Um clássico do horror britânico, O Homem de Palha até hoje é referência na construção de atmosfera e suspense, conforme acompanhamos um policial que precisa ir até uma ilha para investigar o desaparecimento de uma menina, supostamente por conta de macabros rituais pagãos.

O que realmente torna a experiência tão devastadora e macabra é descobrir que a história da menina desparecida não passou de uma armação - e que, na verdade, o alvo era Neil Howie, o próprio policial, que seria oferecido aos deuses como o "homem de palha".

Remake do clássico de Dario Argento, o novo Suspiria age mais como uma releitura do filme original, incorporando diversos novos elementos e criando sua própria mitologia. Nele, vemos uma dançarina envolta pelos mistérios de uma academia de dança em Berlim, na década de 70.

O que choca tanto é descobrir, no final da história, que Suzie Bannion é o alter-ego da Mater Suspiriorum, uma das bruxas mais poderosas de todos os tempos, enquanto que no original, a personagem era apenas uma vítima da maquinação da feiticeira.

Há alguns anos, o suspense austríaco Boa Noite, Mamãe acabou sendo muito bem falado por conta de seu clima denso e uma reviravolta chocante. O longa acompanha dois irmãos que precisam lidar com a mulher que eles acreditam ter assumido o lugar de sua mãe.

No entanto, a grande reviravolta do longa se dá quando descobrimos que, na verdade, a mãe é uma vítima na história. No fim das contas, descobrimos que ela foi desfigurada em um acidente de carro, e um dos meninos - Lukas, morreu nele. O que vemos agora é apenas o fruto da imaginação doentia do único filho sobrevivente, Elias.

Há algo de denso e espectral em histórias de fantasmas, que fazem com que nós fiquemos com nossas espinhas arrepiadas. De certa forma, isso acontece também em Os Outros, um drama gótico que acompanha uma família cuja casa começa a ser assombrada por estranhos eventos.

Ao longo do filme, ficamos firme ao lado dessas pessoas, vivendo seus medos e pavores, enquanto acontecimentos sobrenaturais parecem perturbá-los. No fim das contas, na verdade, descobrimos que eles são os fantasmas, mortos há muito tempo, e que eles não conseguiram se desprender da casa onde vivem.

Sexta-Feira 13 é uma das franquias de horror mais populares da história. Os filmes transformaram Jason Voorhees em um grande ícone do terror, e muitos ainda se assombram com sua aparência grotesca e sua sede insaciável de sangue. Contudo, nem sempre foi assim.

No primeiro filme, de 1980, quando os jovens libidinosos começam a morrer, todos suspeitam que Jason retornou das cinzas para se vingar. Contudo, logo descobrimos que a assassina é Pamela Voorhees, a mãe do menino. Mas é claro que não demora muito até que sua cria volte dos mortos para se vingar...

Mesmo tendo sido lançado no ano passado, Hereditário subiu à cabeça do público e já é tido como um dos filmes mais perturbadores de todos os tempos. Na trama, acompanhamos a lenta destruição de uma família, depois que mortes e acontecimentos sinistros começam a perturbá-los.

O longa estabelece um ambiente de tensão assustador, mas só perto do fim descobrimos que tudo se trata de um complô armado há muitos anos por Ellen Leigh, a matriarca que vemos sendo enterrada no começo do longa. Ela é líder de uma seita, e seu plano é trazer o demônio Paimon para a Terra, a partir de sua neta, Charlie.

A franquia Jogos Mortais pode até ter virado uma galhofa com o passar dos anos, apelando para reviravoltas mirabolantes e cenas de tortura gráficas além do necessário. Mas isso não muda o fato de que o primeiro filme ainda se mantém como um dos melhores suspenses dos últimos anos.

Aqui, vemos dois homens com histórias bem distintas sendo aprisionados em um banheiro pelo insano Jigsaw. Junto deles, há um cadáver. E agora, os dois têm pouco tempo para resolver os enigmas e se libertar antes que morram dolorosamente. E ao fim do filme, descobrimos que o assassino estava no banheiro o tempo todo - ele era o cadáver jogado no chão.

Considerado um marco para o cinema de fantasia e horror, O Gabinete do Dr. Caligari é um dos melhores exemplares do Expressionismo Alemão, e um dos primeiros filmes da história a contar com um plot twist, que posteriormente foi usado por muitos longas.

No filme, vemos um homem contando sua história, e como ele investigou o mistério do Dr. Caligari - que ele acreditava ser um assassino a sangue frio. No fim da história, o narrador é revelado como um louco internado em um manicômio, e o Dr. Caligari é o diretor do hospital. Toda a história não passava de um delírio.

Essa lista não estaria completa sem um filme de M. Night Shyamalan. E nada melhor do que elencar sua obra mais complexa e elogiada. Em O Sexto Sentido, um psicólogo precisa lidar com um menino que afirma ver pessoas mortas em todos os lugares.

Pouco a pouco, o psicólogo vai se embrenhando na história - primeiro tentando desacreditar o menino, e posteriormente acreditando em seus dons. O que ele não sabe é que ele mesmo está morto, e por isso continua a ter várias sessões com o seu paciente.

Em primeiro lugar, está um filme tão denso e carregado de várias reviravoltas - tanto é que, no ano de lançamento, Alfred Hitchcock chegou a pedir para que o livro no qual o longa foi baseado fosse retirado das lojas, para não arruinar a experiência do público.

A primeira reviravolta começa com a morte de Marion Crane, logo na metade do longa. Daí em diante, tudo dá a entender que a assassina é Norma Bates, a dona da pousada em que Marion se instalou - quando, na verdade, o culpado é Norman, que matou sua própria mãe e "assumiu seu lugar" como sua persona assassina.