As 10 maiores zebras da história do Oscar!

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As 10 maiores zebras da história do Oscar!

Por Gus Fiaux

Aqui, selecionamos dez entre as maiores “zebras” da premiação, na categoria de Melhor Filme. Tratam-se de filmes que ninguém achava que iam ganhar, ou que acabaram atropelando concorrentes famosos e ganharam o maior prêmio da Academia.

Essa lista é uma sugestão do nosso fã Lucas Sousa.

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Como Era Verde Meu Vale (1941)

Tendo ganhado o prêmio de melhor filme na cerimônia de 1942, Como Era Verde Meu Vale foi dirigido pelo icônico John Ford e acabou se tornando famoso... por todas as razões erradas. O filme está longe de ser ruim, e conta a história de uma família vivendo ao sul do País de Gales no século XIX.

A questão é que, no mesmo ano que ele saiu, foi lançado Cidadão Kane, considerado até hoje um dos maiores e melhores filmes de todos os tempos. Com isso, Como Era Verde Meu Vale acabou ganhando uma reputação muito maior por ter destronado o filme de Orson Wells do que por seus méritos próprios.

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Operação França (1971)

Stanley Kubrick é um dos diretores mais esnobados pelo Oscar na história. Ao longo de sua carreira, todos os seus filmes só chegaram a ganhar uma premiação - Melhores Efeitos Visuais, por 2001: Uma Odisseia no Espaço. Assim sendo, não é surpresa que uma de suas obras-primas (Laranja Mecânica) tenha perdido no Oscar de 1972.

Nessa cerimônia, o grande ganhador da noite foi Operação França, o suspense policial dirigido por William Friedkin. Ainda que seja considerado uma "zebra" atualmente, o filme já demonstrava indícios da vitória ao se dar bem em outras premiações importantes antes do Oscar, como o Globo de Ouro e o BAFTA.

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Argo (2012)

Argo é um caso interessante. O filme foi o primeiro sucesso estrondoso de Ben Affleck, que sempre foi firmemente criticado por sua atuação monotônica. A semi-biografia do agente da CIA Tony Mendez acabou recebendo elogios pelo roteiro e direção.

Porém 2012 foi um ano cheio de possíveis vitoriosos. Concorriam diretamente com o filme os bem-sucedidos As Aventuras de Pi e O Lado Bom da Vida, o tocante Amor e a tão falada biografia de um dos mais famosos presidentes norte-americanos, Lincoln. A vitória de Argo veio como uma grande surpresa.

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Chicago (2002)

O primeiro musical a ganhar o Oscar de Melhor Filme desde 1968 (falaremos mais disso no próximo item), Chicago é considerado uma das vitórias mais desconcertantes na história da Academia. O filme é baseado em um musical da Broadway que fala sobre a vida de celebridade em Chicago.

Contudo, ele era apontado pelo público com um dos filmes mais fracos da 75ª edição da premiação, já que concorria também com As Horas, Gangues de Nova York, O Senhor dos Anéis: As Duas Torres e O Pianista.

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Oliver! (1968)

Ainda falando em musicais, temos aqui um caso curioso. Outra adaptação de uma peça musical de teatro, mas dessa vez, inspirado no clássico Oliver Twist, de Charles Dickens, o filme acabou passando por cima de Funny Girl e Romeu e Julieta de Franco Zeffirelli, considerada até hoje a melhor adaptação da tragédia de Shakespeare.

O filme acabou fazendo um bom sucesso comercial na época, mas não foi tão elogiado pelos críticos quanto seus concorrentes, e a prova disso é que acabou caindo em esquecimento, diferente dos outros dois mencionados.

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Carruagens de Fogo (1981)

É inegável, basta ouvir algumas notas da clássica trilha composta por Vangelis e imediatamente vêm à cabeça uma das cenas mais comoventes de Carruagens de Fogo, filme que contava a história real de dois atletas que competiram nas Olimpíadas de 1924.

Ainda assim, a vitória do filme acabou se tornando uma surpresa geral, considerando que um de seus concorrentes, o notório Reds, era o favorito da crítica e havia sido indicado em 12 categorias. Além disso, ele chegou a competir também contra Os Caçadores da Arca Perdida, o primeiro filme da franquia Indiana Jones.

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Guerra ao Terror (2009)

Tendo sido lançado primeiro em 2008, em circuitos de festivais e depois em 2009, para o público mais amplo, Guerra ao Terror chocou ao superar Avatar, Bastardos Inglórios e Up: Altas Aventuras na 82ª edição dos Academy Awards.

Além disso, o drama sobre a luta americana contra o terrorismo no Iraque também entrou para a história, sendo o primeiro filme dirigido por uma mulher a ganhar os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção.

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Rocky: Um Lutador (1976)

Rocky: Um Lutador é, sem dúvidas, um dos melhores filmes sobre esportes da história. Além de ter criado um personagem icônico que seria utilizado e explorado expansivamente nas suas continuações, o filme também serviu como uma catapulta na carreira artística de Sylvester Stallone.

O que chocou, nesse caso, é que o filme não era o favorito do ano e acabou "tirando" o prêmio de filmes como Todos os Homens do Presidente (considerado o melhor filme sobre jornalismo da história), Network: Uma Rede de Intrigas e o icônico Taxi Driver, de Martin Scorsese.

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Crash - No Limite (2005)

Em março de 2006, durante a 78ª apresentação do Academy Awards, todos os olhos se viravam para O Segredo de Brokeback Mountain. O drama de Ang Lee era um dos favoritos da crítica e do público, e a vitória do filme em diversas categorias - como Melhor Direção - apontava para o grande prêmio da noite...

E assim, a estatueta acabou indo para Crash - No Limite, até hoje considerado um dos piores e mais controversos filmes a ganhar o prêmio. Anos depois, até mesmo o diretor do filme, Paul Haggis, disse que não acreditava que Crash merecia ter levado o prêmio de Melhor Filme.

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Shakespeare Apaixonado (1998)

Por fim, temos aquela que é considerada por uns como a maior zebra e por outros, como a maior injustiça da história do Oscar. Ainda que não seja um filme ruim, Shakespeare Apaixonado está longe de merecer mais o prêmio de Melhor Filme que Elizabeth, O Resgate do Soldado Ryan, A Vida é Bela ou Além da Linha Vermelha, todos concorrentes em 1999.

E para piorar, não bastasse ter tomado o prêmio principal da noite, o romance de John Madden ainda acabou levando a estatueta de Melhor Atriz para Gwyneth Paltrow, no ano em que Fernanda Montenegro concorria por Central do Brasil e tinha boas chances de ganhar. Por isso, não perdoamos.