Não tem como começar essa lista sem a primeira e surpreendente (pelo menos para quem não conhecia os livros na época) morte da série, mostrando que a trama não segue muito um modelo de protagonistas.

O líder da casa Stark, Ned Stark, interpretado por Sean Bean, não manteve sua cabeça grudada ao corpo nem até o último episódio da primeira temporada, em uma das cenas mais marcantes da série, com a primeira morte (oficial, nesse caso, já que o Tio Benjen voltou) de um dos Lobos do Norte; aqui pelas mãos dos Lannister.

Nem mesmo o líder da casa Lannister durou muito. Na terceira temporada já foi revelado que o boato sobre Tywin Lannister cagar ouro era falso, afinal, a Mão do Rei foi morto pelas flechas de seu filho mais novo, Tyrion, enquanto usava o banheiro. Essa cena tem tantos elementos épicos que nem dá para numerar direito, como a vingança do Tyrion, a conversa entre pai e filho, com uma espécie de reconhecimento, a vulnerabilidade do líder Lannister, etc.

Talvez uma das mortes mais gráficas e gore da série, o Julgamento por Combate do Tyrion rendeu a aguardada luta entre Oberyn Martell, o Víbora Vermelha, e Sir Gregor Clegane, o Montanha.

No fim, quando a luta estava quase ganha pelo Martell, por descuido, o Montanha vira o jogo, mesmo envenenado e quase derrotado, explodindo a cabeça de Oberyn com as próprias mãos. Triste, bizarro e épico.

E depois de várias temporadas de construção e crescimento do personagem (e do nosso ódio por ele), tivemos a morte de Ramsay Bolton no fim da Batalha dos Bastardos, com os Stark retomando o Norte.

Nada melhor que Sansa Stark orquestrar o momento, não só soltando os cachorros para se alimentar do Ramsay, mas garantindo que seu nome e o nome de sua família seria enterrado ali, sem funerais ou memórias.

Tão odiado quanto o Ramsay, a morte do Rei Joffrey pode não ter sido tão sangrenta, mas foi um dos melhores momentos da série no sentido político da coisa, com vários personagens se mobilizando, conscientemente ou não, para o envenenamento do jovem tirano. Alguém realmente esperava que a Rainha dos Espinhos, Lady Olenna Tyrell, iria deixar o Joffrey tratar sua neta da mesma forma que ele estava tratando todo o resto de Porto Real, levando em conta, principalmente, o caso da Sansa?

Lá na primeira temporada, outro personagem que ninguém gostava muito, mas que não teve tempo de arrecadar muito ódio, ganhou uma das mortes mais legais da série. “De ouro será sua coroa, de ouro será sua mortalha”, a profecia para a Cersei cabe bem nesse caso, quando o Khal Drogo matou o irmão de sua Khaleesi, Viserys Targaryen, com um banho de ouro derretido. Um rei precisa de ouro, mas um verdadeiro dragão aguenta o calor.

Entrando no mérito das mortes não tão sangrentas, mas ótimas, na quarta temporada tivemos a tomada do Ninho da Águia, pelo menos por debaixo dos panos, pelo Mindinho, quando ele se casou com Lysa Arryn e, pouco tempo depois, atirou a Senhora do Ninho pelo Portão da Lua, de onde ela adorava jogar vários prisioneiros.

Um dos momentos mais chocantes da série, que eliminou de uma vez só vários personagens queridos, entre eles os líderes da Casa Stark e do Norte, o Casamento Vermelho é simplesmente icônico.

Para quem não lembra, o plano que acabou com a vida de Robb e Catelyn Stark foi uma parceria entre os Lannister, os Bolton e os Frey, durante o casamento que deveria selar uma união importante entre os Stark e os Frey na conquista dos Sete Reinos.

E sobre momentos que eliminam vários personagens de uma vez, que tal a grandiosa cena da season finale da sexta temporada? A vingança por fogo vivo da Cersei contra aqueles que a encurralaram foi construída durante a temporada toda, enquanto a Fé Militante, o Conselho e os Tyrell desafiavam cada vez mais a Rainha Lannister.

Nada melhor que acabar com a brincadeira com a explosão do Grande Septo de Baelor, levando o Alto Pardal e grande parte de seus soldados, todos os herdeiros da família Tyrell, os membros do Conselho e os membros da Corte do reino, tudo isso tomando vinho da sacada da Fortaleza Vermelha.

Pra fechar, vários reis morreram durante essas seis temporadas, mas, entre eles, essa cena é especial. Durante a temporada, muitos acreditavam que a jornada do Rei Tommen já estava chegando ao fim, por diversos motivos, e rumores corriam de que o jovem Baratheon/Lannister terminaria sua história com um suicídio. Dito e feito; No último episódio da temporada, depois dos eventos no Grande Septo de Baelor, temos o Rei Tommen, em seu quarto, colocando sua coroa de lado e se jogando pela janela da Fortaleza Vermelha. O rei está morto, mas a rainha está viva.