Alicent é parte da Casa Hightower, uma das Casas da Campina – parte dos Sete Reinos comandada pelos Tyrell. Apesar de serem vassalos deles, os Hightower são uma das casas mais antigas e orgulhosas de Westeros.

A mãe de Alicent não tem nome nos livros, e seu nome também não foi citado na série até o momento. Já seu pai é Otto Hightower, Mão do Rei Viserys e de Jaehaerys, antes dele.

Ela também tem vários irmãos, mas poucos têm algum destaque na trama. Um deles é Gwayne, que participa de um torneio na história, além de liderar parte das forças leais à rainha.

Depois de se casar com o rei Viserys I, ela se tornou madrasta da princesa Rhaenyra. Além disso, ela e o rei eventualmente tem quatro filhos: Aegon, Helaena, Aemond e Daeron.

Não é dito muito sobre a personalidade de Alicent em Fogo e Sangue, além de que ela era uma jovem precoce, esperta, graciosa e adorável.

Nos livros, é indicado que ela era a principal mente por trás dos verdes, como seus partidários na Dança dos Dragões ficaram conhecidos. É sugerido que ela também era ambiciosa, e foi seu desejo de ser “primeira dama do reino” que iniciou sua competição com Rhaenyra pela posição.

Na série, ainda não se sabe quanto disso será reproduzido, e quanto Alicent continuará seguindo os conselhos de seu pai. Isso porque, coisas como a proposta de um noivado entre Aegon e Rhaenyra, estão descritas no livro como sendo propostas por Alicent, enquanto na série é Otto quem age para fazer isso acontecer.

Nos livros, Alicent tem 13 anos quando vai para a corte do Rei Jaehaerys I com seu pai, que foi nomeado Mão do Rei. Ela acaba frequentemente fazendo companhia ao monarca, que não estava bem de saúde. Assim, Alicent cuida dele e passa o tempo lendo para o rei, que por vezes a confunde com uma de suas filhas, Saera.

Ele eventualmente morre enquanto Alicent lia para ele. O neto de Jaehaerys, Viserys, então se torna rei, e o pai da jovem permanece na posição de Mão. Nos livros, é dito que desde o início há desavenças entre Otto e o príncipe Daemon, irmão de Viserys. É sugerido que isso seria por ele ter deflorado a lady, mas nunca é comprovada a veracidade desse rumor.

Após a esposa do Rei Viserys I falecer, o conselho do rei o aconselha a se casar. Ignorando as sugestões deles, ele escolhe Alicent como sua esposa. Isso gera críticas daqueles que começam a falar da Mão do Rei querer se elevar, e diversos rumores sobre a própria Alicent surgem.

Alguns duvidam de sua virtude, que teria sido corrompida por Daemon. Outros dizem que a jovem teria seduzido o rei enquanto a rainha Aemma ainda estava viva. Independente disso, Viserys se casa com ela.

No início, é dito que a nova rainha tinha uma boa relação com sua enteada, a princesa Rhaenyra, que ainda é uma criança na época, na versão dos livros. Isso, porém, muda com o nascimento do príncipe Aegon, e piora quando a princesa Helaena e o príncipe Aemond nascem em rápida sucessão.

Além de Rhaenyra se sentir ameaçada, a própria Alicent fica insatisfeita, já que dá dois filhos homens ao rei, mas ele mantém sua filha mais velha como herdeira. O maior apoiador da rainha nesse aspecto era seu próprio pai, que acaba perdendo sua posição como Mão por insistir que Aegon se tornasse o herdeiro.

Apesar de perder seu principal apoiador, Alicent não deixa de ter partidários na corte que apoiavam a rainha e o direito de seus filhos. Após a comemoração de cinco anos de casamento entre ela e o rei, eles passam a ser chamados de Verdes.

Isso por causa das cores usadas por Alicent e Rhaenyra. Enquanto a princesa usa o preto e vermelho dos Targaryen, levando seus partidários a ficarem conhecidos como os pretos, Alicent usa um vestido verde, cor comumente adotada pelos habitantes da Campina, como a família Hightower – e é daí que vem o nome de seu grupo.

