Em 2003, Emma Frost ganhou uma revista para chamar de sua, focada em seu passado. Mesmo ela já tendo falado um pouco sobre sua história, antes de se tornar a Rainha Branca em Geração X e Novos X-Men, aqui vemos toda a história cânone da personagem.

O primeiro dos três arcos mostra o forte relacionamento de Emma com seu irmão, Christian e como ela lidava com os problemas domésticos de sua casa. Após, vemos a personagem aprendendo a utilizar seus poderes e indo para a faculdade.

Através de sua primeira paixão, passamos a compreender como a inocente adolescente se tornou a destemida e impiedosa Rainha Branca.

Na história, Emma Frost, a nova Rainha Branca do Clube do Inferno, junto de Sebastian Shaw, o novo Rei Negro, tramam para assumir o controle do Clube do Inferno, que - na época - era comandado por humanos anti-mutantes. Emma tem um papel central na trama e transição, onde suas habilidades têm um papel fundamental.

A trama, originalmente, está em “Clássicos X-Men #07”, que pegava histórias antigas e colocava novos elementos. Nesta, a história utilizada para colocar Frost e Shaw assumindo o Clube do Inferno é simultânea aos eventos de Fabulosos X-Men #99. Após a história, há um belo desenho de John Bolton da Rainha Branca.

A Rainha Branca é uma aterrorizante vilã que realmente quer Kitty Pryde em sua “Academia Massachusetts”, onde ela é a diretora. Obviamente, Kitty não acredita muito na saudação assustadora de Emma.

A edição #129 é a primeira aparição oficial de Emma, assim como a de Kitty Pryde e Sebastian Shaw. A trama está inclusa na Saga da Fênix Negra e Emma tem um papel muito importante até ser derrotada por Jean Grey na edição #131.

Na revista solo da Firestar/Flama/Angelica Jones, Emma Frost comete seu maior ato de maldade ao matar o cavalo de Angie telepaticamente. Além disso, fez com que a jovem acreditasse que ela havia utilizado seus poderes e matado o cavalo Butter Rum. Ok, a situação até que é engraçada e serviu para criar uma grande inimizade entre as duas.

A rixa entre Emma Frost e Flama não acabou ali. Em Novos Guerreiros, Emma e os Satânicos (uma equipe de jovens mutantes comandados pela vilã) lutam contra a equipe de Jones e tentam recruta-la novamente. No fim da trama, Emma diz que, um dia, a garota iria se arrepender de sua ideologia. Pois Emma realmente acreditava naquilo que defendia.

As duas deixaram as diferenças de lado em Geração X, quando Emma pede desculpas a Flama por não ter aceitado o caminho que ela havia escolhido.

Após os Satânicos de Emma Frost morrerem, o Professor X oferece a ela a chance de ensinar novos jovens mutantes. Emma e Banshee começam uma nova escola, ensinando os mutantes a usarem seus poderes e os protegendo. A escola estava muito bem, até encontrar problemas financeiros e Emma ter que pedir a ajuda de sua irmã, Adrienne, para fundar a escola.

Porém, Emma não é a mais louca dos Frost e Adrienne planta diversas bombas na escola de Emma e um jovem mutante é morto. Não querendo arriscar ainda mais os seus estudantes, Emma Frost dá um tiro em sua irmã (as três irmãs Frost são imunes aos poderes psíquicos uma das outras). Mesmo sendo um ato ruim, não há como dizer que Adrienne não mereceu.

Na revista temos absolutamente MUITA Emma Frost. Emma ganha sua mutação secundária, Emma explica a Jean o motivo de ser uma vadia ("criação, querida") e ela se junta aos X-Men, dizendo que o único motivo de ter voltado (e salvo todos eles) é que ela havia se esquecido de sua Louis Vuitton.

Nesta primeira edição, vemos Emma nos holofotes e já temos um gostinho do quão incrível ela estará no resto da revista! Após, Emma começa seu romance psíquico com Ciclope, chora no ombro de Wolverine por (de todas as pessoas no mundo) ter se apaixonado por Scott Summers e ao final, recomeça os X-Men junto de Scott.

