Kingdom Hearts 3 era um jogo extremamente antecipado pelos fãs da franquia que une Final Fantasy e os mundos da Disney. O principal motivo é que o segundo foi lançado em 2005 e mesmo que a franquia tenha se mantido ativa com uma infinidade de derivados que são de extrema importância para a história de Sora, eles eram jogos com menos orçamento, muitas vezes feitos para consoles portáteis.

Então em 2019 Kingdom Hearts 3 foi finalmente lançado e todos estavam muito felizes em ver mais da jornada de Sora, mas depois que o calor do momento passou as falhas foram se mostrando. Os mundos apesar de serem extremamente lindos, muitas vezes não adicionam nada para a história principal, fazendo com que os mundos da Disney parecem na maior parte do tempo algo paralelo à narrativa maior daquele universo.

Por fim, seu combate é bonito, a variedade de transformações da Keyblade, arma de Sora, mantém o jogador preso a jornada inteira. Mas ele é decepcionante se comparado ao seu antecessor, onde além de ser visualmente interessante, ele era bem profundo e com aprendizado era possível fazer combos absurdos, algo que não é tão interessante de ser feito em Kingdom Hearts 3.

Desde o lançamento de Resident Evil 7, a franquia voltou a ser sinônimo de jogos de qualidade, mais ainda após a chegada do Remake do segundo jogo. Com isso as expectativas para a reimaginação do terceiro jogo aumentaram bastante o que causou uma grande decepção.

Resident Evil 3 Remake traz um pouco mais de ação do que o segundo jogo e sua versão original tinha como destaque Nemesis, uma criatura aterrorizante que perseguia o jogador em momentos específicos do jogo. Na reimaginação do segundo jogo, Mr. X persegue Leon e Claire de uma forma amedrontadora, o que fez com os fãs pensassem que Nemesis ia ser tão incrível quanto, o que não aconteceu.

Nemesis no remake de Resident Evil 3 está presente em alguns momentos perseguindo Jill, mas não é nem um pouco assustador e nem faz o trabalho de manter o jogador tenso. Além disso, o jogo corta momentos locais e momentos importantes do jogo original, sem adicionar nada que o torne interessante, se transformando em uma triste jornada por Racoon City.

Desde o lançamento de Battlefield 4 em 2013 a franquia não conseguiu encontrar um grande sucesso novamente. Mesmo que alguns jogos como o One tenham atraído algum público pela temática de Primeira Guerra Mundial, ele nunca mais chegou aos pés dos sucessos anteriores. 2042 lançado em 2021 prometia trazer tudo o que os fãs queriam em Battlefield de novo, mas não foi bem assim.

Apesar dos mapas gigantescos e partidas caóticas, Battlefield 2042 foi lançado com uma grande quantidade de problemas, com bugs em quase todos os mapas, um péssimo sistema de progressão, dificuldade em encontrar partidas e a falta de uma campanha de um jogador. Além disso, mais de 200 mil jogadores assinaram uma petição pedindo reembolso e perdendo mais da metade dos jogadores em dois meses.

Desde que a Bungie encerrou sua parceria com a Microsoft, após entregar a trilogia de Halo e Halo Reach, a franquia ficou perdida sob a direção da 343. Halo 4 apesar de ter algum público não consegue atingir a qualidade dos antecessores e o quinto jogo foi massacrado pela crítica, e logo caiu no esquecimento. Infinite foi anunciado como uma volta às origens prometendo trazer algo interessante para a franquia.

Antes do lançamento do modo de um jogador de Halo Infinite, o modo multiplayer foi liberado gratuitamente. Ele foi extremamente elogiado e deixou todos empolgados para a nova história de Master Chief. Mas antes do lançamento a decepção começou. Halo era uma franquia que muitas pessoas jogavam junto de um outro amigo com a tela dividida e esse modo foi adiado e algum tempo depois cancelado.

Halo Infinite traz um mundo aberto e dá o início a uma nova história para Master Chief. Apesar do mundo ser divertido de explorar e a ação ser muito divertida, a história é tediosa e se encerra de uma forma que parece que ficou algo faltando. Além disso, o modo multiplayer que foi elogiado, teve um grande abandono pela falta de conteúdo novo.

Em 2021 a Rockstar anuncia Grand Theft Auto: The Trilogy - Definitive Edition, uma coletânea que trazia três jogos queridos da franquia, GTA III, Vice City e San Andreas, com novas texturas e algumas melhorias de vida. Apesar de algumas pessoas estarem um pouco céticas com o novo visual, estavam empolgados em rejogar principalmente San Andreas.

Então em novembro de 2021 o jogo foi lançado e foi uma catástrofe. A arte que já incomodava, se uniu a diversos problemas, que variam de bugs, que variam de rostos sem texturas até ele fechar sozinho. Ainda apresenta problemas de performance, nenhuma mudança na inteligência artificial e no fim não trazia nada que merecesse o nome de Edição Definitiva que a coletânea levava.

Saints Row é uma franquia que ficou muito popular no seu terceiro jogo. Ele se inspira em GTA, mas ainda mais escrachado que sua inspiração. Depois dos personagens virarem herói e irem ao inferno, a franquia ficou alguns anos sem nada até a chegada de um novo jogo em 2022.

Chamado somente de Saints Row ele prometia ser um pouco mais pé no chão em relação aos últimos, mas mantendo seu humor ácido. No fim ele não tem nada do que faz a franquia se popularizar. Apesar de tentar ser engraçado, os personagens são detestáveis, e muitas vezes são somente a sua piada, seja o garoto sempre sem camisa e musculoso, ou o que é viciado em podcast de Coach, sonhando em ser um grande empreendedor.

Além disso, a ação não é muito boa, não existe muita diferença entre as variadas armas, controlar os carros é difícil já que eles são bem escorregadios e o mundo aberto parece algo da geração do Xbox 360. Por fim a história sobre a ascensão de uma gangue é batida, se unindo a personagens péssimos ainda tem um final que fica difícil de acreditar que é verdade.

A CD Projeckt Red depois do lançamento de The Witcher 3, se tornou uma das empresas mais queridas do público gamer, fazendo todos ficarem muito empolgados com o próximo jogo da empresa. Cyberpunk 2077 prometia histórias incríveis, um universo construído com cuidado e missões onde o jogador poderia fazer as suas próprias escolhas.

Antes mesmo do lançamento o jogo passou por diversos adiamentos e durante os longos anos de produção Cyberpunk foi perdendo algumas das funcionalidades anunciadas como a visão em terceira pessoa. Apesar disso, ele foi lançado em dezembro de 2020 e foi extremamente criticado.

O primeiro problema era o fato de que o jogo estava completamente quebrado, no PlayStation 4 e Xbox One ele não atingia uma taxa de quadros aceitável, algo que não foi resolvido até hoje e mesmo na nova geração era comum quedas de quadros constantes. Bugs era algo normal, seja coisas mais simples de personagens desaparecendo até diálogos que não se iniciam, tornando impossível continuar a missão. Por fim, era normal o jogo fechar sozinho de tempos em tempos, tornando tudo ainda mais frustrante.

Muitos desses problemas foram corrigidos nos últimos anos, mas mesmo sem seus problemas Cyberpunk 2077 é medíocre. O mundo do jogo é muito bonito, mas não existe nada para se fazer além das missões principais e secundárias. Com exceção do primeiro grande arco da história principal, não existe muita liberdade para avançar no jogo e não tem nada na narrativa que chegue perto das histórias secundárias de The Witcher 3, transformando Cyberpunk em uma grande decepção.