Equipe criativa: Matt Fraction com Richard Zircher e Pasqual Ferry Publicado em: Thor: Ages of Thunder, Thor Vol. 1 #615-621 e Mighty Thor Vol. 1 #1-22

Apesar de ter se tornado extremamente popular graças ao seu run no Gavião Arqueiro, o aclamado Matt Fraction já tinha passado as mãos no Deus do Trovão, em uma fase curta, porém bem interessante. Em Eras do Trovão, uma edição única, ele foi atrás da mitologia do herói e a transcreveu para a Era Moderna de quadrinhos da Marvel.

Além disso, o roteirista também assumiu um período no título regular do herói, escrevendo uma trama sensacional que envolvia o Thor contra Galactus e o Surfista Prateado. Posteriormente, o escritor também deu conta de inserir alguns enxertos da saga A Essência do Medo, onde apresentou Cul, o irmão de Odin que é alter-ego da Serpente de Midgard.

Equipe criativa: Kieron Gillen com diversos artistas Publicado em: Thor Vol. 1 #604-614 e Journey Into Mistery Vol. 1 #622-645

Ainda que muito curta, a passagem de Kieron Gillen pelo título do Filho de Odin não passou despercebida. O escritor assumiu o herói logo após os eventos d'O Cerco, onde vimos Thor lidando com as consequências da destruição de Asgard. Ele também colocou o herói para enfrentar seu clone assassino, Ragnarok.

Mas a coroa da fase de Gillen não está exatamente no título do Deus do Trovão, e sim em Jornada ao Mistério, que ele resgatou para contar a história de Loki, uma vez que o Deus da Trapaça havia morrido e ressuscitado como uma criança. É um título emocionante e belo, onde o Filho de Laufey faz as pazes com seu meio-irmão e se torna um pródigo herói.

Equipe criativa: Michael Avon Oeming com Andrea di Vito Publicado em: Thor Vol. 2 #80-84

Após a saída de Dan Jurgens e com a chegada de Vingadores: A Queda, a Marvel decidiu que o Thor precisava chegar a um novo nível em seus quadrinhos. Foi aí que contrataram o roteirista Michael Oeming e o desenhista Andrea di Vito para realizarem, juntos, a versão definitiva do Ragnarök nas HQs.

A passagem dos dois durou apenas cinco edições, que foram extremamente memoráveis. Aqui, o Leão de Asgard finalmente percebe o ciclo natural do Fim do Mundo nórdico e decide que é hora de dar um fim a essa sequência de catástrofes. É impressionante ver o Deus do Trovão sacrificar a si próprio e a própria Asgard em busca de um recomeço livre das amarras do tempo.

Equipe criativa: Roger Langridge com Chris Samnee Publicado em: Thor: The Mighty Avenger Vol. 1 #1-8

Embora seja considerada à parte da cronologia padrão da Marvel, esse título é fortemente inspirado pela era Lee/Kirby nos quadrinhos do herói. Thor: O Poderoso Vingador é um título que conta as primeiras aventuras de Thor na Terra, tendo de lidar com inimigos clássicos enquanto concilia sua vida como o Dr. Donald Blake.

É um título extremamente elogiado, que retorna às origens do personagem e busca traduzir a beleza e a inocência da jornada do Filho de Odin em Midgard. Além disso, conta com a participação mais que bela de Jane Foster e dos outros Vingadores, enquanto Thor acaba entrando em conflito com alguns e conhecendo outros.

Equipe criativa: Dan Jurgens com diversos artistas Publicado em: Thor Vol. 2 1-79

Após anos de publicações um tanto quanto irregulares - e bizarrices típicas da década de 90 -, o Thor voltou com tudo em um novíssimo título solo, concebido inicialmente por Dan Jurgens ao lado de John Romita Jr.. Aqui, o roteirista buscou explorar ainda mais a fundo a mitologia do personagem, relacionando-a com outros mitos icônicos do Universo Marvel.

Com o passar dos anos, o título continuou evoluindo em uma crescente muito positiva, com a entrada de novos desenhistas tais quais Joe Bennett, Stuart Immonen e Scot Eaton. Em sua fase, Jurgens trabalhou momentos chocantes para o herói, como a morte de Odin e a destruição iminente dos deuses.

