O último título da equipe, antes de seu derradeiro cancelamento editorial, A Queda do Quarteto Fantástico é uma trama singular, explorando o quanto a equipe pode ser destruída internamente e, ainda assim, manter-se unida e fortificada para enfrentar qualquer ameaça.

A história foge dos clichês convencionais, com um final surpreendente e impactante o suficiente para ser diferente de tudo que já vimos da equipe. Destaque para a inclusão de alguns elementos importantes do Universo Marvel, como o universo compacto que Franklin Richards criou em Heróis Renascem.

Depois de Stan Lee e Jack Kirby, nenhum criador influenciou tanto o Quarteto Fantástico como John Byrne e Pequenas Perdas é a prova concreta desta afirmação. Aqui, Sue Storm sofre com o trabalho de parto de um filho, devido à sua exposição aos raios cósmicos.

Para não perder a criança ou sua mulher, Reed busca a ajuda de diversos gênios científicos, procurando até mesmo por um vilão famoso do Homem-Aranha. Aqui, Byrne trabalha temas como reabilitação de criminosos e, embora a história termine com um tom bem depressivo, é de se lembrar que ela fez um grande diferencial na vida de Susan, tornando-a a mulher forte e independente que ela é hoje, longe da donzela em perigo da Era de Prata.

Embora Jonathan Hickman tenha uma fase inteira pelo Quarteto Fantástico que deve ser lida por completo - até mesmo porque o autor gosta de deixar pontas soltas que só são compreendidas com o desenrolar de todas as edições - Três é, possivelmente, o épico que marca o pilar dessa fase.

Na história, o Quarteto Fantástico é pego de surpresa pela invasão de uma onda do Aniquilador no centro de Manhattan, a partir do Edifício Baxter. Despreparados, os heróis se veem em um conflito de proporções cataclísmicas que acaba resultando na perda de um dos membros da equipe.

Assim como Hickman, Mark Waid possui uma fase no Quarteto Fantástico que deve ser lida sem medo. E Inconcebível é apenas o começo dela, mas já apresentando uma história que é considerada uma das melhores da década de 2000.

Aqui, o Quarteto é colocado de volta às suas origens, tendo de enfrentar um Doutor Destino completamente inescrupuloso que fará de tudo para derrotar os heróis, em uma história que redefiniu o caráter da equipe e alavancou novamente os personagens para sua popularidade.

Se formos levar em consideração, esta lista poderia ser completamente preenchida com histórias da fase Lee/Kirby e Este Homem... Este Monstro é a prova disso. Longe dos conflitos épicos envolvendo super-vilões e outros elementos clássicos de super-heróis, essa história é um conto de moralidade que parece ter saído diretamente de um episódio de Além da Imaginação.

A história adentra a psiquê de Ben Grimm e encapsula, em uma única edição, tudo que o Quarteto Fantástico é, não apenas como equipe, mas como ser vivo e de importância para o Universo Marvel, estabelecendo a força da esperança em tramas de super-heróis.

Outro clássico memorável da icônica fase de John Byrne nos roteiros e na arte do Quarteto Fantástico, O Julgamento de Galactus traz de volta à tona o devorador de mundos e todo o efeito que ele tem sobre o universo como um todo.

Aqui temos um clássico monumental que corre por mais de 20 edições, com personagens sendo introduzidos a torto e a direito, cada qual com sua importância. E Reed Richards sendo julgado por ter poupado a vida de Galactus após uma nova derrota no Planeta Terra, gerando um conflito moral importantíssimo para a equipe e o mundo ao seu redor.

Na década de 2000, vários criadores se juntaram para criar histórias que serviriam como o fim de heróis do Universo Marvel. Não seriam necessariamente épicos mundiais, mas sim as últimas histórias de cada personagem e equipe presentes nesse universo. E Alan Davis ficou encarregado da história final do Quarteto Fantástico.

Incorporando tramas e elementos de quase cinquenta anos de publicação dos heróis, Quarteto Fantástico: O Fim é uma história que finaliza diretamente toda a história do Quarteto no Universo Marvel, mostrando o quanto a equipe teve seu valor enquanto heróis, mas principalmente enquanto família.

Embora o Quarteto Fantástico já tivesse chegado ao fim quando Guerras Secretas chegou às bancas, em maio de 2015, os leitores da saga - que está sendo publicada agora no Brasil - perceberam de cara que era uma história sobre o Quarteto e sobre a eterna rivalidade entre Reed Richards e Victor Von Doom.

Ainda que a saga acabe falando sobre todo o Universo Marvel, é bem claro que ela é uma carta de amor ao Quarteto e suas décadas de história, já que os personagens da equipe têm um papel fundamental incrustado na trama, que é considerada a melhor mega-saga dessa década até então.

Procura por uma trama mais adulta e complexa da Família Fundamental de heróis da Marvel? 1234 deve ser sua primeira escolha. Proveniente das mentes de Grant Morrison e Jae Lee, a história em quatro edições é um épico científico e complexo envolvendo o Quarteto Fantástico.

O tom é surpreendentemente sombrio para uma história da equipe, mas sua narrativa complexa brinca com os clichês e repetições do grupo, além de trazer um conflito épico que, apesar das cenas de ação, se passa em um plano ainda maior.

Poucas histórias são tão memoráveis e atuais quanto a Trilogia de Galactus, a joia na coroa que foi a fase de Stan Lee e Jack Kirby na equipe de heróis. O arco insere grande parte da mitologia do Quarteto, já que é aqui que personagens como Galactus, Surfista Prateado e Uatu, o Vigia.

Na época, era difícil ver a Marvel realizando uma história que durasse mais de uma edição, o que torna ainda mais épico o arco que revela a primeira vinda de Galactus à Terra e termina com um senso de dramaticidade elevado, onde os heróis são deixados às suas últimas opções em meio a essa ameaça global.