O ano foi cheio de polêmicas para a Marvel - como vocês bem vão ver na lista -, seja nos quadrinhos, na TV ou nos cinemas. Uma das que mais deu o que falar envolveu Rob Liefeld, o criador de heróis como Cable e Deadpool. Neste ano, o desenhista pareceu bem insatisfeito com a falta de foco em suas criações.

Recentemente, ele comprou uma briga grande com a Casa das Ideias, falou mal da nova era dos X-Men e chegou a ameaçar processos contra a editora, alegando alguns "negócios suspeitos" por parte da Marvel - algo que ele nunca explicou. Com essas polêmicas, ele parece ter se desligado definitivamente da editora.

O ano definitivamente não foi bom para finais de franquias, já que muitas delas acabaram de forma decepcionante - pegue, por exemplo, X-Men e Star Wars. No entanto, nenhum final conseguiu ser tão asqueroso quanto a oitava temporada de Game of Thrones, com sua trama corrida e resoluções dignas de fanfics.

Apesar dos bons momentos, os fãs ficaram horrorizados a cada episódio, com a história sendo lentamente queimada pelas chamas dos dragões D.B. Weiss e David Benioff. É um final grotesco e que desonra completamente o que um dia foi a melhor série de fantasia da televisão.

E por falar nas séries, outra polêmica grande do ano envolveu a dissolução completa da Marvel Television, que agora faz parte da Marvel Studios. Por mais que isso tenha seu lado positivo, com séries cada vez mais integradas ao Universo Cinematográfico da Marvel, alguns cancelamentos nos doeram.

No início do ano, tivemos a notícia de que Jessica Jones e O Justiceiro não seriam renovadas para novas temporadas, acompanhando as outras séries da Netflix. Agentes da S.H.I.E.L.D. teve sua última temporada anunciada e Manto e Adaga e Fugitivos foram finalizadas sem a menor cerimônia.

Este certamente foi o ano em que ficamos abismados com os efeitos digitais nos cinemas - mas não exatamente por sua qualidade. Cats acabou de estrear, mas já está sendo criticado desde o lançamento de seu primeiro trailer, pelo visual bizarro e pelo uso grotesco de CGI nos seus personagens.

A adaptação do popular musical da Broadway assustou mais do que conquistou os fãs, e está tendo uma das piores bilheterias da década. Para se ter uma ideia, o estúdio chegou a enviar aos cinemas uma nova versão do filme de Tom Hooper, com efeitos digitais "melhorados". É basicamente o primeiro filme da história com patch notes.

E falando em CGI grotesco, não podemos nos esquecer do primeiro visual do ouriço mais amado dos games, no primeiro trailer de Sonic: O Filme. Os fãs já estavam temerosos com isso desde os primeiros materiais de divulgação - e a revelação final foi, no mínimo, assustadora.

A repercussão foi tão negativa que o estúdio responsável pelo filme, a Paramount Pictures, tentou acalmar os fãs trabalhando novamente no design do personagem. Já vimos o resultado final no mais novo trailer do longa, e os fãs parecem estar satisfeitos com o visual mais fiel aos jogos.

2019 foi o ano em que o meme dos cancelados surgiu com força total. Nos cinemas. vimos vários filmes sofrendo grandes boicotes por parte de uma parcela revoltosa dos nerds. O maior exemplo talvez tenha sido Capitã Marvel, que sofreu grandes ataques por conta dos posicionamentos políticos de Brie Larson.

Ainda assim, o resultado foi ínfimo, e o longa terminou o ano com uma das maiores bilheterias de 2019. Ainda assim, a campanha negativa contra o filme ganhou grandes repercussões em sites como o Rotten Tomatoes, que adicionou uma nova ferramenta para evitar trolls. No campo das séries, também tivemos alguns boicotes, como o que foi feito com Batwoman.

Após o lançamento de Homem-Aranha: Longe de Casa, os fãs foram pegos de surpresa com a notícia de que a Sony e a Disney não renovariam o contrato para mais filmes. Com isso, o Amigão da Vizinhança basicamente seria expulso à força (e sem justificativa) do Universo Cinematográfico da Marvel.

Essa confusão teve vários lados, com muitos criticando a ruptura por parte da Sony e outros denunciando a ganância da Disney, que exigia um repasse maior dos lucros. De um jeito ou de outro, os dois estúdios reataram sua ligação, e o Homem-Aranha vai ter mais um filme solo sob a tutela da Marvel Studios, além de aparecer em outro longa do MCU.

No campo da DC Comics, também tivemos algumas reviravoltas dramáticas. Após a saída de Ben Affleck do Universo Estendido da DC Comics, foi anunciado que Robert Pattinson assumiria o manto do ator em The Batman, interpretando uma versão mais jovem do Cavaleiro das Trevas no filme dirigido por Matt Reeves.

Não demorou muito para vermos vários comentários negativos e xingamentos ao ator, tudo porque ele é mais conhecido por ter participado da Saga Crepúsculo. Curiosamente, em nossa pegadinha de 1º de abril deste ano, nós já "previmos" toda a repercussão ao lançar a notícia antes mesmo do astro ter sido confirmado no papel.

Uma das maiores polêmicas do ano começou com um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Martin Scorsese começou um verdadeiro cataclismo no meio nerd ao dizer que não gostava dos filmes da Marvel, comparando-os com parques de diversão. Essa troca de farpas teve vários estágios, e até hoje o diretor ainda fala dos filmes de super-heróis.

Porém, Scorsese foi apenas o primeiro de muitos que começaram a criticar a leva recente dos filmes de super-heróis. Diretores aclamados, como Francis Ford Coppola, Terry Gilliam, Pedro Almodóvar e até mesmo James Cameron entraram na roda, e até mesmo alguns atores e atrizes, como Jennifer Anniston e Edward Norton teceram críticas à Marvel Studios.

Porém, nenhuma polêmica de 2019 chegou aos pés de Coringa, um filme que desde sua concepção já estava envolto de controvérsias. O longa chamou a atenção após sua estreia no Festival de Toronto e no Festival de Veneza, dois grandes termômetros para o Oscar. A partir dali, muitos começaram a criticar o longa por sua retratação da violência.

Alguns portais midiáticos começaram a tecer teorias e especulações de que o filme não era cauteloso ao lidar com questões tão urgentes, e que poderia trazer um surto de violência e tiroteios. Para piorar, algumas declarações dadas pelo diretor Todd Phillips e por Joaquin Phoenix repercutiram de forma negativa - mas o filme acabou não sendo o presságio do apocalipse que muitos esperavam.