ter prestado mais atenção no erro ali e não criado tantas expectativas para o novo ano da série.
Depois do gancho extremamente criticado deixado no último episódio, a 7ª temporada começou explosiva, mais violenta que nunca , brutal. E parou aí. É como se a produção tivesse se esforçado ao máximo para criar apenas um grande episódio e depois perdesse a motivação. Triste.
3%
Anos atrás, o piloto de 3% surgiu no Youtube e muita gente ficou maravilhada com a premissa de uma série brasileira nesse estilo. Tempos depois, a Netflix comprou a proposta e, enfim, só em 2016, a produção foi lançada. Não levem a mal: 3% é corajosa e precisa de todo apoio possível, afinal, é um passo importante para a criação artística nacional. Porém, está quilômetros de distância de ser a melhor coisa do ano.
Primeiro que a série, hoje, soa datada. Distopias já foram tão destrinchadas depois do surto de Jogos Vorazes que, agora, o projeto precisa ser muito bom e único para funcionar. Também, 3% está lotada de erros, seja de construção, narrativos, ou da própria produção. É difícil, porém, julgar a série assim, afinal, ela nunca teve pretensão revolucionária. Mas é um tanto amargo assistir algo que tem tantas ideias boas não ganhar o melhor dos acabamentos.
Vinyl
Precisamos falar sobre pretensão. Ser pretensioso pode pagar bem, no ramo das série, se o trabalho realmente valer o que vende. A HBO fez uma aposta mais que certeira nesse ano, com "Westworld". Extremamente pretensiosa, mas tão incrível que a megalomania era necessária. Porém, em 2016, o mesmo canal cometeu um grande e pretensioso erro – para quem acha que eles não cometem erros – com Vinyl.
Vinyl foi vendida como "A" série. Da HBO, criada por Martin Scorsese, Terence Winter e produzida pelo vocalista dos Stones, Mick Jagger. Seria uma revolução no mundo das séries sobre a história da Indústria Musical. Seria. Não foi.
Vinyl não tem carisma, não cativa, não aprofunda. Em um ano com “The Get Down”, da Netflix, a série da HBO, que custou milhões, parece uma produção de baixo orçamento de alguma TV aberta. Não importa quem esteja envolvido e não importa o quão pretensioso seja se o projeto não entrega o que vende.
Crisis in Six Scenes
Outra que se vendeu como algo fantástico e foi apenas um grande “okay”: Crisis in Six Scenes, da Amazon. O ponto aqui é ela ser “uma série do Woody Allen”, mas não ser uma série boa. Pode ser uma produção do Woody Allen ou da Miley Cyrus, o hype que envolveu o programa é mais que exagerado. Não foi o ano dos cineastas renomados na TV.
Damien
Depois do ciclo de séries adaptando serial killers de filmes clássicos, como Hannibal e Bates Motel, a nova onda é explorar os longas de possessão e o anticristo nas produções para TV.
The Exorcist, da Fox, tem se saído muito bem com a ideia, porém, Damien, que é baseada no clássico e terrível “A Profecia”, é pura decepção. Mal feita; Mal construída; Mal planejada; É aquela clássica série criada apenas para entrar na nova onda do momento.