Em 2002, M. Night Shyamalan decidiu investir em alienígenas. O diretor deixou de lado as reviravoltas com fantasmas e Bruce Willis para criar uma curiosa trama religiosa protagonizada por Mel Gibson. Nela, seguimos um viúvo que perdeu a fé em Deus, sua família e uma silenciosa invasão alienígena.

Ao longo do filme, o público se depara com vários indícios dessa invasão. Desde marcações no milharal e cidadãos paranóicos. É então que, os jornais decidem documentar e reportar alguns assustadores ocorridos, incluindo uma festa de aniversário brasileira com um convidado inesperado. A cena em si não tem nada de incrível, porém existe uma quebra de expectativa na forma como o alienígena surge que surpreende qualquer um que esteja desprevenido.

Atividade Paranormal foi um dos grandes sucessos do horror em 2007. Assim como A Bruxa de Blair, o filme de Oren Peli foi uma produção experimental que enganou muita gente. Nele, seguimos Katie e Micah investigando eventos paranormais que assombram a nova casa do casal. Em um estilo found footage, vamos acompanhando o que não parece nada se tornar um verdadeiro pandemônio.

Ao fim, temos uma cena assustadora com uma Katie possuída. Na cena, temos a mulher sendo arrastada, gritos, Micah acordando assustado e alguém sendo arremessado contra a câmera.

O terror japonês já surpreendeu o público com suas figuras carismáticas. Seja Sadako, ou a criança de O Grito, todo mundo já sentiu um frio na espinha com essas histórias. Mas foi com Pulse, de 2001, que uma cena de fantasma tirou o sono de muita gente.

No filme de Kiyoshi Kurosawa, vemos o medo de novas tecnologias se unir a uma crescente aparição de fantasmas. A cena mais assustadora do filme traz um desses encontros entre entidade e humano. A princípio, ela começa com a curiosidade latente de um personagem, dá lugar para uma sombra sinistra e, enfim, uma perturbadora aproximação em câmera lenta. A tensão é palpável, seja para quem nunca viu o filme ou para quem já passou por essa assustadora experiência.

REC não inventou o gênero found footage, mas foi capaz de apimentar o mesmo ao adicionar um noticiário noturno com zumbis com uma pitada de demônios. No filme de 2007 de Paco Plaza e Jaume Balagueró, temos uma jornalista e um cinegrafista que filmam, em primeira mão, o início do surto de uma doença que transforma humanos em canibais.

Todo o longa se baseia em horror e tensão, mas os momentos finais merecem ganhar um espacinho nessa lista. Neles, vemos Angela Vidal e seu cinegrafista descobrindo os segredos por trás do misterioso vírus que assolou o prédio. Entre um momento completamente às escuras de tirar o fôlego, encontramos a razão por trás de todo o filme: Tristana Medeiros. Vemos pouco da criatura que a garota se tornou, mas é o suficiente para deixar o público sem dormir por algumas noites.

Assim como REC e Atividade Paranormal, O Segredo do Lago Mungo é mais um filme de terror experimental do início dos anos 2000. Nele, temos um mockumentary de uma família que acabou de perder um ente querido, Alice, de maneira inexplicável. O longa vai tentando reunir as peças da vida de Alice e o misterioso Lago Mungo.

Ao fim do filme, temos a última grande peça: um vídeo encontrado em um celular enterrado por Alice antes de sua morte. Com uma imagem tremida e de baixa qualidade, vemos um corpo distorcido pela água sendo encontrado. Esse corpo é o de Alice ou, pelo menos, de uma versão encontrada pela própria Alice antes de sua morte. Seja pelas questões ao redor do vídeo, seja pela imagem do cadáver, a cena arrancou calafrios do público.