8 vezes que o Brasil chegou muito perto de ganhar o Oscar

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8 vezes que o Brasil chegou muito perto de ganhar o Oscar

Por Junno Sena

Em 1945, o Brasil fazia sua estreia no Oscar com a composição Rio de Janeiro de Ary Barroso que disputou a estatueta de Melhor Canção Original pelo filme norte-americano Brazil. Naquele mesmo ano, o país também conquistaria sua primeira derrota, quando a 17ª cerimônia premiou Swinging on a Star, do filme O Bom Pastor.

Desde então, o Brasil tem protagonizado desde esnobadas históricas, como o que aconteceu com Fernanda Montenegro, até derrotas amargas, como a ocorrida com Cidade de Deus. Nessa lista, separamos 8 vezes que chegamos perto de levar um Oscar para casa. Confira!

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O Pagador de Promessas

Em 1963, o Brasil era indicado por um filme produzido completamente em solo nacional, O Pagador de Promessas. Dirigido e escrito por Anselmo Duarte, a produção foi a única de solo brasileiro a conquistar a Palma de Ouro e chegou na cerimônia pela categoria de Melhor Filme Internacional.

Nele, seguimos a história de Zé do Burro, um homem humilde que enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de Candomblé. Com Leonardo Villar e Glória Menezes no elenco, o longa perdeu o prêmio para Sempre aos Domingos, drama francês de Serge Bourguignon.

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O Quatrilho

O Brasil apenas retornou a categoria de Melhor Filme Internacional, 33 anos mais tarde, em 1996, quando O Quatrilho foi indicado ao prêmio. Com Glória Pires e Patricia Pilar, o filme teve direção de Fábio Barreto e segue a história de uma comunidade rural no Rio Grande do Sul habitada por imigrantes italianos. Nesse ano, foi os Países Baixos que levaram a estatueta com A Excêntrica Família de Antônia, de Marleen Gorris.

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O Que é Isso, Companheiro?

Misturando ficção e vida real, em 1998, O Que É Isso, Companheiro? foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Dirigido por Bruno Barreto, o filme contou com um elenco cheio de rostos conhecidos pelos brasileiros, desde Fernanda Torres até Selton Mello e Pedro Cardoso.

Nele, com diversas licenças ficcionais, conhecemos a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil em setembro de 1969. Infelizmente, naquele ano, o ganhador foi Karakter, filme belga-holandês dirigido por Mike van Diem.

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Rio

O filme de 2011 da antiga Blue Sky Studios pode ter nacionalidade americana, porém, teve várias influências brasileiras, desde seu visual até trilha sonora. Entre diversos nomes na produção, estavam os de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown, responsáveis por Real in Rio, música indicada a categoria de Melhor Canção Original no Oscar de 2012. Apesar do talento da dupla, quem levou o prêmio foi Man or Muppet do filme Os Muppets.

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Cidade de Deus

Cidade de Deus foi um marco para o cinema nacional e o motivo para isso inclui as quatro indicações ao Oscar de 2004. Com direção de Fernando Meirelles, o filme que retrata o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus foi indicado para as categorias de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia.

Infelizmente, a produção não foi contemplada em nenhum dos prêmios, tendo perdido para Peter Jackson, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei nas categorias de roteiro e edição, além de Mestre dos Mares — O Lado Mais Distante do Mundo na de fotografia.

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O Menino e o Mundo

O Menino e o Mundo foi uma das grandes decepções mais recentes do Brasil no Oscar. O filme de Alê Abreu foi indicado para a categoria de Melhor Filme de Animação em 2016. Ao lado de longas como Anomalisa, As Memórias de Marnie, Shaun, o Carneiro: O Filme e Divertidamente, o ganhador foi o filme da Pixar.

Em O Menino e o Mundo, conhecemos Cuca, um menino que vive em uma pequena aldeia no interior de seu mítico país. Sofrendo com a falta do pai, que parte em busca de trabalho na desconhecida capital, Cuca deixa sua aldeia e sai mundo afora à procura dele.

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Democracia em Vertigem

Depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, um documentário fez a cabeça da academia. Em Democracia em Vertigem, a diretora Petra Costa retrata os bastidores do evento político, o julgamento de Lula, o pleito que elegeu o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro e a crise político-econômica do país.

A produção, que chegou ao público através da Netflix, foi indicada ao prêmio de Melhor Documentário em 2020, porém, perdeu para American Factory, de Steven Bognar e Julia Reichert.

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Central do Brasil

Como falar de esnobadas no Oscar sem falar de Fernanda Montenegro? Em 1999, Central do Brasil de Walter Salles foi indicado para as categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. Infelizmente, ambas as estatuetas foram entregues a Shakespeare Apaixonado, filme de John Madden que garantiu o Oscar de Gwyneth Paltrow.

Em Central do Brasil, seguimos a história de Dora, uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil. É então que ela ajuda Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus e agora precisa encontrar seu pai no Nordeste.