Em relação à aparição de novos campeões além dos que já foram devidamente apresentados no Ato 1, Singed é a maior adição. Apesar de também estar presente nos primeiros três episódios, foi somente no segundo ato que seu nome foi dito em tela --- e que pudemos vê-lo um pouco mais próximo de sua aparência habitual conhecida pelos jogadores de LoL.

De acordo com o que é apresentado em Arcane, a explosão no fim do Ato 1 parece ser a razão para Singed ficar com o rosto coberto, assim como sua versão no jogo, já que é somente quando ele aparece em um momento mais próximo ao presente que o vemos assim.

Vale destacar também que, na lore anterior ao desenho, Singed é o responsável pela transformação de Warwick. As experiências do cientista para manter viva uma mutação podem ser foreshadowing do que ele ainda irá fazer no futuro.

Além de introduzir Singed, a cena em que vemos um pouco da infância de Viktor traz outra referência. Isso porque Rio, o animal que vive com Singed, é uma versão crescida de um bichinho apresentado em outro jogo da Riot, o Team Fight Tactics.

No TFT, a criaturinha é uma das pequenas lendas, e é chamada de piximander.

Teemo é um dos poucos personagens presentes em easter-eggs do Ato 1 que voltam a ser referenciados na segunda leva de episódios. Em ambas as vezes, o yordle aparece relacionado a coisas infantis, mas enquanto há um desenho seu em uma máquina de jogos no Ato 1, agora ele aparece em um livro infantil.

Pelas imagens, que mostram o personagem fazendo uma fogueira e usando sua zarabatana, o livro em questão parece ser um guia de escoteiros. Isso faz mais sentido ainda diante do fato de que um elemento central para o pequeno explorador é seguir o Código dos Escoteiros de Bandópolis.

Nos novos episódios, também são mostrados indícios do futuro de alguns dos campeões principais, que ainda não chegaram ao ponto em que suas versões de League of Legends estão. Um desses elementos são as luvas hextech, grande destaque do design de Vi no MOBA da Riot.

Em Arcane, elas aparecem quando Jayce mostra os avanços de sua pesquisa para Heimerdinger. De acordo com ele, o equipamento é usado para mineração, e a adição do hextech parece aumentar a força do usuário, permitindo que os trabalhadores realizassem tarefas com esforço mínimo. Vi, no entanto, usa as luvas hextech para funções um pouquinho diferentes no LoL, preferindo resolver seus problemas na base da porrada.

O segundo ato também mostra um pouco da influência que a invenção do hextech já teve na Cidade do Progresso. Uma das principais mudanças se dá por meio da locomoção feita por portais, que ficam em grandes torres de Piltover.

O visual dessas torres é bastante parecido com o que foi adicionado em League of Legends em comemoração ao lançamento da série. Assim, quem for conferir Summoner's Rift atualmente encontrará um mapa cheio de torres bem próximas ao que é visto em Arcane.

Em determinado momento do episódio, um personagem semelhante a um vastaya aparece em cena. Na realidade, ele não é necessariamente uma referência aos seres mágicos de Ionia que tem características de animais, como Ahri ou Xayah e Rakan. Em Arcane, quem aparece é um chireano, que são seres que foram introduzidos em Legends of Runeterra, jogo de cartas do universo de LoL.

Não se sabe muito sobre os chireanos além de que eles são nativos de Zaun, tem características semelhantes a morcegos e são muito inteligentes. Embora os humanos tenham os considerados tímidos à princípio, depois que as duas raças se acostumaram uma com a outra, os chireanos demonstraram grande aptidão tecnológica.

Apesar disso, outros personagens com características animais aparecem na série. Como nada é dito sobre eles, é difícil dizer o que são ou de onde vem, mas é possível que sejam vastayas.

No quarto episódio da série, Heimerdinger e Jayce tem uma conversa diante de uma estátua. Na cena, o jovem inventor confere o nome do cientista representado ali, que descobre ser Stanwick Padidly.

O personagem em questão aparece na lore de Viktor. Na história, Stanwick teria sido o cientista responsável por convidar o jovem zaunita a estudar na Academia de Piltover. Apesar disso, ele logo demonstra não ser uma boa pessoa, e eventualmente usa a pesquisa de Viktor como se fosse dele, levando crédito pela invenção do robô Blitzcrank.

O personagem também aparecia em versões antigas da lore de Urgot, que já foram descartadas pela Riot. Nelas, Padidly era o responsável por reviver Urgot.

No início do episódio quatro, vemos um grupo de agentes de Silco levando um carregamento contrabandeado a bordo de um dirigível. Os barris em questão estão marcados pelas cores fluorescentes de Jinx, mas a real referência que carregam é em relação a Gragas.

