Os 15 maiores fracassos de bilheteria do cinema de super-heróis
Os 15 maiores fracassos de bilheteria do cinema de super-heróis
Quais filmes de super-heróis deram prejuízo aos estúdios? Conheça os maiores fracassos do gênero no cinema!
Os super-heróis se tornaram o carro-chefe dos cinemas nos últimos anos. Graças a todo o sucesso do Universo Cinematográfico da Marvel e dos projetos paralelos da Sony e da DC Comics, já nos acostumamos com a ideia de ver longas ganhando milhões de dólares todos os anos, quebrando recordes de bilheteria e de público.
Porém, nem sempre adaptar quadrinhos de super-heróis é sinônimo de sucesso. Ao longo de várias décadas, tivemos tantos fracassos de bilheteria quanto sucessos, alguns inclusive responsáveis por dar muito prejuízo para os seus respectivos estúdios. E aqui, listamos os 15 maiores fracassos de bilheterias dos filmes de super-heróis!
Liga da Justiça (2017)
Orçamento: US$ 300 milhões
Bilheteria: US$ 657,9 milhões
Quando Liga da Justiça foi anunciado, a expectativa do estúdio era de que o filme se tornasse o maior sucesso do Universo Estendido da DC, já que a meta da Warner era tornar o longa tão grande e bem-sucedido como Os Vingadores. Infelizmente, muitos problemas prejudicaram o projeto, o que incluiu a saída de Zack Snyder durante a pós-produção.
Junte isso às extensas refilmagens de Joss Whedon, as intrigas internas e até o bigode mal-escondido de Henry Cavill, o filme até conseguiu fazer mais que o dobro de seu orçamento, mas isso não foi uma boa notícia: na verdade, o estúdio perdeu rios de dinheiro, especialmente por conta dos gastos em marketing, enterrando de vez os planos do Snyderverso.
X-Men: Fênix Negra (2019)
Orçamento: US$ 200 milhões
Bilheteria: US$ 252,4 milhões
Os X-Men sempre estiveram em foco como uma das equipes de super-heróis mais amadas pelos fãs de quadrinhos, por tudo que representam seja dentro ou fora do Universo Marvel. Porém, após várias decisões erradas e diversos problemas de produção, é uma pena que a saga da Fox tenha se despedido do público de uma forma tão barata quanto Fênix Negra.
Prometendo traçar uma adaptação mais fiel da Saga da Fênix Negra dos quadrinhos, o filme passou por refilmagens, teve que mudar algumas coisas para não entrar em conflito com Capitã Marvel e ainda foi vítima de vários adiamentos. O resultado é a 2ª menor bilheteria do universo mutante - e a primeira menor, levando em conta só os filmes da saga principal.
Quarteto Fantástico (2015)
Orçamento: US$ 120 milhões
Bilheteria: US$ 167,9 milhões
Outra equipe que também penou em sua última incursão nos cinemas foi o Quarteto Fantástico. O grupo já tinha passado por duas adaptações que haviam sido criticadas, mas o longa de 2015 dirigido por Josh Trank levou isso a um novo patamar. Cumprindo os requerimentos dos itens anteriores da lista, ele também passou por refilmagens e teve seu arco todo modificado.
Isso fez com que o diretor, no dia da estreia, criticasse abertamente a Fox e dissesse que aquele não era seu filme - e não era mesmo, já que mais de 50% da produção foi dirigida por Simon Kinberg, o diretor de Fênix Negra. O resultado final não foi dos melhores: embora tenha conseguido se pagar, deu prejuízo para o estúdio. Felizmente, uma nova versão está sendo preparada pela Marvel Studios.
Lanterna Verde (2011)
Orçamento: US$ 200 milhões
Bilheteria: US$ 219,9 milhões
Quando a Marvel Studios começou a fazer sucesso com seu universo nos cinemas, todos os rivais começaram a lançar seus próprios projetos. No caso da Warner e da DC, não foram poucas as vezes em que tentaram lançar uma franquia que pudesse bater de frente com a concorrência. E uma dessas tentativas fracassadas foi Lanterna Verde.
O filme foi protagonizado por Ryan Reynolds e tentava contar a história de origem de Hal Jordan, o primeiro Lanterna Verde terráqueo. Com suas críticas despencando, ele também não conseguiu muito sucesso na bilheteria, arrecadando pouco menos de 20 milhões de dólares a mais que o gasto do estúdio para produzi-lo.
