5 coisas que os filmes de O Senhor dos Anéis fizeram bem e 5 coisas que não fizeram

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5 coisas que os filmes de O Senhor dos Anéis fizeram bem e 5 coisas que não fizeram

Por Jaqueline Sousa

Quando o primeiro filme de O Senhor dos Anéis chegou aos cinemas, em meados de 2001, o universo da fantasia em Hollywood estava prestes a mudar. Inspirado nos escritos da obra clássica de J. R. R. Tolkien, o início da jornada de Frodo e o Um Anel conquistou o coração do público nas telonas, transformando a trilogia de Peter Jackson em um verdadeiro fenômeno da cultura pop.

Desde então, a franquia continuou se expandindo e até ganhou uma série própria no Amazon Prime Video, chamada O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder. Além disso, há a expectativa de que novos filmes baseados na saga épica de Tolkien sejam desenvolvidos.

Diante dessas circunstâncias, aproveitamos para voltar um pouquinho no tempo para relembrar a trilogia original: nesta lista, selecionamos 5 acertos dos filmes de O Senhor dos Anéis e 5 erros que as produções cometeram! Comente também o que você mais gostou ou não curtiu na trilogia de Peter Jackson!

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5 coisas que os filmes de O Senhor dos Anéis fizeram bem

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A mensagem de esperança

Mensagens de esperança estão por toda a parte, principalmente no universo da ficção. Mas nada se compara à maneira como Tolkien conseguiu transmitir essa sensação através de seus escritos, com destaque para a jornada de Frodo Bolseiro em O Senhor dos Anéis.

Felizmente, a trilogia conseguiu captar essa essência. Os filmes de Peter Jackson são o mais puro suco da esperança, mesmo quando mostram sequências mais preocupantes e sombrias. Parece algo simples, mas constatar que a linguagem cinematográfica teve o cuidado de manter essa sensação ao narrar a história pela lente de uma câmera é certamente uma das melhores coisas que os filmes fizeram.

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A ambientação da Terra-média

Outra coisa que a trilogia de O Senhor dos Anéis soube fazer muito bem diz respeito à ambientação da Terra-média. Tratando-se de um período onde o gênero da fantasia não estava tão em voga assim no cinema, e levando em consideração as limitações tecnológicas do início dos anos 2000, é impressionante ver como a equipe por trás dos filmes conseguiu dar vida aos livros de Tolkien.

A maneira como os cenários, as locações e toda a construção de mundo aparecem, desde A Sociedade do Anel, é de uma qualidade esplendorosa. É claro que grande parte dessa conquista contou com a ajuda de efeitos especiais, mas o uso dos efeitos práticos também merece ser exaltado. O conjunto da obra, na verdade, foi fundamental para que a Terra-média invadisse as telonas de um jeito magnífico, aumentando ainda mais o prestígio da saga épica nos cinemas.

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O cuidado com o desenvolvimento dos personagens

Quem é fã de O Senhor dos Anéis sabe que Tolkien não poupou esforços quando criou toda a mitologia da Terra-média. Desde o primeiro livro, somos bombardeados com uma infinidade de nomes de personagens a todo momento, e ver que os filmes de Peter Jackson conseguiram lidar com essa questão também é um dos grandes méritos da trilogia.

Indo além da consistência no desenvolvimento de Frodo, os filmes de O Senhor dos Anéis tiveram o cuidado de mostrar o crescimento de figuras como Sam, Aragorn e até mesmo personagens secundários, como Éowyn e os queridos Merry e Pippin, conseguiram um arco bem executado. É claro que as limitações existiram, mas a equipe fez um excelente trabalho com o vasto material que tinham em mãos.

A trilha sonora

A trilha sonora de O Senhor dos Anéis é facilmente uma das coisas mais bem-feitas de toda a franquia. A mente por trás das músicas instrumentais foi a do compositor Howard Shore, que conseguiu captar toda a atmosfera da Terra-média nas trilhas que embalaram os melhores momentos da trilogia.

Cada um dos capítulos conta com instrumentais que acompanham a emoção e a intensidade da trajetória de Frodo para destruir o Um Anel. Há calmaria e trilhas mais enérgicas em momentos de maior adrenalina, com alguns temas que vão se repetindo ao longo da trilogia e que ficaram marcadas na história da cultura pop. Mais um ponto positivo para os filmes de Peter Jackson!

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As batalhas

Executar sequências mais intensas e exigentes como cenas de batalha nem sempre é a tarefa mais fácil do mundo. Basta acompanhá-las nas telonas para imaginar o trabalho que a equipe teve para coreografar e acertar o tom. Com os filmes de O Senhor dos Anéis, sem dúvida, não foi diferente.

A luta entre Gandalf e o Balrog em A Sociedade do Anel foi apenas um aperitivo para o que viria nos próximos longas. Isso porque o maior destaque, claro, fica com O Retorno do Rei e suas impressionantes sequências de batalha que, até os dias de hoje, são lembradas por sua excelente execução e grandiosidade. Muitos já tentaram “copiar” o formato e o estilo surpreendente das guerras de O Senhor dos Anéis (o episódio A Longa Noite na oitava temporada de Game of Thrones que o diga), mas a saga épica continua imponente.

