7 adaptações que são melhores que os livros em que são baseados

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7 adaptações que são melhores que os livros em que são baseados

Por Gus Fiaux

Sempre que um livro é adaptado para os cinemas, não é incomum vermos leitores dizendo aos quatro cantos que a adaptação não se compara ao material original. Em boa parte dos casos, isso é até compreensível, já que muita coisa importante fica de fora das telonas na construção do roteiro, das filmagens e da montagem. Porém, e quando acontece o oposto?

Não são raros os casos de filmes que até melhoram os elementos presentes no livro ou na obra original, dando a essas narrativas um peso diferente nos cinemas. Pensando nisso, aqui vão 7 filmes que são melhores do que os livros nos quais foram baseados!

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O Poderoso Chefão (1972)

Um dos maiores diretores de todos os tempos, Francis Ford Coppola ficou mundialmente famoso após lançar, em 1972, O Poderoso Chefão, que é a história de Don Corleone e seu império mafioso. Entretanto, muitos não se dão o trabalho de honrar outro gênio por trás do filme: o roteirista Mario Puzo que, além de escrever o longa, foi o autor do livro que o inspirou.

O próprio Puzo aproveitou a oportunidade para melhorar alguns elementos e ideias que não estavam tão refinados em seu livro de 1969, e com isso trouxe ao mundo um dos maiores clássicos do cinema, eternizado graças à direção estilizada de Coppola e o trabalho de atuação fenomenal de nomes tais quais Marlon Brando, Al Pacino, Diane Keaton e Robert Duvall.

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O Silêncio dos Inocentes (1991)

Muito antes de ser eternizado pelo rosto de Anthony Hopkins no cinema, o sádico e inteligentíssimo canibal Hannibal Lecter foi criado nas páginas dos romances policiais de Thomas Harris, que concebeu toda a mitologia por trás dessa figura trágica. Em 1988, ele lançou O Silêncio dos Inocentes, segundo livro da saga iniciada com Dragão Vermelho, de 1981.

Hannibal já havia sido adaptado para os cinemas em Caçador de Assassinos (filme de 1986 estrelado por Brian Cox). Entretanto, foi em 1991 que toda a história do canibal e sua "aprendiz" ganhou uma nova adaptação pela mão de Jonathan Demme. Ganhador de vários Oscars, o filme eleva todas as principais qualidades do romance, e serviu como primeiro em uma trilogia.

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Jurassic Park (1993)

Embora muitos não saibam, Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros era um livro antes de se tornar filme. Escrito por Michael Crichton em 1992, a obra é descrita como um "conto cautelar sobre engenharia genética", e traz o público para dentro do colapso de um parque criado por um bilionário, com espécies de dinossauros revividas graças à ciência.

Em 1993, essa história chegou às telonas com a direção magistral de Steven Spielberg, tornando-se em um dos maiores clássicos do cinema. O livro em si não é ruim e tem uma excelente atmosfera de suspense e horror, mas a sua adaptação é tão carregada de momentos marcantes e emocionantes que nos deixam completamente embasbacados até hoje.

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Como Treinar o Seu Dragão (2010)

No começo dos anos 2000, a britânica Cressida Cowell começou a lançar uma série de livros infanto-juvenis sobre a vida de um garoto gentil em um mundo habitado por vikings e dragões. Como Treinar o Seu Dragão sempre foi focada em aventuras leves, divertidas e voltadas para um público muito pequeno, ainda nas fases iniciais da alfabetização.

Felizmente, a Dreamworks entendeu o recado ao fazer a adaptação da saga em 2010. Usando elementos visuais e alguns pequenos detalhes narrativos da série literária, o primeiro filme de Como Treinar o Seu Dragão decide ir em uma direção própria, o que rendeu ótimas sequências e um vasto mundo de possibilidades nos cinemas.

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A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2 (2012)

Ame-a ou odeie-a, você não pode negar que a Saga Crepúsculo foi um dos maiores fenômenos da cultura pop desde a virada do milênio - e tudo começou com o romance proibido entre uma jovem donzela humana e um vampiro. A saga de Stephenie Meyer se tornou um sucesso absoluto e se encerrou com o quarto livro, Amanhecer.

No entanto, pergunte a qualquer fã da saga e muitos dirão que o último livro é anticlimático e arrastado, possivelmente o pior da quadrilogia. Ainda assim, a adaptação cinematográfica da "segunda parte" da história consegue driblar vários desses incômodos, trazendo uma sequência de batalha empolgante e um desfecho emocional para a história de Bella, Edward e Jacob.

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A Criada (2016)

Em 2002, a galesa Sarah Waters lançava um de seus primeiros romances, intitulado Na Ponta dos Dedos. Ambientado na Inglaterra Vitoriana, o livro conta a história de uma órfã contratada para ajudar um homem a dar o golpe do baú em uma herdeira. Porém, aos poucos, todo o enigma vai sendo destrinchado e os mocinhos e bandidos não são quem pensamos ser.

Em 2016, Park Chan-wok, diretor de Oldboy, decidiu reformular essa história e levá-la para a Coréia do Sul. Assim nasceu A Criada, filme que não apenas eleva o material escrito por Sarah Waters como também adiciona a ele vários contextos novos, apostando ferrenhamente numa história cruel de amor em meio a golpes e desilusões.

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Doutor Sono (2019)

Quando se trata de O Iluminado, temos dois grupos bem definidos de fãs: aqueles que acham o livro de Stephen King muito superior ao filme, e aqueles que acham que Stanley Kubrick fez milagres na adaptação. Você pode concordar ou discordar de qualquer uma das afirmações, mas não há como negar que a sequência, Doutor Sono, é melhor que o livro.

Publicado em 2013, o romance traz de volta Dan Torrance, dessa vez já adulto e lidando com os próprios demônios de seu passado, quando deve se juntar a uma garota que corre risco de vida. O filme de Mike Flanagan é uma espécie de "reconciliação" entre King e Kubrick, usando vários aspectos do romance original ao mesmo tempo em que se aproveita da iconografia e do clima denso do filme de 1980.