Mulher-Gato (2004)
Orçamento: US$ 100 milhões
Bilheteria: US$ 82,1 milhões
Durante muito tempo, criou-se a ideia absurda de que heroínas não eram, de forma alguma, lucrativas e não podiam carregar seus filmes solo. Embora o sucesso de Mulher-Maravilha, Capitã Marvel e tantos outros tenha feito isso cair por terra, Mulher-Gato continua sendo usado como argumento por quem defende essa falácia.
Dirigido pelo francês Pitof, o filme foi originalmente concebido como um spin-off tardio da franquia do Batman, que já havia caído em desgraça graças a Batman & Robin. Estrelado por Halle Berry e Sharon Stone, o filme não tinha muita ligação com a personagem original das HQs e nem foi um grande chamariz de público, mesmo com o ápice de fama de Berry.
Elektra (2005)
Orçamento: US$ 65 milhões
Bilheteria: US$ 56 milhões
Outro fracasso de bilheterias que sempre é citado ao culpabilizar mulheres no papel de destaque, Elektra também era um spin-off, só que desta vez, do filme solo do Demolidor, que também havia sido alvo de muitas críticas. Estrelado por Jennifer Garner, o filme tenta mostrar mais da ninja em sua vida após ter morrido pelas mãos do Mercenário.
Dirigido por Robert Bowman, o filme fracassou amargamente, ganhando menos dinheiro que seu orçamento inicial. E embora um ou outro fã tenha "redescoberto" a glória camp do projeto, ele continua sendo marcado como um dos piores filmes de super-heróis de todos os tempos, seja por sua trama sem pé nem cabeça ou pelas atuações grotescas de seu elenco.
Hellboy (2019)
Orçamento: US$ 50 milhões
Bilheteria: US$ 55,1 milhões
Voltando a um passado mais próximo, temos também Hellboy, o filme que funcionou como um tiro pela culatra para a Lionsgate, já que o plano era revitalizar o personagem e distanciá-lo da franquia criada por Guillermo del Toro, trazendo mais elementos originais das HQs de Mike Mignola e uma abordagem mais "adulta".
Dirigido por Neil Marshall, o projeto ainda contou com David Harbour no papel principal (coberto por quilos de maquiagem), junto de nomes como Milla Jovovich, Sasha Lane e Ian McShane. Embora tenha lá um ou outro momento bom, com inclusão dos personagens dos quadrinhos, o filme mal se pagou, arrecadando só US$ 5 milhões a mais que seu orçamento.
Os Novos Mutantes (2020)
Orçamento: US$ 67-80 milhões
Bilheteria: US$ 49,1 milhões
Aqui, entramos em um território complexo por uma questão que afetou todas as produções dos últimos 2 anos: a pandemia. Os Novos Mutantes havia sido anunciado em 2015, e passou por anos de produção. Originalmente seria lançado em 2018, mas após uma sequência infinita de adiamentos, chegou ao cinema em 2020, bem no auge da crise do Coronavírus no mundo.
A principal teoria é de que a Disney queria apenas descartar o projeto, que era considerado uma mistura entre filme de super-heróis e terror psicológico. Ainda que tenha feito um sucesso até considerável no streaming, o longa sentiu o baque nas bilheterias, arrecadando cerca de US$ 49 milhões. Há quem já o considere um clássico cult.
The Spirit: O Filme (2008)
Orçamento: US$ 60 milhões
Bilheteria: US$ 39 milhões
Frank Miller é um gênio dos quadrinhos e há pouco a se discordar disso. Como diretor, no entanto, ele sempre foi mais problemático, já que nunca soube se adequar à linguagem cinematográfica. A prova disso é o fracassado The Spirit, filme de 2008 que adapta as histórias do popular herói criado em tirinhas de jornal por Will Eisner.
Não satisfeito de dirigir, Miller também escreveu o roteiro do filme, e recebeu duras críticas pelo diálogo engessado, pelo visual confuso e por ser um longa quase que "deslocado" do tempo. O impacto das críticas negativas também se fez presente na bilheteria, com o filme arrecadando menos de US$ 40 milhões no mesmo ano em que Homem de Ferro e O Cavaleiro das Trevas se tornavam sucessos absolutos.
Howard, o Super-Herói (1986)
Orçamento: US$ 30-37 milhões
Bilheteria: US$ 38 milhões
Na década de 80, a Marvel estava disposta a experimentar com seus heróis e criações nos cinemas e em outras mídias. Disso, surgiram experimentos um tanto quanto questionáveis, mas nenhum foi tão bizarro quanto Howard, o Super-Herói, filme que conta a história de um pato alienígena sapiente que chega à Terra e tenta fazer de tudo para provar seu valor entre humanos.
