Os anos 80 foram responsáveis pela criação de diversas franquias de terror. Entre elas, uma que se destacou - mas que não ficou tão popular quanto outras da época - foi A Hora do Espanto, criada por Tom Holland (não, não se trata do ator que interpreta o Homem-Aranha), que é uma saga de vampiros focada no jovem Charley Brewster.

Charley é incomodado com a chegada de um vizinho misterioso, Jerry Dandrige, que ele logo descobre ser um vampiro sanguinolento. Aos poucos, ele precisa convencer seus amigos da ameaça, enquanto se prepara para combater o vilão. O filme ganhou uma sequência, em 1988, e um remake em 2011, mas merecia mais reconhecimento.

Casas assombradas são elementos comuns no horror, e vez ou outra temos alguns exemplares muito bons de filmes com essa temática. O clássico dos anos 80, A Casa do Espanto, é um bom exemplar, apesar de nunca ter sido muito popular. Assim como A Hora do Espanto, a franquia mistura elementos de terror e comédia.

A saga começou em 1986 com o primeiro filme, que é sobre um escritor que se muda para uma casa assombrada e testemunha todos os tipos de loucuras. Posteriormente, foram lançadas três sequências - e todos os filmes possuem um charme oitentista fantástico, além de terem momentos assustadores mesclados com cenas genuinamente divertidas.

Fantasma é uma franquia um pouco difícil de ser definida ou explicada. É uma mistura bizarra de horror, com drama e ficção científica, além de fantasia sombria. A saga nos apresentou o misterioso Homem Alto, que é uma figura de outro universo que usa a Terra para encontrar escravos para levar para o seu mundo.

Embora os filmes não tenham envelhecido muito bem, a saga continua sendo uma das grandes pérolas do cinema B de horror - especialmente os dois primeiros. O filme mais recente da saga, intitulado Fantasma: Devastador, foi lançado em 2016 e contou até com o retorno de Angus Scrimm, que interpretou o vilão nos longas anteriores.

Se hoje temos Annabelle e Chucky para nos assustar, há uma outra franquia de bonecos macabros que também merece menção - a adorada saga do Mestre dos Brinquedos, que começou em 1989 com Brinquedos da Morte e já teve onze sequências até agora (infelizmente, nem todas muito boas).

A história é uma maluquice e não faz muito sentido, mas basicamente gira em torno de um grupo de brinquedos animados (e totalmente macabros) que se revoltam contra seres humanos e começam a planejar mortes sádicas. Entre esses brinquedos, está o diabólico líder Espadachim, que tem uma faca no lugar da mão.

O cineasta Damien Leone despontou nos últimos anos com um personagem muito icônico e memorável em sua filmografia. Trata-se de Art, o Palhaço, que é o protagonista de dois filmes lançados até o momento: All Hallow's Eve, de 2013; e Terrifier, de 2018. Além disso, uma continuação de Terrifier será lançada no ano que vem.

Em All Hallow's Eve, temos um filme antológico que nos apresenta esse palhaço medonho. Já Terrifier é como sua "aventura solo", um filme slasher que explora uma noite sanguinária na companhia do assassino. Os filmes fizeram um bom burburinho nos Estados Unidos, mas não são tão conhecidos no Brasil.

Por mais contraditório que pareça, um dos gêneros que anda de mãos dadas com o horror é a comédia. E isso é explorado ao extremo na Trilogia Cornetto de Edgar Wright (diretor que ficou famoso por seu sucesso recente, Em Ritmo de Fuga). Os três filmes não possuem uma ligação direta, e podem ser vistos em qualquer ordem.

Cada filme aborda o horror de uma forma absurda e cômica. Em Todo Mundo Quase Morto, zumbis invadem Londres. Em Chumbo Grosso, um policial precisa acabar com um culto em um vilarejo. E em Heróis de Ressaca, aliens dominam a Terra. Apesar de serem clássicos cult, os filmes são pouco conhecidos pelo público de massa.

Um exemplar vindo diretamente dos anos 90, que deve ganhar um remake em breve, é a saga de Candyman. O primeiro filme, O Mistério de Candyman, de 1992, é inspirado por um conto escrito por Clive Barker, um dos maiores mestres do horror contemporâneo, e é sobre a lenda urbana de um assassino com um gancho na mão.

O filme, no entanto, expandiu a mitologia do conto e trouxe elementos culturais e políticos para a história, fazendo uma obra espetacular que eternizou Tony Todd no papel dessa lenda letal. Os dois filme que o sucederam, Candyman 2: Vingança e Candyman: Dia dos Mortos, não são tão bons quanto o original, mas têm lá o seu valor.

Dario Argento é um dos maiores nomes do cinema de horror e suspense, sendo conhecido por sua incursão no giallo - um subgênero italiano do cinema macabro. E talvez, sua obra mais famosa seja Suspiria, de 1977. No entanto, muitos não sabem que o filme é o começo de uma trilogia.

Cada filme se foca em uma das Três Mães - bruxas que "governam" o mundo. As sequências são A Mansão do Inferno, de 1980 (que é muito bom) e O Retorno da Maldição: A Mãe das Lágrimas, de 2007 (que não é tão bom). O conceito é excepcional e parece ter se expandido ainda mais no remake de Suspiria, lançado no ano passado.

Não podíamos deixar de fora desta lista um dos maiores exemplos do cinema nacional, criada por um dos cineastas que "fundou" o gênero no Brasil. José Mojica Marins ficou famoso por seu alter-ego, Zé do Caixão, produzindo dezenas de filmes desde a década de 50. Em 1963, ele lançou seu projeto mais ousado: À Meia-Noite Levarei Sua Alma.

Esse foi o primeiro filme da Trilogia do Zé do Caixão, que foi sucedido por Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967) e Encarnação do Demônio (2008). Por mais que Zé tenha se tornado um dos maiores exemplares do cinema nacional, ele infelizmente é muito subestimado, recebendo mais reconhecimento no exterior que no Brasil.

Em primeiríssimo lugar, temos outra saga criada por Clive Barker, e considerada por muitos como sua obra-prima. A saga de Hellraiser é, sem dúvidas, mais popular que outros exemplares desta lista, mas não chega aos pés da popularidade de A Hora do Pesadelo e Sexta-Feira 13, por exemplo.

Por mais que apenas os três primeiros filmes (de dez) sejam realmente marcantes, o que torna a franquia excepcional é toda sua mitologia, que gira em torno dos Cenobitas - demônios deformados que surgem toda vez que convocados pela Configuração do Lamento. Nesse sentido, Pinhead é definitivamente um dos grandes ícones do horror.