5 prós e 5 contras à teoria de que o segundo filme é sempre o melhor!
5 prós e 5 contras à teoria de que o segundo filme é sempre o melhor!
Há uma grande parcela de franquias – sobretudo trilogias – em que o segundo filme sempre é tido como o melhor. Analisamos alguns motivos pelos quais isso pode acontecer – ao mesmo tempo que lembramos outros que pesam no lado contrário da balança!
Prós
Partir de um universo já estabelecido!
O segundo filme de uma franquia, geralmente, parte de um universo que já foi estabelecido no primeiro filme.
Assim, a produção não precisa explicar o ambiente e como as coisas ao seu redor funcionam.
Além disso, os conceitos e as origens, teoricamente, já foram introduzidos no filme anterior, o que lhe permite aprimorar e explorar pontos que podem ter ficados supérfluos no primeiro filme.
Prós
Novos personagens!
Depois que o universo já foi estabelecido, o segundo filme está livre para introduzir novos personagens que podem vir a se tornar importantes na franquia.
É o caso do Mercúrio em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido e até mesmo do Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas.
Além disso, personagens que já foram apresentados podem ser explorados mais profundamente, como a revelação de que Darth Vader era o pai de Luke Skywalker ou quando Chris D'Amico finalmente assume seu lado maligno em Kick-Ass 2.
Prós
Desenvolvimento!
Além de explorar mais a fundo os personagens coadjuvantes, o segundo filme pode dar mais profundidade ao protagonista e sua história, seguindo um fluxo mais natural.
No primeiro filme, normalmente, somos apresentados ao herói e descobrimos tudo o que ele passou para se tornar o personagem que conhecemos.
Já no segundo filme, o personagem já foi estabelecido. Na verdade, ele pode estar em uma fase de treinamento e descobrimento, aprimorando suas habilidades e abrindo portas para desafios cada vez maiores.
Prós
Grandiosidade!
Se o mundo e o ambiente já foram apresentados, a continuação pode ser a oportunidade perfeita para expandir os horizontes desse universo.
É aqui que os personagens estão livres para demonstrar sua verdadeira natureza, novas alianças podem ser formadas e uma reviravolta pode colocar tudo de cabeça para baixo.
Geralmente, o primeiro filme acaba em um final feliz, mas o início do segundo filme mostra que aquilo era apenas uma ilusão.
Mais uma vez, podemos citar Star Wars já que, ao final de Uma Nova Esperança, temos a impressão de que a Aliança Rebelde está a um passo da vitória. Já em O Império Contra-Ataca, percebemos que as coisas não são bem assim...
Prós
Fechar as pontas e abrir novas possibilidades!
A continuação também pode ser responsável por encerrar as histórias que ficaram em aberto após o primeiro filme, ou mesmo para nos ajudar a digerir tudo o que aconteceu.
às vezes, os acontecimentos do primeiro filme são tão estrondosos que só conseguimos compreender e absorver as suas consequências durante o desenvolvimento da sequência.
Além disso, o segundo filme também gera expectativa para a sua própria sequência. Trilogias são cada vez mais comuns em Hollywood e é durante o segundo filme que a produção que encerrará a trilogia começa a ganhar forma.
Assim, todo o terreno é preparado e o público fica na expectativa do fechamento da história.
Contras
Transição!
Apesar de constituir um fator importante para a trilogia, o segundo da sequência não pode se basear apenas no conceito de ser uma ponte do primeiro para o terceiro filme.
A trama deve conter elementos que se sustentem por si só e tornem a produção prazerosa de ser vista, mesmo que alguém tenha perdido o primeiro filme ou não se interesse em ver o terceiro.
É o caso de O Hobbit: A Desolação de Smaug. O filme começa de forma abrupta, onde o primeiro terminou e peca por não ter um final conciso, que o conclua como um filme isolado.
Contras
Expectativas muito altas!
Quando um primeiro filme agrada público e crítica, sua continuação acaba gerando muita expectativa entre os fãs.
O filme anterior sempre será lembrado durante a divulgação do segundo e, inevitavelmente, o publico acabará comparando as obras.
Muitas vezes o segundo filme nem mesmo é ruim, mas por não atender às expectativas do público acaba sendo recebido com uma sensação de decepção.
Contras
Mais do mesmo!
Justamente com medo de cair no erro do item anterior, algumas sequências preferem não arriscar e basicamente copiam o primeiro filme por inteiro.
Logicamente, a história apresentada é diferente, mas o filme explora a mesma fórmula e construção do filme anterior e acaba tornando-se enfadonho.
Isso acontece bastante em filmes de comédia e terror. Um exemplo claro é Anjos da Lei 2, que até mesmo brinca com o fato da produção ser idêntica à original, com algumas poucas alterações na história.
Contras
Muitas obrigações!
Nós já citamos que um dos pontos a favor do segundo filme é o fato de poder fechar as pontas soltas do filme anterior.
Acontece que, se o primeiro filme não for bem desenvolvido, toda a responsabilidade de se concluir a trama de maneira adequada acaba sendo "jogada nas costas" da sequência.
Dificilmente a história conseguirá se concluir por conta própria e, mais uma vez, o filme acaba funcionando apenas como uma transição, que dá algumas explicações meia-boca para os acontecimentos do primeiro filme e empurra a conclusão da história para a última produção da trilogia.
Contras
Megalomania!
Esse é um mal que afeta, sobretudo, os grandes blockbusters.
Cada vez mais, os filmes apresentam ameaças a nível mundial, grandes explosões e eventos gigantescos.
Assim, a sequência do filme precisa apresentar uma ameaça universal, explosões imensas e eventos ainda mais grandiosos.
Isso obriga o filme e todas as suas sequências a cair em um rotina de mostrar uma ameaça gigantesca - que tende a ficar cada vez maior conforme novos filmes são lançados - para que tudo seja resolvido de uma maneira ainda mais absurda no final da trama.
Muitas vezes, os filmes acabam abrindo mão da qualidade de roteiro para se focar apenas em grandes explosões e apresentar um espetáculo visual, mas que deixe a desejar em diversos quesitos.