Algumas obras abusam de temas adultos e SHIMONETA é um ótimo exemplo disso no mundo dos animes, já que se trata de uma história contada onde o conceito de “piadas sujas” são liberadas. Sua abordagem é muito exagerada o tempo todo e talvez por isso acabe dando funcionando para certa parte do público.

Repleto de ecchi, o próprio anime já é uma trama desconfortável de se assistir para muitas pessoas, agora imagine uma adaptação live-action onde todas as piadas e humor adulto são interpretados por seres humanos reais. Essa não é uma obra impossível de se adaptar, mas com certeza seria bem mais desconfortável se fosse apresentada de outra forma que não fosse animada.

Bananya é um anime que, apesar de parecer bem esquisito no início, chega a ser bem fofo. Sua história aborda gatinhos que vivem em cascas de banana e realizam atividades comuns do dia-a-dia enquanto estão longe de seus humanos. Sim, essa é uma premissa que não é complicada ou com muitas reviravoltas, mas é agradável de se ver.

Por ser um anime onde gatos estão dentro de cascas de banana, recriar isso é bem difícil quando o assunto é live-action, uma vez que os gatinhos seriam feitos de CGI. O máximo de coisas realistas aqui seriam os cenários e, mesmo assim, não é o suficiente para caracterizarmos como uma boa adaptação.

Esse é um anime que por sua premissa - a formação de uma banda de rock para superar a ansiedade social - pode parecer ótima para uma adaptação live-action, mas precisamos entender outros elementos. Os animes, muitas vezes, tem sua própria maneira de expressar sentimentos e reações de seus personagens através de mudanças na animação (como GCI, câmera lenta, quadros em preto e branco…).

Bocchi é a protagonista dessa história e sua forma de se expressar está diretamente ligada a cada um desses elementos. Adaptar a obra para a vida real pode acabar nunca conseguindo se igualar a esses truques narrativos que são essenciais para entender as personagens e a trama.

Obras que tendem a ser muito exageradas realmente não funcionam fora da estética de anime, sendo uma "vergonha alheia" se são adaptadas para live-action. Kill la Kill é um ótimo exemplo de anime que tem seus fãs, mas que não teria uma boa adaptação pelos motivos citados à cima.

Os personagens, os cenários, o tom da ação e a aparência dos kamuis podem ser pontos que atrapalhariam uma boa adaptação. Na melhor das hipóteses, Kill la Kill pareceria uma obra bem boba, ou acabaria sendo completamente desconfortável de se assistir.

Esse é mais um exemplo de estrutura narrativa que só funciona perfeitamente por ser uma animação, já que é uma comédia repleta de elementos malucos e cenários bizarros apresentados pela dupla Popuko e Pipimi.

Esse é um anime que constantemente muda seus estilos de arte e seus traços, com isso fazendo parte direta do humor que a trama emprega. Com certeza não seria possível recriar isso em um live-action com atores normais.

Pense em um universo maluco e repleto de coisas que o afastam da vida real e da nossa realidade. Pensou? Pois Space Dandy faz exatamente isso! Ele tem gatos alienígenas, macacos inteligentes e zumbis, tudo isso no espaço e com Dandy focado em caçar novas espécies alienígenas.

Nós temos diversas obras de ficção científica que apresentam viagens no espaço e, claro, criaturas diferentes dos humanos, mas Space Dandy está além. É uma obra que não possui uma continuidade correta, podendo explodir o universo em um episódio e esquecer desse detalhe no próximo. Em live-actions a continuidade sempre aparenta ser fundamental nas adaptações e a falta disso poderia comprometer a produção.

Bom, o universo dos heróis vem sendo trabalhado há muitos anos no cinema, com adaptações live-action que reúnem uma multidão de fãs. Porém, mesmo que My Hero Academia siga essa vertente de heróis e tudo mais, não é exatamente uma obra fácil de se adaptar.

Muito do que caracteriza o universo de MHA está ligada a aparência de personagens, que variam de formas, tamanhos e até aparência com elementos animais. Recriar todos esses personagens em live-action pode dar muito errado, já que o CGI precisaria não causar estranheza e algumas modificações precisariam ser feitas para que alguns personagens fossem representados.

Deixando de lado a aparência agradável dos personagens e de seus traços, Made in Abyss pode ser uma trama sombria, triste e horrível para o gênero (mesmo que conte uma ótima história). As criaturas que são inimigos lançados pelo abismo para derrotarem Riki, Reg e Nanachi são tão estranhas que não poderiam ser recriadas na vida real.

Com um universo tão estranho, cenários diferentes e designs que podem ser assombrosos, recriar esse anime em live-action de forma boa com certeza seria uma tarefa difícil.

Não precisamos pensar muito para entender que Beasters seria dificilmente adaptado com qualidade por trazer um universo repleto de animais antropomórficos que se parecem com humanos em muitos momentos. Uma versão live-action não é algo impossível, mas também não seguiria a proposta ao pé da letra.

Os personagens precisariam ser todos criados em CGI, já que são animais humanoides, o que tira o sentido de se fazer um live-action de algo.

Berserk é uma obra que foi mal adaptada até para anime, imagine se inventarem de produzir um live-action… A obra de Kentaro Miura no mangá é incomparável e dificilmente seria adaptada à altura por um estúdio de animação. Falar de um live-action é ainda mais complicado…

A jornada de Guts é extremamente cruel e repleta de traumas, além do personagem sempre esbarrar com criaturas sobrenaturais que exigiriam um CGI muito bom para serem recriados. Essa é uma obra que, diferente das outras citadas aqui, funciona apenas em sua versão do mangá.