Durante o segundo ato da primeira temporada, Arcane já começou a introduzir Noxus em sua história. Isso levou a inúmeras teorias do que podemos ver da nação na série, com um ponto que facilmente poderia se encaixar sendo Swain tomando o poder.

Na lore de League of Legends, Swain era um general noxiano, que sofreu uma terrível derrota em Ionia durante uma invasão. Próximo à morte, ele entrou em contato com o demônio Raum, que possibilitou que ele sobrevivesse e começasse a descobrir os segredos mais profundos de sua nação.

Após preparações cuidadosamente planejadas, ele e seus apoiadores tomam o poder em Noxus em uma única noite. Apesar disso, o personagem não toma o poder completo para si, estabelecendo a Trifarix como governo noxiano -- um trio formado pelo próprio Grande General, ao lado de Darius e de uma terceira figura misteriosa.

A transição não é simples, e Swain se opõe à Rosa Negra, organização secreta profundamente infiltrada na política noxiana. Assim, ele começa a fazer uma "limpeza" entre os nobres de Noxus, que alguns teorizaram estar relacionada ao destino do irmão de Mel, e à possível perseguição à Casa Medarda.

Assim, esse é um núcleo que poderia ser abordado com facilidade na série, sendo simples conectá-lo com as intrigas em Piltover e Zaun. Além disso, seria a oportunidade de apresentar personagens como o já citado Swain, Darius, LeBlanc e mesmo aqueles apenas citados na lore, como o General Du Couteau.

Mais uma possibilidade amplamente discutida e conectada a Noxus é a invasão de Ionia. Como apresentado na própria série, guerra é a linguagem preferida dos noxianos, e sob o governo do antecessor de Swain, Boram Darkwill, a nação iniciou campanhas de conquista em direção a diversas outras nações.

A mais notável dessas foi a invasão de Ionia. Diferente de Noxus, Ionia é um local cujo povo presa paz e equilíbrio, vivendo em comunhão com a terra e sua magia. Essa filosofia acaba gerando uma divisão interna quando parte dos ionianos opta por se manter firme em suas convicções de não-violência, enquanto outros aprendem a lutar para combater os invasores.

Além de explorar um pouco de Noxus e estabelecer os personagens já citados antes de Swain tomar o poder, a invasão de Ionia permitiria a adição de outros nomes vindos do LoL. Campeões como Zed, Irelia e Kayn tem histórias profundamente ligadas à invasão noxiana, e mostrar esse período possibilitaria seguir a história de Swain posteriormente.

Deixando Noxus e partindo para a região de Shurima, há muito que poderia ser abordado no grande deserto de Runeterra. O ponto mais notável, no entanto, é a trama que surgiu no evento Ascensão, que introduziu uma nova história para Cassiopeia, desenvolveu a trama de Sivir e contextualizou melhor os Ascendentes -- personagens desta região que se tornaram seres muito poderosos com características animalescas, e existem desde antes da queda de Shurima.

Entre eles, o grande destaque é Azir, o imperador que caiu juntamente com seu império, mas completou sua ascensão com o reerguer de sua antiga capital. Além dos personagens já citados, Xerath, Nasus e Renekton poderiam ter suas histórias exploradas.

Até o momento, essa parece uma possibilidade distante, já que Arcane não estabeleceu a existência de Shurima nem dos Ascendentes. Ainda assim, com o passar do tempo e mais sobre Runeterra sendo desenvolvido, é possível que o enredo chegue até a Ascensão de Shurima eventualmente.

Outra possibilidade é que histórias mais ou menos paralelas aos acontecimentos da primeira temporada de Arcane sejam mostradas no futuro. Esse poderia ser o caso de Ashe e Sejuani, duas guerreiras de Freljord que crescem muito unidas -- mas acabam se tornando líderes de tribos rivais.

A trama que envolve as duas é uma das mais bem exploradas no universo de LoL até o momento. Isso porque a história foi contada por meio da primeira série de quadrinhos que a Riot lançou, que contava com Ashe como protagonista.

As duas não têm ligação com Piltover e Zaun, mas estabelecê-las e explicar mais sobre os glacinatas seria necessário para contar mais sobre o reino gelado de Freljord.

Mais um núcleo interessante de Freljord que poderia ser explorado é o de Lissandra. Sua história antecede Ashe e Sejuani, mas está ligada com o passado das duas, bem como seu futuro.

Lissandra viveu muito antes da história apresentada em Arcane, em um mundo onde a magia antiga reinava livre. Nessa era perigosa, ela e suas irmãs lutaram pelo mundo, até que a própria Lissandra fez um pacto com criaturas perigosas chamadas Observadores.

Isso acabou custando caro a ela, e gerando uma grande ameaça a toda Runeterra, algo que a glacinata tenta se preparar para combater até os dias atuais. O motivo para isso é que os Observadores são criaturas conectadas ao Vazio, e podem trazer os perigos dessa dimensão para consumir o mundo.

Desse modo, a trama focada em Lissandra poderia introduzir o Vazio, que no universo de LoL existe como uma manifestação do nada e uma força voraz que busca consumir tudo. Além dela, outros campeões podem cumprir essa função, como Malzahar, Kassadin e Kai'sa.