No torneio, os pretos saem vitoriosos, já que sor Criston Cole, usando a prenda que indica o favor da princesa, vence todos os campeões da rainha, incluindo seu irmão Gwayne.

Quando Daemon Targaryen retornou à corte após o conflito nos Degraus, o príncipe era frio em relação à rainha e seus filhos. Era dito que ele se ressentia deles, já que eles haviam o colocado ainda mais para baixo na linha de sucessão.

Assim, ele entretinha a princesa Rhaenyra fazendo piada de Alicent, Aegon, Aemond e outros partidários dos verdes. Apesar das desavenças entre ela e a enteada, a rainha sugeriu a Viserys que a filha dele se casasse com o filho mais velho dos dois, Aegon – apesar de, na época, Rhaenyra ter dezesseis anos, enquanto Aegon tinha apenas seis. Viserys recusou, acreditando que Alicent só queria seu próprio filho no trono.

Quando Rhaenyra de fato se casou, no entanto, Alicent acabou ganhando um novo leal partidário – sor Criston Cole. No torneio celebrando o casamento da princesa, ele usou o favor da rainha, e pouco depois, se tornou o protetor juramentado dela.

A inimizade entre os dois lados continuou crescendo. A rainha foi uma das pessoas a acusarem os filhos de Rhaenyra de serem bastardos, filhos de Harwin Strong, e não do marido da princesa, Laenor. O rei Viserys, porém, não acreditava nisso.

Assim como suas mães, os filhos das duas também se odiavam. Eventualmente, Aemond iniciou uma briga repetindo as acusações de bastardia na cara dos filhos de Rhaenyra. Defendendo um de seus irmãos, Lucerys partiu para a briga com uma faca, e acabou tirando um olho do filho de Alicent.

Furiosa, a rainha insistiu que o pagamento por isso deveria ser o famoso olho por olho, e que o mesmo devia ser feito com Lucerys. O rei Viserys, porém, recusou, determinando simplesmente que Alicent e a família permanecessem em Porto Real, enquanto Rhaenyra e seus filhos ficariam em Pedra do Dragão.

Pouco depois, Rhaenyra deu à luz a seu primeiro filho com seu segundo marido, o príncipe Daemon. Eles nomearam o bebê de Aegon, algo que Alicent viu como um insulto, já que esse era o nome do seu primeiro filho.

Quando o rei Viserys faleceu, Alicent já estava preparada para tomar o trono para seu primogênito. Assim, um servo avisou a ela antes de qualquer outro, e a notícia foi mantida em segredo. Uma das versões da história indica que a própria rainha envenenou seu marido, mas não se sabe se isso é verdade, já que Viserys já estava velho e não tinha excelente saúde.

Alicent, por sua vez, só avisou ao então Senhor Comandante da Guarda Real, sor Criston, e juntos eles reuniram o Pequeno Conselho. Eles prepararam uma cerimônia para coroar Aegon ao invés de Rhaenyra, a herdeira nomeada pelo rei. A própria Alicent colocou sua coroa na cabeça de sua filha, Helaena, a esposa-irmã de Aegon, a chamando de minha rainha.

Apesar disso, quando as notícias chegaram de que Rhaenyra realizou sua própria cerimônia de coroação em Pedra do Dragão, Alicent se juntou a Helaena e o Grande Meistre Orwyle para pedir que Aegon oferecesse termos generosos à meia-irmã.

Eles ofereceram que, se ela reconhecesse Aegon como rei e jurasse obediência diante do Trono de Ferro, Rhaenyra poderia permanecer senhora de Pedra do Dragão, que seria herdada por seu filho mais velho, Jacaerys. O segundo, Lucerys, herdaria as terras de seu pai, em Derivamarca. Já os mais jovens, filhos de Daemon, serviriam na corte como escudeiro e copeiro do rei. Rhaenyra, porém, não aceitou a proposta.