Tudo que há de mais ousado está nesse filme: animatrônicos caros, cenas de sexo que beiram a bestialidade e um humor degenerado típico do final dos anos 90. E mesmo a produção de George Lucas não foi o bastante para torná-lo um sucesso, tanto que sua bilheteria final acabou arrecadando quase o mesmo valor de seu orçamento.
Superman IV: Em Busca da Paz (1987)
Orçamento: US$ 17 milhões
Bilheteria: US$ 36,7 milhões
A franquia do Superman de Christopher Reeve pode ser melhor vista da seguinte forma: uma ladeira íngreme, começando no topo e despencando vertiginosamente. Em 1987, foi lançado Superman IV: Em Busca da Paz, um dos filmes mais infames do Homem de Aço, que foi produzido com um orçamento minúsculo e cheio de problemas durante suas gravações.
Aqui, vemos Clark Kent dando tudo de si para enfrentar o degenerado e perigoso Homem-Nuclear, um personagem original da produção. O filme foi massacrado pela crítica e é até hoje tido como uma das piores adaptações de quadrinhos de super-heróis, além de ter arrecadado pouco mais de US$ 36 milhões, enterrando de vez a saga de Reeve.
Supergirl (1984)
Orçamento: US$ 35 milhões
Bilheteria: US$ 14,3 milhões
Porém, antes do lançamento de Superman IV, o estúdio estava confiante na ideia de produzir spin-offs focados em heróis associados ao Homem de Aço - e assim nasceu Supergirl, filme de 1984 que inclusive teria uma cameo especial de Christopher Reeve - mas a ideia logo foi descartada pelo ator. O filme foi protagonizado por Helen Slater no papel de Kara Zor-El.
Aqui, vemos a brilhante heroína salvando sua cidade, Argo City, enquanto luta contra inimigas poderosas. O projeto custou 35 milhões de dólares, mas a sua bilheteria mal pagou metade desse valor, cancelando qualquer plano para um novo filme ou quiçá uma franquia encabeçada por Kara Zor-El. Décadas depois, a personagem se tornaria uma das heroínas de maior sucesso do Arrowverse.
Jonah Hex: Caçador de Recompensas (2010)
Orçamento: US$ 47 milhões
Bilheteria: US$ 11 milhões
Aposto que muitos de vocês sequer devem saber da história de Jonah Hex: Caçador de Recompensas - e não é para menos, já que o personagem nem chega a ser considerado "classe B" da DC Comics. Um anti-herói vivendo no Velho Oeste, ele tem o poder de se comunicar com os mortos e o utiliza para resolver casos infames... ao menos, essa era a proposta.
E o longa baseado no personagem até tentou muito ser algo, a prova disso é o elenco encabeçado por Josh Brolin, Michael Fassbender, John Malkovich e Megan Fox. Ainda assim, não deu certo: o filme custou quase US$ 50 milhões para ser produzido e retornou apenas 11 milhões em sua bilheteria. Mais um fracasso retumbante para a Warner/DC.
O Justiceiro: Em Zona de Guerra (2008)
Orçamento: US$ 35 milhões
Bilheteria: US$ 10,1 milhões
O Justiceiro sempre foi um personagem peculiar, mas poucos sabem que antes de sua série solo na Netflix, ele teve três filmes lançados no cinema - um inclusive lançado na década de 80, estrelado por Dolph Lundgren. Só que o grande fracasso ficou com o terceiro filme, O Justiceiro: Em Zona de Guerra, lançado em 2008 e dirigido por Lexi Alexander.
Distribuído pela própria Marvel Studios (embora não faça parte do MCU), o filme recebeu elogios dos fãs por seu teor mais adulto e pelo alto volume de sangue derramado pelo vigilante. Mesmo sendo o filme mais fiel das HQs do personagem, o fracasso de bilheteria foi certeiro: ganhou 10 milhões de dólares, causando uma perda de mais de US$ 20 milhões para o estúdio.
Aço: O Homem de Aço (1997)
Orçamento: US$ 16 milhões
Bilheteria: US$ 1,7 milhões
Não foi só Supergirl que foi planejado como um spin-off da franquia do Superman de Christopher Reeve. Em 1997, foi lançado Aço, o filme protagonizado pelo astro do basquete Shaquille O'Neal. O projeto foi baseado no personagem homônimo das HQs, um dos personagens que foram criados após a Morte do Superman para substituir o herói.
Infelizmente, o projeto não teve o menor alcance pretendido pelo estúdio. O orçamento foi relativamente baixo, custando apenas US$ 16 milhões - um valor pífio comparado aos orçamentos de filmes de super-heróis atuais - mas ainda assim nem conseguiu se pagar, arrecadando pouco mais de 10% do seu valor de custo.