Não podemos começar a lista com outro senão o clássico, aquele que levantou o carro sobre a própria cabeça na capa de Action Comics #1, com cueca vermelha por cima do bodysuit azul e o mais carregado com a ideologia do “jeito americano”. O que há de tão engraçado sobre Verdade, Justiça e o jeito Americano?

O Clássico é o Superman pré-Crise das Infinitas Terras, que não voava nos quadrinhos e ganhou a habilidade após suas aventuras em outras mídias. Símbolo de esperança. E, mesmo que nesse tempo ele tenha evoluído muito, é só depois da Crise que sua personalidade é virada do avesso. Não exatamente depois, quando já temos versões alternativas do Homem de Aço antes, mas nesse contexto.

Depois do Clássico, temos o Superman Pós-Crise nas Infinitas Terras, quando os quadrinhos ficaram mais sérios e o Homem de Aço ganhou um ar mais divino. Esse é, provavelmente, um dos favoritos do público.

É o Kal-El que passou pela Morte do Superman, um herói mais maduro que, ainda assim, mantém suas raízes do interior do Kansas. Seguindo a continuidade, esse é o Superman “oficial” que permanece até o Ponto de Ignição e que, agora, voltou no Rebirth. Não é obscuro, mas também não é uma explosão de cores.

Muitos amam, muitos odeiam, mas a ideia do Superman dos Novos 52 é a de, ao mesmo tempo em que é praticamente uma divindade, ser tão quebrado quanto qualquer outro humano. Isso é reflexo de toda a transição para os Novos 52 e a linha editorial que a DC pretendia estabelecer, inclusive em seu Universo Cinematográfico, e que acabou não agradando muito o público.

Porque a ideia de Símbolo de Esperança, do “herói”, se perde um pouco aqui, quando ele tenta ficar mais relacionável. O Homem de Aço não é o tipo de personagem com quem o público consegue uma identificação fácil ou profunda – ele é um símbolo. Ainda assim, a ideia foi boa e esse, por mais que alguns não acreditem, é o Superman favorito de muita gente.

E ele está morto agora, com o Rebirth.

Falando em tornar o personagem mais identificável, na Crise Final fomos apresentados ao Superman de pele negra e presidente dos EUA. Nascido Kalel, após a explosão de Kripton, o herói chegou à Terra e foi adotado pela família Ellis. Calvin Ellis é uma inspiração para a Terra-23, sendo um ícone de luta pelo que é certo, conhecido por ser o campeão dos oprimidos e defensor da paz mundial. Uma força política e planetária. Obviamente baseado no Presidente Obama.

Agora entrando nos desvios de personalidade do herói. Talvez um dos casos mais obscuros, com exceção do Ultraman e do Superman do Injustice, o Superboy-Prime é uma das versões mais extremas do herói.

Extremo no sentido de poder, quando o Prime se tornou tão poderoso que era capaz de destruir universos, além do caso de se perder e dominar a linha do tempo, assumindo o manto do Senhor do Tempo. Extremo no sentido de perseguir um objetivo até as últimas consequências, não deixando o personagem divino, mas mais humano. No fim, tudo o que o Superboy-Prime queria era sua Terra de volta, onde todas as histórias dos outros universos eram quadrinhos.

Nessa de Terra onde as histórias são quadrinhos, temos um outro Superman, dessa vez com um futuro menos distorcido. Em Identidade Secreta, a história do jovem Clark Kent é bem parecida com a do Clark-Prime, onde ele vive em um mundo onde as histórias da DC são quadrinhos e seu nome é alvo de brincadeiras.

Mas, nesse caso, o herói foi para o lado bom da força, sendo extremamente querido e relacionável, quase familiar. Na minissérie, Clark tem que lidar com situações super-heróicas e familiares de uma forma mais realista e próxima do público, dando um ar mais pessoal para o personagem.

E se estamos explorando várias possiblidades, também temos o caso do foguete do Homem de Aço não caindo no Kansas, mas na Rússia Soviética. Essa é a história do Kal-L da Terra-30, o “Superman Comunista”, ou “Filho Vermelho”, apresentado em 2002. Ele pode não ter aparecido tanto assim, mas é uma versão mais que interessante para o herói que é um símbolo americano.

Uma versão mais velha e sábia do Homem de Aço, que serviu como pai adotivo da Poderosa, o Superman da Terra-2, Kal-L. Nessa realidade, o herói é casado com Lois Lane e luta contra o mal junto dos outros membros da Sociedade da Justiça. Apresentado ainda nos 60 para explicar alguns erros de continuidade nas tramas, ele é uma das primeiras experiências da DC com as versões alternativas de seus heróis.

A contraparte maligna do Superman da Terra-1, o Ultraman tem algumas origens diferentes, a mais aceita sendo ele um originário da Terra-3, onde os heróis da Terra original são vilões. O interessante dessa versão é que ele é tão mal quanto o Superman é heroico. Um assassino de sangue frio, talvez essa seja sua maior desvantagem, quando sempre dependeu demais de sua habilidade para matar e nunca lutar contra seus adversários. Ainda: ele usa a kriptonita para aumentar seus poderes, usando ela quase como uma droga, chegando inalar a pedra moída. Pois é.

Para fechar, o favorito de muitos, em uma das histórias que é praticamente consenso dos fãs no ranking das melhores abordagens do herói: o Superman de Grant Morrison em All-Star Superman. Sem entrar em spoilers da trama, essa é a versão onde o herói se mostra como um verdadeiro símbolo de esperança, inspirador, verdadeiramente heroico. Superman All-Star <3.