5 coisas que podem dar certo e 5 que podem dar muito errado na série de One Piece!
5 coisas que podem dar certo e 5 que podem dar muito errado na série de One Piece!
Uma tarefa mais difícil do que encontrar o One Piece foi lançada recentemente: adaptar a grandiosa – em todos os sentidos – obra de Eiichiro Oda para uma série americana em live-action.
Na semana passada, fizemos uma lista de casting um tantinho polêmica, mas que veio do coração. Este redator que vos fala acompanha fielmente essa saga há mais ou menos uma década, então todo material produzido sobre está sendo feito com o maior cuidado do mundo, garantia LH 😉
Agora, resolvemos pensar na produção em si, no que já foi divulgado e vamos discutir 5 coisas que podem dar certo e 5 que podem dar muito errado na série de One Piece! Corram pro Merry porque é hora de zarpar!
Imagens: Divulgação
Eiichiro Oda aprova!
Pegando muita gente de surpresa, em uma entrevista recente, o próprio criador de One Piece, Eiichiro Oda, comentou sobre a adaptação e pediu para os fãs confiarem no trabalho.
Segundo Oda, a ideia veio à tona várias vezes nesses 20 anos e levou todo esse tempo para ser desenvolvida e ele se convencer de que poderia funcionar. Pode ser pela tecnologia atual ou só agora ele tenha encontrado uma forma de levar esses personagens para o mundo real. Quem sabe?
Se o Mestre Oda disse, podemos ter um pouco mais de esperança, não? Se vocês querem saber mais sobre a entrevista, é só clicar aqui.
A Saga do East Blue não é tão insana
Pensando pelo lado mais prático, o início de One Piece, a Saga East Blue, não é TÃO INSANA quanto as que chegam depois. É absurdinha, sim. Mas é mais pé no chão.
Inimigos como a Alvida, o Buggy, o Kuro, o Don Krieg, o Arlong ou o Smoker são complexos de serem feitos, mas não impossíveis. Já vimos coisas parecidas em séries de super-heróis ou ficção científica.
Nem mesmo o flashback do Shanks com o Rei dos Mares seria um problema grande demais. As coisas ficam difíceis é na Grand Line.
Nem o quinteto original
O quinteto original também não é de grande problema - tirando o Luffy.
Nesse momento da história, o Usopp e a Nami não participam de batalhas - o Clima-Tact e o Kabuto não existem - e, em níveis de dificuldade de execução, levando em conta o protagonista, o Zoro e o Sanji são um médio.
Adaptar a espada na boca do Caçador de Piratas e a movimentação e ataques de chute do Cozinheiro será complexo, mas nada comparado em traduzir a Gomu Gomu no Mi. Ainda assim, considerando a história como um todo, essa é a parte mais simples de ser levada para as telas.
A princípio, a história seria bem mais contida
Não é segredo para ninguém que One Piece não seria tão megalomaníaco de primeira. A história cresceu conforme a demanda cresceu.
Assim, a trama da série pode sim ser mais contida e não abordar tanta coisa como o mangá e o anime. Afinal de contas, até certo ponto, nós estávamos às cegas de 90% das coisas atuais que estão desenrolando.
A adaptação não precisa, necessariamente, pegar TUDO do cânone
Como dito, é uma adaptação. Ela não precisa absorver tudo.
Seria incrível ver uma adaptação fiel e foda de um arco tão grandioso quanto, sei lá, Marineford nas telas? EM LIVE-ACTION? COM TODA CERTEZA, MEUS AMIGOS. Mas isso é praticamente inconcebível.
Porém, nos apaixonamos por One Piece, primeiramente, pela simplicidade da coisa toda, que está presente no começo da história.
Essa deve ser a série mais cara da história
Mas vamos para os contras. Mesmo na saga mais contida da história, vocês não precisam nem pensar duas vezes que essa série vai ser cara. Mas cara em níveis absurdos.
Nós estamos falando de um protagonista que usa efeitos especiais em TODOS os episódios. CGI em TODOS os episódios. Monstros e mais monstros. Sequências de lutas insanas. É MUITO dinheiro. Se uma montanha de verdinhas não for investida, já esperem um resultado final bem bad.
Caracterizações
A lista do elenco gerou polêmica, mas eu me mantenho fiel a todas as escolhas. O principal de One Piece é o carisma de todos os personagens. Além disso, cada um deles, diferente de outros animes, possui uma “nacionalidade” baseada no nosso mundinho real.
As personalidades também são muito específicas. Esse elenco tem que ser escolhido a dedo. Um único erro pode levar a série toda pro fundo do poço. One Piece é sobre equipe. Nakama. Um pode estragar tudo sim.
Histórico de adaptações
Também temos que considerar o bendito histórico de adaptações hollywoodianos de obras orientais.
Pessoalmente, Ghost In The Shell não me incomoda tanto, mas, 90% do que vem para o ocidente com live-action não recebe o tratamento e o respeito adequado. Não digo nem pela obra em si, mas para os fãs desse material.
Assim, uma saga tão grandiosa, que tem uma base de fãs tão fiel, como One Piece, precisa ser tratada minuciosamente. Mesmo com o Oda envolvido, o medinho ainda fica, né?
Por melhor que a história seja, ela é bem fora da casinha
E tem aquela coisa, né? One Piece não é para todo mundo, galera. Por mais que seja uma história excelente, bem construída, cheia de referências pop, críticas sociais e tudo mais, ainda é uma coisa completamente fora da casinha para grande parte do público ocidental.
Não é Naruto, não é Dragon Ball. É um outro estilo. Isso tem que ser muito bem trabalhado, ou a coisa toda vai ser só um montão de dinheiro jogado fora e uma mancha na história da obra.
Adaptação x Originalidade
No fim, como falamos, é uma adaptação, ela necessariamente não precisa absorver tudo o que a obra entrega, mas também não queremos que ela saia se aventurando sozinha, livre, leve e solta.
Precisamos que o núcleo do que One Piece é permaneça intacto, ou tudo vai por água abaixo, para ser devorado pelos Reis dos Mares.