Se o assunto é azar em franquias, ninguém sentiu mais isso na pele do que o nosso querido Henry Cavill. O ator se embrenhou em projetos incríveis e contou com um fervoroso apoio dos fãs, mas parece ter sido "sabotado" por suas próprias franquias. O exemplo mais nítido disso é o Universo Estendido da DC Comics e todo o descaso com o Superman.

Nesse meio-tempo, ele estrelou em O Agente da U.N.C.L.E., que seria o primeiro capítulo de uma franquia que nunca foi para frente. Contudo, talvez a maior decepção do público seja com The Witcher, já que o astro foi o maior destaque na série, no papel de Geralt de Rivia, até que teve alguns desentendimentos com produtores e anunciou sua saída após o terceiro ano.

Game of Thrones foi um propulsor de carreiras gigantesco para vários astros contemporâneos, como Kit Harington, Richard Madden e Peter Dinklage, entre outros. Para outras pessoas, no entanto, a série fechou mais portas do que as abriu, como bem se nota no caso de Emilia Clarke, que teve que sofrer com o final pavoroso de sua personagem na série.

Após Game of Thrones, Clarke se lançou no mercado audiovisual em busca de uma nova franquia para estrelar - o que lhe rendeu projetos questionáveis, como O Exterminador do Futuro: Genêsis. Mais recentemente, Emilia se tornou parte do Universo Cinematográfico da Marvel em Invasão Secreta. No entanto, a série recebeu críticas mornas e o futuro da personagem de Clarke continua incerto.

Você provavelmente não deve se lembrar muito de Taylor Kitsch, mas por uns bons anos, o ator foi uma aposta segura de Hollywood para comandar as novas franquias que vinham surgindo. Porém, após tantos fracassos repetidos, Kitsch acabou deixando o mainstream e hoje está mais focado na televisão e no streaming.

O ator passou por franquias de peso entre o final dos anos 2000 e o começo da década seguinte. Ele fez o Gambit em X-Men Origens: Wolverine e protagonizou John Carter: Entre Dois Mundos, live-action da Disney baseado no personagem pulp que acabou se tornando um fracasso colossal de bilheteria, anulando quaisquer possibilidades para uma franquia.

Engana-se quem acha que Henry Cavill foi o único astro do DCEU a cair do pedestal em menos de dez anos. Algo similar pode ser dito sobre Ezra Miller, artista que, após estrelar em alguns projetos independentes amados, como Precisamos Falar Sobre o Kevin e As Vantagens de Ser Invisível, acabou encontrando uma rua sem saída em sua carreira cinematográfica.

Nos últimos anos, Miller se envolveu com duas das sagas mais amaldiçoadas da Hollywood contemporânea. Primeiro, ele foi confirmado como o Flash do Universo Estendido da DC - e após participações divisivas em Liga da Justiça e Batman vs Superman, acabou estrelando um filme solo que foi um fracasso de bilheteria. Depois, ele esteve em Animais Fantásticos - e isso, aliado às suas polêmicas recentes, deu um freio em seus trabalhos.

Há alguns anos, estrelar em uma grande produção da Disney podia ser só o começo de uma carreira brilhante, mas atualmente uma coisa nem sempre leva à outra. Olhe para o caso de Naomi Scott, que devia ser uma estrela muito maior após ter feito o papel de Jasmine no remake live-action de Aladdin, por exemplo.

Para falar a verdade, Scott tem mais bolas foras em sua carreira que acertos. A atriz estrelou no filme dos Power Rangers, no papel da Ranger Rosa, mas o baixo desempenho comercial do filme impediu seu retorno em uma continuação. O mesmo vale para o novo As Panteras, que apesar de seu elenco deslumbrante, não se sustentou sozinho na bilheteria.

Embora esteja bem longe de ser um ator fracassado como muitos pintam, a verdade é que Channing Tatum foi refém de decisões ruins - em grande parte, de seus agentes e representantes -, o que o levou a protagonizar filmes e sagas não muito levadas a sério, como é o caso de G.I. Joe, que ele mesmo admitiu detestar recentemente.

Mas esse não foi o único caso de uma franquia encabeçada por Tatum que não foi para frente. O ator estrelou em O Destino de Júpiter, das Irmãs Wachowski, que devia ser o começo de uma franquia mas decepcionou nas bilheterias. Além disso, ele esteve durante anos atrelado a um filme solo para o Gambit, que nunca sequer saiu do papel.

Se há um rosto que parece ter existido apenas por um breve período entre o ano de 2010 e o ano de 2017, trata-se do rosto de Charlie Hunnam. Vindo da Inglaterra, o astro logo conquistou aclamação da crítica por seu papel em Sons of Anarchy, mas sua carreira nos cinemas foi tão rápida quanto o trajeto de uma estrela cadente.

O ator teve uma parceria com grandes cineastas como Guillermo del Toro e Guy Ritchie, chegando a estrelar em projetos de grandes franquias, que nem Círculo de Fogo e Rei Arthur: A Lenda da Espada. No caso do primeiro, ele acabou sendo cortado da sequência (que foi uma catástrofe de crítica e bilheteria) e no caso do segundo, o flop foi tamanho que nunca foi produzida uma sequência.

Encerrando essa lista, temos que falar de Dwayne Johnson - de longe, um dos astros mais lucrativos de Hollywood, sem dúvida, mas que também nunca conseguiu emplacar uma franquia sozinho. O astro se envolveu em diversos projetos, desde O Escorpião Rei a Velozes e Furiosos, mas nunca teve muita sorte com obras mais longevas e serializadas.

Isso ficou ainda mais intenso após o fiasco de Adão Negro, que durante meses foi prometido como a "mudança de hierarquia" no Universo DC dos cinemas. Com isso, o ator voltou de mansinho para a "Família" de Velozes e Furiosos, mesmo após ter brigado feio com Vin Diesel e prometido nunca mais retornar para a saga.