Esse conto cheio de sexo, drogas e música alternativa fez a cabeça da crítica e também da equipe da Legião dos Heróis. Euphoria é uma série de drama da HBO baseada livremente em uma série israelense de mesmo nome. Estrelada por Zendaya (Homem-Aranha: Longe de Casa), a trama se concentra nas experiências de um grupo de estudantes do ensino médio diante dos dilemas, amores e traumas da adolescência.

Autêntica e dona de um visual deslumbrante, a série é sensível ao retratar diversos assuntos comuns à nova geração.

Um garoto desajeitado e desajustado socialmente é extremamente maduro quando se trata de sexo, mesmo sem nunca ter feito. Depois de ajudar inadvertidamente o valentão da escola com sua ansiedade por desempenho sexual, o jovem Otis inicia um negócio de aconselhamento sobre sexo, e com a ajuda da sua nova amiga e paixão, Maeve, ele parte em educar seus colegas enquanto lida com seus problemas sexuais.

Esta é a premissa de Sex Education, com Asa Butterfield, Gillian Anderson, Ncuti Gatwa e Emma Mackey, uma dramédia que rapidamente se tornou um dos maiores sucessos da Netflix. É um programas originais mais honestos e sábios dos últimos anos, que busca fugir de qualquer clichê adolescente, trazendo incríveis personagens tridimensionais e representativos.

A segunda temporada de Fleabag, criada e estrelada pela comediante Phoebe Waller-Bridge, foi, sem dúvida, uma das coisas mais legais lançadas em 2019. Na trama, acompanhamos a história de uma mulher irresponsável, egoísta e debochada, que vive diante de dilemas típicos de de uma mulher do século XXI.

O programa da Amazon Prime apresenta uma figura feminina como raras vezes vemos na TV ou no cinema. Repleta de cenas icônicas e divertidas, com direito até mesmo à quebra da quarta parede, Fleabag teve sua segunda e última temporada premiada em várias categorias do Emmy 2019.

A protagonista Eleanor, vivida por Kristen Bell, acorda no Lugar Bom depois de morrer em um acidente tão trágico quanto ridículo. O tal Lugar Bom é uma comunidade pós-vida dedicada a quem levou uma vida boa e altruísta, porém, "boa e altruísta" definitivamente não são adjetivos que podem ser designados a Eleanor. Ela foi parar lá devido à algum erro.

O mundo foi apresentado a esses personagens malucos em 2016, quando a série estreou, proporcionando algumas das maiores reviravoltas da TV ao final da primeira temporada. Quatro anos depois, o público se prepara para se despedir desta série brilhante, que reconhece a hora de parar e entrega uma temporada final cheia de homenagens, emoção, e situações absurdas.

Em 2019, a Netflix lançou a temporada mais curta de sua série de ficção-científica Black Mirror. O programa, que já entrou para o hall dos grandes fenômenos da cultura pop, teve uma quinta temporada que passou batido pela maioria, mas que foi lembrada pela Legião.

Nos três episódios, a série ecoa uma abordagem muito mais realista da tecnologia, mas sempre, é claro, trazendo reflexões acerca do uso que fazemos dela e da solidão que ela provoca. A exploração da sexualidade, os males do vício insaciável e um mergulho no mundo das celebridades são os principais elementos que compõem o enredo deste ano de Black Mirror.

Com Anthony Mackie (Falcão do MCU), Pom Klementieff (Mantis do MCU), Yahya Abdul-Mateen II (Arraia-Negra de Aquaman), Andrew Scott (Fleabag) e Miley Cyrus (Hannah Montana), a quinta temporada de Black Mirror pode não ser uma "Black Mirror clássica" mas ainda ostenta a coroa de maior antologia fantástica da TV.

Ainda que você já tenha ouvido falar sobre o colapso nuclear de Chernobyl, você provavelmente sabe pouco ou quase nada sobre o caso, e é sobre ele que esta minissérie da HBO se debruça. Aqui o trágico episódio é fragmentado e dramatizado numa mistura de filme de desastre, épico de guerra, drama de tribunal e suspense de conspiração. Um combo que tornou Chernobyl uma das grandes obras da TV.

A minissérie é escrita e produzida com maestria, e vai fundo na questão que permeia todo o desastre, denunciando o descaso institucional e as consequências do poder nas mãos de líderes desonestos.

Baseada no romance de Terry Pratchett e Neil Gaiman, Good Omens é uma produção da Amazon Prime que conta a história do anjo Aziraphale (Michael Sheen) e o demônio Crowley (David Tennant), que, acostumados com a vida na Terra, procuram impedir a vinda do anticristo e com ele a batalha final entre o Céu e o Inferno.

E como não poderia deixar de ser uma obra como esta, Good Omens é irreverente e hilária, com um humor nonsense que se ajusta facilmente à história dessa amizade improvável. E mesmo sendo uma série cujo plano de fundo é nada menos que o apocalipse, é impossível não assistir ao programa sem sair com aquele sentimento otimista.

Esta série de fantasia conquistou o apreço da nossa equipe por conseguir capturar de forma grandiosa os romances seminais de Philip Pullman. Sua história começa em um mundo alternativo onde todos os humanos têm companheiros animais que funcionam como manifestações da alma humana. Lyra, nossa jovem protagonista, descobre um segredo do qual ela não entende muito bem, mas todas as suas ações a partir dali passam a ser fundamentais para o futuro do universo.

Com um elenco em plena forma, que inclui nomes como Dafne Keen, Ruth Wilson, Lin-Manuel Miranda e James McAvoy, a série da BBC em conjunto com a HBO é um verdadeiro épico de fantasia que com certeza vai agradar os fãs do gênero que ainda não se aventuraram pelo mundo criado por Pullman.

O Mundo Sombrio de Sabrina estreou sua segunda parte em 2019, e ela repercutiu muito bem entre a equipe da Legião dos Heróis. Retratando a história de Sabrina Spellman, o novo ano traz a jovem bruxa precisando se dedicar ainda mais a sua parte mágica enquanto concilia sua escola e à luta contra as forças do mal que a ameaçam.

Novos contornos do mundo das bruxas são introduzidos, descobrimos ainda mais sobre diferentes lugares habitados por esses seres poderosos e vamos mais fundo na história de alguns personagens. Na parte humana da vida de Sabrina, as conexões amorosas ficam ainda mais desconcertantes, com a personagem encurralada entre dois amores.

Com um visual rico, um humor autêntico e o equilíbrio muito bem dosado entre o fantástico e o humano, O Mundo Sombrio de Sabrina assume a medalha de prata da nossa lista.

Stranger Things se tornou um verdadeiro fenômeno cultural quando estreou ali por 2016. Mas provando que não se trata de uma moda passageira, o grande sucesso da Netflix, criada pelos Irmãos Duffer, continua com tudo em sua terceira temporada.

Em 2019, assistimos à evolução do relacionamento de Joyce e Hopper, novos obstáculos no romance de Eleven e Mike, descobertas assustadoras de Nancy e Jonathan, e um grupo extremamente improvável formado por Dustin, Steve, Robin e Erica. Personagens carismáticos, atmosfera bem construída e muitas referências aos anos 80 continuam sendo alguns dos êxitos de Stranger Things, que em sua terceira temporada nos leva às últimas consequências.