No desenho que estampa os barris, é possível ver o personagem desenhado, sugerindo que o conteúdo original deles era a bebida produzida pelo badernista. Em sua história, é dito que a bebida criada por ele em Freljord teria sido capaz de estabelecer a paz entre duas tribos que Ashe buscava unir.

Assim como as luvas hextech dão um gostinho do que vem por aí para Vi, o Ato 2 apresenta diversos indícios do caminho de Viktor, mostrando o início do Arauto das Máquinas. O maior destaque nesse aspecto vai para a mão mecânica que ele utiliza nos episódios, inclusive soltando um raio, algo retirado diretamente de seu design como campeão de League of Legends.

A doença do personagem e seu desejo de sobreviver a qualquer custo, buscando o próprio Singed para tal, também parecem ser indícios importantes de quem ele irá se tornar. Isso porque, na série, o corpo humano do garoto está falhando e o impedindo de continuar sua pesquisa e ver seus resultados. A contraparte de Viktor no jogo, por outro lado, rejeita a fragilidade dos humanos em favor da durabilidade das máquinas.

Uma breve referência à Pentakill, banda de metal de uma das linhas de skins musicais do LoL. Em Arcane, é possível ver o logo do grupo sendo tatuado nas costas de um personagem.

Vale notar também que o tatuador na cena em questão lembra muito aquele que aparece na splash art de Urgot em LoL.

Continuando as referências musicais, temos a utilização da icônica canção Get Jinxed! no Ato 2. Enquanto Jinx trabalha com o hextech, é essa a música que toca ao fundo.

A canção foi apresentada no lançamento da personagem no LoL, sendo considerada um grande evento na época, já que um clipe foi feito para ela. O carrossel presente no local onde a personagem está também é uma referência ao vídeo.

A produção se tornou um marco dos lançamentos musicais de League of Legends, sendo considerada uma das principais precursoras da ideia por trás da Riot Music. Outro ponto interessante dessa referência é que a animação de Get Jinxed foi feita pela Fortiche Productions, empresa responsável pela animação da série.

O segundo ato trouxe uma das interações mais aguardadas pelos fãs, colocando Caitlyn e Vi lado a lado pela primeira vez. A jornada das duas acaba as levando a Zaun, onde buscam por pistas de Powder e Silco.

Um dos locais visitados por elas nessa jornada é um prostíbulo. Na cena, um casal aparece no lugar, fazendo referência aos Kindred por meio de suas máscaras. Enquanto a pessoa sentada usa a máscara da ovelha, a que está deitada tem a máscara do lobo.

Para quem não sabe, no universo de LoL os Kindred são basicamente a morte. Assim, eles estão presentes em culturas ao redor de todo o mundo, com nações diferentes favorecendo a ovelha -- que representa uma morte mais pacífica -- ou o lobo -- que seria uma morte mais violenta.

Ainda no bordel, Vi utiliza seu apelido para Caitlyn pela primeira vez. Embora na versão em português de LoL ela se refira à atiradora como docinho, em inglês ela chama sua parceira de cupcake, algo que foi mantido em Arcane.

Em meio à sua exploração, Vi acaba envolvida em uma briga que acaba a deixando em péssimo estado. Buscando um meio de ajudá-la, Caitlyn troca seu rifle por uma poção misteriosa em Zaun que, apesar de bastante suspeita, acaba tendo o efeito de cura desejado.

Tanto por não ser uma simples poção de cura, quanto por seu visual, o produto em questão parece ser referência a um item do LoL -- a chamada poção corrupta.

Por fim, uma das referências que mais gerou teorias pelo potencial que tem de influenciar a trama está relacionado a Mel. Após deixá-la para ir encontrar Viktor no hospital, Jayce vai atrás da conselheira, e a encontra pintando.

A cena retratada por ela na obra é o grande destaque. Isso porque ela retrata Noxus, outra nação do mundo de Runeterra. É possível ter certeza disso porque a construção vista no fundo do quadro é idêntica ao Bastião Imortal, capital do império noxiano.

Também vale notar que Noxus é mencionada outras vezes ao longo do Ato 2, sendo a única nação nomeada quando Jayce e Mel falam sobre o impacto que as decisões dele tiveram sobre o comércio.

Na lore de League of Legends, Noxus é um império de guerreiros, que frequentemente se infiltra em outras nações ou tenta conquistá-las. Seu líder era Boram Darkwill, colocado no poder por Emilia LeBlanc -- uma feiticeira antiga e muito poderosa, cuja história está sempre envolta em mistério. Eventualmente, Jericho Swain consegue derrubar o governo de Darkwill e se torna o grande líder de Noxus. Com o pouco que foi dito sobre a nação até agora, não é possível afirmar quem está no poder na linha do tempo de Arcane -- mas, diante das enormes referências, é possível que essa resposta chegue no Ato 3.