Falando em tempos antigos, uma trama muito popular entre os fãs de LoL é a história de Kayle e Morgana. As duas irmãs são aspectos da Justiça, e ambas estão ligadas às origens da nação de Demacia, ainda que de modo diferente.

Caso decida contar sobre o passado de Runeterra, Arcane poderia estabelecer tanto o Monte Targon quanto Demacia por meio da história das duas. Além disso, a divergência entre as irmãs e sua inevitável inimizade, bem como sua relação com a magia e os humanos, casariam bem com os temas centrais apresentados na primeira temporada da série.

De volta aos núcleos mais simples, uma das grandes possibilidades é que a série explore a história de Sylas. Isso porque a magia parece ter papel central em Arcane, e ela é a parte principal do conflito entre o personagem e sua terra natal, Demacia.

Diferente de outros locais de Runeterra, Demacia não só teme a magia como persegue aqueles nascidos com ela. Sendo um mago, Sylas sofreu na pele o pior que seu país tem a oferecer, sendo usado para caçar outros magos e preso em condições terríveis ao se voltar contra Demacia.

Após anos na prisão, ele acaba conhecendo Lux, outra campeã de LoL. Graças a ela, ele consegue fugir e dá início a uma rebelião. Embora não seja bem-sucedido e tenha que fugir, tudo indica que Sylas pretende se voltar contra Demacia novamente. Assim, a série da Netflix poderia mostrar tanto o passado do personagem quanto o que virá por aí depois.

Além disso, a trama poderia incluir as histórias de outros campeões demacianos, como Shyvana, Jarvan IV e Garen.

Em um ponto mais atual da história que se passa no Monte Targon, seria possível abordar a história de Leona e Diana. Recentemente, as duas ganharam uma atualização por meio de um conto, que revelou um pouco mais sobre o início de sua relação, quando ambas ainda eram adolescentes criadas pelos Solari.

Além de levar essa trama para a série, Arcane teria a oportunidade de ir além, explorando a divisão entre elas e desenvolvendo sua história no presente. A dedicação de Leona e a rebelião de Diana poderiam ser o meio perfeito de apresentar Targon e os Solari para o público, tanto estabelecendo seus costumes, quanto apresentando questionamentos sobre eles.

A conexão de ambas com magia também pode torná-las ponto de interesse para a série, principalmente caso ameaças maiores comecem a surgir em Runeterra. Como elas se tornam o Aspecto da Lua e o Aspecto do Sol, a dupla teria tudo a ver com um possível conflito relacionado a magia.

Mais um grande acontecimento que poderia ser mostrado em Arcane é a Ruína. Muito dessa história foi explorado por meio do jogo Ruined King, além do evento Sentinelas da Luz. Ainda assim, há muito espaço para uma adaptação nas telinhas, principalmente algo focado no passado de Viego e diversos campeões que se tornam espíritos das Ilhas das Sombras, como Hecarim, Thresh e Kalista.

Neste núcleo, seria possível explorar não só o passado como também o presente. Para isso, a série poderia mostrar o retorno do Rei Destruído e sua tentativa de recuperar sua amada, Isolde. Assim, a trama poderia desenvolver melhor a base de história apresentada no evento Sentinelas da Luz, explorando a corrupção de certos campeões e a ameaça que Viego apresenta para o mundo.

Essa, porém, seria uma história para o futuro distante, já que seria ainda melhor ver isso acontecer depois de já conhecer os personagens envolvidos, como Lucian, Senna e vários outros já citados na lista.

Apesar de todas as ideias para além de Piltover e Zaun, ainda há muito o que explorar nas cidades irmãs que estrelaram a primeira temporada de Arcane. Alguns desses elementos já apareceram em teorias e referências, como é o caso de Orianna e Warwick, que muitos esperam ver em uma segunda temporada. Mesmo assim, há mais possibilidades quando se trata dessa parte de Runeterra.

Um exemplo disso seria Janna, que é um poderoso espírito do vento. Em sua história, ela decide ajudar Zaun, e se torna um grande símbolo de esperança. Apesar disso, é mais provável que entre os personagens de Zaun que ainda não foram vistos Urgot seja um dos introduzidos no futuro. Isso porque sua história depende apenas de Noxus e Zaun, duas regiões já estabelecidas na série -- e porque, após a queda de Silco, ele poderia ser uma nova grande ameaça à Subferia.

Já do lado de Piltover, é possível que a série apresente Camille e Seraphine. Enquanto a primeira faz parte de um clã que foi apenas citado na história, os Ferros. Camille é uma agente de elite perigosa, que poderia adicionar à corrupção apresentada na cidade do progresso. Por outro lado, Seraphine se encaixaria na história como alguém que busca a harmonia entre as duas cidades.

A maior possibilidade, no entanto, vem com a personagem Corina Veraza, de Legends of Runeterra. Sendo parte dos Barões da Química e uma grande inimiga de Caitlyn, parece questão de tempo até que a personagem dê as caras em Arcane.

Runeterra é bastante extensa, e ainda tem várias outras histórias que podem ser contadas. Que outros núcleos você gostaria de ver na série? Comente aqui!