Equipe criativa: J. Michael Straczynski com Olivier Coipel e Marko Djurdjevic Publicado em: Thor Vol. 3 #1-12; Vol. 1 #600-603

Após o Ragnarok de Oeming e di Vito, a Marvel deixou o Thor na geladeira por um bom tempo, com publicações alternativas que não incluíam o herói no Universo-616. Eis que o título foi entregue nas mãos dos lendários Michael Straczynski e Olivier Coipel, que fizeram o renascimento do Deus do Trovão.

Nessa fase, o herói foi trazido para a Terra, e junto com ele, veio Asgard, pairando sobre o território de Oklahoma. Logo ele precisa se unir aos seus aliados e buscar todos os deuses de Asgard, reencarnados nos corpos de humanos normais. E enquanto isso acontece, uma nova ameaça paira no horizonte junto com o ressurgimento de Loki.

Equipe criativa: Stan Lee e Jack Kirby Publicado em: Journey Into Mystery Vol. 1 #83-125 e Thor Vol. 1 #126-179

Elogiar qualquer fase que tenha sido escrita por Stan Lee e desenhada por Jack Kirby é quase um pleonasmo. Os dois são, juntos, os maiores criadores de quadrinhos de todos os tempos, e foram responsáveis por erguer todos os alicerces onde habita o Universo Marvel atualmente. E com o Thor, não foi nem um pouco diferente.

Lee e Kirby mergulharam na mitologia nórdica e deram sua própria roupagem a ela, explorando os deuses como espécies extra-terrestres, rodeados por uma magia ultra-científica clássica das obras do desenhista, sobretudo. E nos roteiros, Lee fez o que sabia fazer de melhor: exagerou nos diálogos para criar um personagem impetuoso, pomposo e, sem dúvida alguma, poderoso.

Equipe criativa: Jason Aaron com Esad Ribic e Ron Garney Publicado em: Thor: God of Thunder #1-25

Jason Aaron é um caso bem curioso dessa lista... e motivo pelo qual contaremos duas fases dedicadas a ele. A primeira delas é Thor: Deus do Trovão, que só não está em posição mais elevada por não ter durado tanto e por ter um leve deslize em seu terceiro arco, onde a qualidade realmente teve uma decaída sentida pelos leitores.

Ainda assim, o escritor é digno de aplausos. Os contos envolvendo o Carniceiro dos Deuses são brilhantes e ficam ainda mais ressaltados pela épica arte de Esad Ribic. Outra sacada genial de Aaron foi trazer três Thors de épocas temporais distintas e uni-los contra uma única ameaça, atemporal. Além de ter aberto espaço para...

Equipe criativa: Jason Aaron com Russell Dauterman Publicado em: Thor Vol. 4 #1-8 e Mighty Thor Vol. 2 #1-23; Vol. 1 #700-???

Quando a Casa das Ideias anunciou que uma mulher assumiria o papel do Thor, muitos fãs ficaram revoltados, e fizeram intensos boicotes contra a editora. Ainda assim, a iniciativa perdurou o Jason Aaron logo transformou Jane Foster na novíssima e poderosa Thor, que defende Asgard enquanto precisa lidar com o câncer que a aflige.

O título resgatou excelentes ideias de diversos runs anteriores e deu uma abordagem muito mais moderna, abrilhantada pela arte sensacional de Russell Dauterman. Dessa forma, a revista vem tendo críticas e elogios extremamente positivos por parte dos leitores. E engana-se quem pensa que Aaron esqueceu o Filho de Odin, que está sendo desenvolvido na própria HQ de Foster e em Indigno Thor.

Equipe criativa: Walt Simonson com Sal Buscema Publicado em: Thor Vol. 1 #337-382

E mesmo que todos os escritores e desenhistas anteriores tenham feito um ótimo trabalho ao explorar o mito do Deus do Trovão, nenhum deles sequer chegou aos pés do que Walter Simonson fez pelo Thor. O roteirista criou a fase mais celebrada do personagem e chegou a tomar conta da arte por um bom tempo, antes de passá-la para as mãos do extremamente competente Sal Buscema.

Durante seu período de quase cinquenta edições na revista, Simonson deu ao Thor os arcos mais memoráveis de sua carreira, como A Saga de Surtur, a apresentação de Bill Raio Beta e a batalha final contra Jormungand, a Serpente de Midgard. Além disso, não podemos esquecer de Pocinha, o Thor-sapo. É, sem a menor sombra de dúvidas, a melhor fase do Deus do Trovão nas HQs.