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5 coisas que os filmes de O Senhor dos Anéis NÃO fizeram bem

Executar sequências mais intensas e exigentes como cenas de batalha nem sempre é a tarefa mais fácil do mundo. Basta acompanhá-las nas telonas para imaginar o trabalho que a equipe teve para coreografar e acertar o tom. Com os filmes de O Senhor dos Anéis, sem dúvida, não foi diferente.

A luta entre Gandalf e o Balrog em A Sociedade do Anel foi apenas um aperitivo para o que viria nos próximos longas. Isso porque o maior destaque, claro, fica com O Retorno do Rei e suas impressionantes sequências de batalha que, até os dias de hoje, são lembradas por sua excelente execução e grandiosidade. Muitos já tentaram “copiar” o formato e o estilo surpreendente das guerras de O Senhor dos Anéis (o episódio A Longa Noite na oitava temporada de Game of Thrones que o diga), mas a saga épica continua imponente.

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Gimli e toda a questão envolvendo Moria

Por mais que seja um dos personagens mais queridos pelos fãs, Gimli funciona praticamente como um alívio cômico nos filmes de Peter Jackson. A sua representação na trilogia cinematográfica não é uma das melhores e, muitas vezes, ele aparece em cena apenas para orbitar os outros personagens. Claro que sempre caímos na questão de tempo e escolhas narrativas, mas o Anão merecia um pouquinho mais de carinho por parte da equipe.

Além disso, toda a questão envolvendo o que aconteceu com Moria e a forma como Gimli lidava com aquilo também não foram exploradas de um jeito satisfatório deixando algumas lacunas na trama.

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O lado sombrio de Galadriel

Galadriel é uma das personagens mais icônicas da cultura pop, mesmo aparecendo brevemente na trilogia de O Senhor dos Anéis. E sua figura sempre gerou muitas discussões acaloradas entre os fãs da saga de Tolkien, principalmente por causa da lacuna de escritos sobre seu passado.

Mas existe uma coisa que, embora tenha um propósito, não foi retratada de um jeito muito bom. O problema em questão diz respeito a maneira como a trilogia mostra o lado mais sombrio de Galadriel, depois que Frodo a oferece o Um Anel.

Com efeitos visuais um tanto quanto cafonas, a explosão da elfa tentou transmitir a dimensão do poder de Galadriel e sua dualidade, mas a execução é tão destoante que acaba perdendo sua força. E o problema aqui não é ir “contra” a personalidade angelical da personagem (até porque ela já foi uma guerreira e vivenciou muitas guerras ao longo de sua juventude), e sim a péssima combinação de elementos em cena.

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Os Nazgûl

Além da ameaça constante de Sauron, que permeia toda a narrativa desde o primeiro capítulo, os Nazgûl também fazem parte do time de antagonistas de O Senhor dos Anéis. Os espectros marcaram presença na trilogia cinematográfica de Peter Jackson com seus visuais aterrorizantes e misteriosos, mas a representação dos servos de Sauron é outro aspecto que deixou a desejar.

Os Nazgûl são tão alheios ao que eles supostamente deveriam estar fazendo – recuperar o Um Anel das mãos de Frodo, afinal eles sentem a presença do artefato – que é como se eles fossem os Stormtroopers com uma péssima pontaria. É claro que isso são escolhas narrativas (até porque se eles tivessem recuperado o Um Anel não teríamos mais um Frodo para contar a história, né?), mas o filme falhou em certa medida ao adaptá-los para as telonas, deixando-os mais irrelevantes e esquecíveis.

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O destino de Saruman

Saruman é um dos antagonistas mais imponentes da história criada por Tolkien, mas a conclusão de seu arco nos filmes de Peter Jackson deixou bastante a desejar. E isso não é apenas uma reclamação sobre as diferenças entre as linguagens, afinal nenhuma adaptação precisa seguir à risca sua fonte para ser bem-sucedida.

No caso de Saruman, o problema foi o descaso mesmo. Enquanto nos livros o personagem ganha um final digno de sua conturbada jornada, no encerramento do último capítulo, não é isso que acontece nos filmes. Nas produções audiovisuais, Saruman é derrotado em As Duas Torres e, depois disso, não aparece mais na franquia. O pior de tudo é que até tivemos uma conclusão para seu arco na versão estendida, mas a decisão de cortar a sequência do produto original foi uma decisão que deixou um gostinho bastante amargo nos fãs.

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As Águias: quem são, o que comem e onde dormem?

Outro aspecto que não foi executado da melhor maneira nos filmes de O Senhor dos Anéis diz respeito à existência das Águias. Sem qualquer tipo de explicação ou introdução que converse com a narrativa, os animais simplesmente aparecem na história para salvar personagens do perigo (como a cena final de O Retorno de Rei, quando o Um Anel é destruído), funcionando apenas com um Deus ex Machina ao invés de terem um propósito consistente.

É claro que essa “falha” pode ter vindo diretamente dos livros, mas os filmes poderiam ter trabalhado melhor a questão. Afinal, se as Águias voaram até Frodo e Sam durante os dramáticos eventos da Montanha da Perdição, elas bem que poderiam ter dado uma ajudinha antes, não é?