Sem dúvidas é um dos momentos mais importantes na história da personagem, que fez com que ela se tornasse (ainda mais) querida pelos leitores!

Joss Whedon e John Cassaday escrevendo sobre uma equipe com Emma Frost, Wolverine, Ciclope, Kitty Pryde e Colossus. Tem como dar errado? Óbvio que não.

Emma, sem dúvidas, é a personagem que tem maior desenvolvimento na trama. Sua personalidade, medos e psique são mostrados e incrementados de maneiras que não haviam sido feitas antes.

Além disso, a dinâmica entre Emma e Kitty é, possivelmente, uma das melhores já feitas em 24 edições. Não há como não se arrepiar com a conversa das duas heroínas sobre Emma voltar para “antigos hábitos” e Kitty dizendo que não precisava ficar de olho nela, pois sentia seu cheiro.

Mas o final, quando as duas finalmente colocam suas diferenças de lado, faz com que qualquer um fique de olhos lacrimejando. Antes de se sacrificar para salvar a Terra, Kitty pergunta a Emma: “Desapontada, Srta. Frost?”, “Surpreendida, Srta. Pryde” responde a Rainha Branca.

”Nossos pecados são maiores pois nosso alcance é maior.”

Nesta edição, Emma Frost confronta Xavier sobre seu passado, sua arrogância e suas decisões. Claro que ela estava fazendo isso por um bem maior (Procurar traços do Sr. Sinistro em sua mente) porém, ao mesmo tempo, eles têm uma interessante e bela discussão sobre suas habilidades e o fato de que telepatas sempre estão “acima”, de certa forma, dos outros mutantes.

Essa edição, também, é fantástica para mostrar os talentos telepáticos de Emma Frost. Na revista, é Xavier que entra na mente dela, ainda assim, ela consegue reverter a situação e entrar na mente dele e andar por seu passado.

Após o final de Surpreendentes X-Men, a equipe de mutantes se muda para Utopia, uma ilha em São Francisco. Destino Manifesto conta com pequenas histórias dos mutantes se ajustando ao novo local, mas uma das melhores, sem dúvidas, é a de Emma Frost.

Na trama “Flaw” (”Falha” ou “Defeito”), Emma analisa as atitudes de cada um dos X-Men em relação a ela e como não merece estar na equipe. Com toda a culpa e sentindo-se julgada por todos, Emma explode em um jantar, dizendo que ela não aguenta mais fingir e pede que a avisem quando tudo estiver acabado. Ela sai do restaurante, Wolverine a segue e lhe diz:

”Quer saber quem você é? Vou lhe dizer.

Scott Summers daria a vida por você. Essa é quem você é.

Acontece que ele não está sozinho. Todos eles dariam, até mesmo as crianças. Sabe por quê? Porque eles sabem que você faria o mesmo por eles.

Você fez coisas ruins? Olhe em volta, todos fizemos, até mesmo o Cykes. Tem sangue em todas as nossas mãos, tem uma escuridão em todas as nossas almas. Esse é o preço que pagamos, fazendo o que fazemos.

O mal com o qual lidamos entra dentro de todos nós.

O fato de que você odeia tanto a escuridão dentro de você é tudo o que eu preciso saber. Você é uma X-Man, Frost. Você é uma de nós.

Você quer perdão?

Comece consigo mesma.”

Muitos fãs da Rainha Branca criticaram o modo com o qual Brian Michael Bendis tratou com a personagem em sua fase escrevendo revistas dos X-Men. Porém, é notável que nas duas edições em que ele melhor representou Emma Frost, ela estava ensinando.

Em Fabulosos X-Men #14, Emma Frost ensina o jovem Benjamin Deeds a utilizar sua habilidade de se transformar em qualquer pessoa que esteja próxima dele em um útil e perigoso super-poder.

Já em Novissímos X-Men #37, Emma Frost leva a jovem Jean Grey deslocada no tempo para Madripoor, ensinando-a a melhor utilizar suas habilidades telecinéticas, já que a jovem estava as deixando de lado e utilizando apenas sua telepatia.

Ambas as histórias mostram que, acima de qualquer coisa, Emma Frost é uma excelente educadora e seu verdadeiro talento é ajudar jovens mutantes a alcançar todo o seu potencial.