Sabe aquele final bem “Lost”? Então, muita gente está teorizando que toda a história desenvolvida na série nada mais é que um "sonho" do Bran, depois que ele foi atirado da torre lá na primeira temporada.

Fácil demais, chato demais e com repercussões negativas absurdas. Praticamente improvável de acontecer, ainda que tenha bases na mitologia da série. Afinal, o Bran e suas habilidades de warg permitiriam, em tese, que algo assim acontecesse. Talvez não em proporções tão detalhadas, mas ainda assim.

Algo possível de desenrolar, que não vai totalmente bem com o que a história apresentou até agora, mas seria um final interessante, é a Conquista da Daenerys funcionar e ela realmente tomar o controle de Westeros.

Muita gente acredita que a solução contra os Outros e os perigos vindos de trás da Muralha são os dragões da Khaleesi ou o fogo-vivo da Cersei. Se for o primeiro caso, além de ter vantagem sobre os exércitos de Westeros, a Primeira de Seu Nome ainda sairia como a heroína da trama toda.

Bem chatinho, se considerarmos que GoT nunca foi uma história sobre justiça e heróis, mas possível.

Um plot mais interessante, porém, é que, mesmo com todas as reviravoltas envolvendo a “nobreza” de Game of Thrones, no fim, todos eles acabam mortos e Westeros e a Baía dos Dragões serão governados pelo povo.

É aquele final que você espera de uma série que mata, sem a mínima piedade, qualquer personagem. Seria chocante, mas nenhuma surpresa, se nem Daenerys, nem Jon Snow e nem Cersei vencessem a Guerra dos Tronos - mesmo que, no caminho, eliminassem a ameaça dos Caminhantes Brancos.

Um final um tanto caótico, mas mais livre, para uma série que sempre celebrou o caos. O Deus de Muitas Faces ficaria bem contente com esse.

Em contrapartida, outra ideia é que o fim seja regido por uma democracia. Como Jon e Daenerys possuem um senso diferente de governo - e a Rainha da Baía dos Dragões já disse querer “quebrar a roda” - um final muito possível é onde não existe mais Trono de Ferro, mas um governo mais justo pelas terras de Westeros.

Uma crônica de gelo e fogo pode render um resultado meio aguado. Mas aceitável, perto de outros rumos.

O importante é falar daqueles desenvolvimentos que podem causar choque, agonia, choro e toda a ansiedade do mundo nos fãs. Muita gente - na verdade, todo mundo - já coroou a Cersei como a Rainha Louca de Westeros. Porém, quem realmente tem a genética para isso, mesmo que a Leoa curta bastante um fogo-vivo, é outra moça.

Nos livros, diferente da série, várias vezes a Daenerys é questionada e questiona a si mesma sobre suas capacidades de liderança, se baseando no histórico de sua família. Porque quando um Targaryen nasce, os deuses atiram uma moeda no ar para decidir se o destino da criança é grandeza ou loucura.

Seria um plot twist sensacional se, no fim, a Daenerys se tornasse a nova Rainha Louca. E existem indícios, ainda que pequenos, na série para que isso aconteça.

Parte das teorias acreditam em algo mais mitológico se desenvolvendo no final, principalmente pelo plot do Bran. Como vimos na sexta temporada, os Outros vem, de forma direta ou indireta, dos Deuses Antigos.

Já a religião do R’hllor coloca que o Deus Vermelho é o grande inimigo do “Outro”, a escuridão e que a batalha final seria travada pelos dois.

Tudo isso leva a crer que um final possível é exatamente esse: uma Batalha entre os Deuses Antigos, representados pelos Caminhantes Brancos e o Deus da Luz - agora que a Daenerys tem uma Sacerdotisa Vermelha do seu lado.

Nessa ideia, nenhum dos lados está 100% certo ou errado, o que condiz com a filosofia cinza da série.

Todos estão dando a Cersei como morta até o fim da sétima temporada sem levar em conta a força e a construção da Rainha de Westeros. Uma ideia correndo por aí é que a Lannister pode se tornar ainda mais perigosa do que já é.

Várias pistas vêm mostrando que é possível a Cersei se relacionar com os Outros em algum momento. Não sabemos muito até que ponto vai o ocultismo do Qyburn, último aliado real da Rainha (que já criou um zumbi, diga-se de passagem) e muitos acreditam existir um enviado dos Outros em Westeros.

Também, vários pontos indicam que ela deve se aliar, em algum momento, ao Euron Greyjoy - e se existe alguém que pode seguir a fé dos Outros ali, é ele. Lembrando também da visão da Daenerys sobre o Trono de Ferro e o Inverno em Porto Real. Será possível que a série vá juntar dois “antagonistas” para criar a ultimate boss, Rainha da Noite?

E como temos aqueles que defendem a Daenerys no Trono, do outro lado temos o partido do Jon Snow. Muitos fãs querem ver o Rei do Norte como governante de Westeros e algumas teorias apontam para uma conspiração Nortenha para colocá-lo no cargo.

Depois da retomada de Winterfell e sendo um herói da Patrulha da Noite, Jon Snow no Trono de Ferro - ou governando Westeros do Norte - é um final possível.

Ele, assim como a Rainha dos Dragões, tem uma ideia diferente de governo e conta com suas primas e primo Stark, cada um com uma vivência e contato diferente com o mundo, para levar a nação para um caminho bem distinto.

Mas o que vem sendo profetizado desde, sei lá, sempre, é a conclusão com o ressurgimento do Azor Ahai, da Luminífera e da Rainha Louca mais tradicional.

Assim, a teoria é mais simples: Jon Snow é o Azor Ahai e vai liderar os exércitos contra os Outros na nova Batalha pela Aurora, enquanto a Daenerys seria a reencarnação da Nissa Nissa e a Cersei fica com o cargo de Rainha Louca mesmo.

Ou o plot twist: a Daenerys é a Azor Ahai e o Jon aquele que se sacrifica pela Luminífera - algo bem mais interessante. A gente gosta é de reviravolta.

Algo que vem ganhando força nos últimos tempos é de que toda a história que estamos assistindo é, na verdade, uma narração de um Sam mais velho, que já se tornou um Meistre e sobreviveu a tudo o que está por vir na trama.

Faria sentido, ainda que um tanto piegas - quase um final Titanic. Porém, isso explicaria a caracterização mais “heróica” de algumas Casas em detrimento de outras: é um ponto de vista sobre uma Guerra, sem verdadeiros heróis.