Depois da coroação, Alicent mudou seus aposentos para a Torre da Mão, onde seu pai havia morado. Toda noite, a rainha Helaena a visitava com seus filhos, mas o local era menos seguro que a Fortaleza de Maegor, o que possibilitou um ataque de assassinos. Eles entraram no quarto de Alicent, a prenderam e, quando Helaena chegou, mataram o príncipe Jaehaerys, filho mais velho e herdeiro de Aegon II. Helaena enlouqueceu após o ocorrido, e Aegon deu seu filho sobrevivente, príncipe Maelor, para ser criado pela avó.

Durante os confrontos com os pretos, Alicent permaneceu envolvida, ordenando que os portões fossem fechados para impedir o povo comum de fugir de Porto Real, por exemplo. Além disso, ela tentou defender que Aegon II mantivesse seu pai, Otto Hightower, como Mão do Rei – mas não conseguiu convencer o filho, que deu a posição para Criston Cole.

Alicent rendeu a Fortaleza Vermelha quando Rhaenyra tomou Porto Real com seus dragões. Seu irmão, Gwayne, morreu na ocasião, assim como diversos dos conspiradores à favor da rainha. A própria Alicent, porém, foi poupada por Rhaenyra, que justificou a decisão dizendo que era por causa do meu pai, que te amou um dia”.

A antiga rainha tentou convencer Rhaenyra a dividir o reino, deixando Aegon II com as Terras da Tempestade, Oeste e a Campina, enquanto a filha de Viserys reinaria sobre o resto. Rhaenyra, porém, recusou, indicando que seus meio-irmãos perderam essa chance ao roubá-la de seu direito e matarem seus filhos.

Alicent insistiu que apenas sangue bastardo havia sido derramado, o que deixou a Targaryen enfurecida. Rhaenyra ameaçou cortar a língua dela se ela voltasse a falar de bastardia, e algumas versões sugerem que Mysaria, uma das conselheiras da nova rainha, disse que Alicent e Helaena deveriam ser forçadas a se prostituir como punição, pois elas parariam de falar de bastardos quando dessem a luz aos seus próprios.

Não há indicação de que Rhaenyra deu ouvidos ao conselho, simplesmente mantendo a madrasta e a meia-irmã como prisioneiras na Fortaleza Vermelha. Eventualmente, Alicent perdeu dois de seus filhos, além de um de seus netos.

Mesmo que tenha sobrevivido para ver a morte de Rhaenyra, o fim de sua rival não foi o fim do conflito. Alicent negociou um noivado entre seu filho, Aegon II, e Cassandra Baratheon. Ela também acabou concordando relutantemente em casar sua neta, Jaehaera, ao filho mais novo de Rhaenyra, Aegon, o jovem.

Mesmo assim, a Casa Velaryon não desistiu de agir contra Aegon II. Além de lidarem com o rei, eles também prenderam Alicent, que mesmo após ser libertada, não aceitou a paz. Ela se opôs ao casamento de Jaehaera, e sugeriu que a neta cortasse a garganta do jovem Aegon.

Com sua recusa em se reconciliar, ela foi presa na Fortaleza de Maegor. Alicent nunca mais saiu de seus aposentos, e sua única companhia era sua septã, servas e guardas. Com o tempo, ela foi perdendo a sanidade, e chorava frequentemente, além de falar consigo mesma e passar a odiar a cor verde até o fim de sua vida.

Na série da HBO, Alicent faz parte do núcleo principal. Sua versão mais jovem é vivida pela atriz Emily Carey, que esteve em produções como Casualty e Get Even. Alguns papéis notáveis, porém, incluem as versões mais jovens de Diana em Mulher-Maravilha e Lara Croft em Tomb Raider: A Origem. Já sua versão mais velha será vivida por Olivia Cooke, conhecida principalmente por viver Art3mis / Samantha em Jogador Nº1. Ela também esteve em Bates Motel, Vanity Fair e O Som do Silêncio, entre várias outras produções no cinema e na TV.