12 heróis que lidam com problemas sérios e reais nos quadrinhos!

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12 heróis que lidam com problemas sérios e reais nos quadrinhos!

Por Márcio Jangarélli

Para estarem aptos à lutar a boa luta, os heróis precisam também lutar contra seus próprios demônios e condições – e é isso que faz deles super, pelo menos além dos poderes. Aqui estão 12 heróis que lidam com problemas sérios da vida real nos quadrinhos! Identificação com o público é o caminho.

Tema sugerido pela leitora Débora Aladim!

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Arsenal e as Drogas

Sobre vícios, poderíamos colocar, por exemplo, o Tony Stark por aqui e toda sua história d'O Demônio na Garrafa. Vários heróis passaram por vícios terríveis, alguns, inclusive, presentes na lista. Porém, o caso do Arsenal é especial.

Roy Harper não só se tornou um viciado em heroína, mas foi levado ao fundo do pior dos poços. Primeiro por sua própria história, quando se sentiu completamente abandonado em certo ponto, deixado pela namorada, pelos Jovens Titãs e por seu próprio mentor, Oliver Queen, entrando em depressão e, por fim, no vício.

Quando o herói conseguiu se reerguer, colocar sua vida nos eixos – na medida do possível – por decisões editoriais tivemos “Grito Por Justiça” e a “Ascensão de Arsenal”, que quebraram todo o personagem novamente, jogaram ele mais fundo no vício e, bom, essas estão entre as piores histórias da DC.

Ele se reergueu e voltou à ativa, pelo menos serve como um exemplo de superação – além de ser um ótimo personagem.

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Luke Cage e o Racismo

A base primordial do Luke Cage é a luta contra o racismo, como pode ser visto nos quadrinhos e em sua série. A própria concepção do herói, um homem negro, com afro e roupas que lembram um pouco o movimento Disco – antigo uniforme – já é uma quebra dentro do mundo heroico - ainda que as coisas fossem mais coloridas nos anos 80.

Ele não é o primeiro super-herói negro, mas está entre os maiores ícones representativos, quando abrange uma área que, geralmente, os Vingadores não se interessam tanto, como violência urbana/periférica.

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Jessica Jones e o Trauma

Talvez, a história da Jessica Jones esteja entre as mais próximas do que aconteceria se super-poderes realmente existissem, o que é triste. Jones tentou usar seus poderes sob o codinome de Jewel para ajudar a população, foi capturada pelos poderes de controle mental do Homem-Púrpura e acabou passando por uma das piores experiências possíveis de abuso e vulnerabilidade.

Disso, conhecemos Jessica Jones, ex-heroína, traumatizada, se escondendo atrás de bebidas, drogas e tudo mais por conta de seu passado. Clássico estresse pós-traumático – além das possíveis depressão, síndrome do pânico, abstinência, etc.

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Arqueiro Verde e a Política

Não é só na série que Oliver Queen resolveu se aventurar na política de Star City. Ele foi eleito como prefeito da cidade nos quadrinhos também. Eleito, desviou dinheiro do caixa da cidade para financiar algumas aventuras heroicas e foi deposto. Pessoas reais, vivendo vidas reais, com problemas reais e super-poderes nos quadrinhos.

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Flash e a Justiça

Heróis também têm que lidar judicialmente com as mortes eventuais que causam, principalmente no lado da DC Comics. O caso mais clássico é o do Flash, quando matou o Flash-Reverso e passou por todo um arco de julgamento pelo ocorrido.

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Robbie Reyes e a Violência Urbana

A versão mais recente do Motorista Fantasma, Robbie Reyes, que chegou até a TV com Agents of S.H.I.E.L.D., tem a violência urbana intrínseca em sua história de origem. Robbie morreu em uma guerra de gangues, foi trazido de volta pelo pseudo-espírito de vingança e começou uma limpeza drástica em sua vizinhança.

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Mulher-Maravilha e o Feminismo

Diana Prince é um símbolo e uma inspiração para a luta por igualdade das mulheres. Ela é a super-heroína mais antiga – pelo menos do formato mais popular – e passou por muita coisa durante todo esse tempo, evoluindo e quebrando mais barreiras conforme sua história evoluía.

Ela é um dos seres mais poderosos do Universo DC, briga de igual pra igual com o Superman, é um dos pilares da editora e uma peça fundamental para a história dos quadrinhos.

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Batwoman e a Homofobia

Falando sobre mulheres sensacionais da DC Comics, Kate Kane, a Batwoman, é um exemplo de resistência e luta contra a homofobia dentro dos quadrinhos e na própria editora.

Lésbica, ela teve um romance com a detetive Reneé Montoya, mas seu caso principal é com Maggie Sawyer, com quem quase se casou. O problema aqui foi editorial, quando o relacionamento foi podado porque, em tese, os heróis não podem ser felizes, né?

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Ms. Marvel e a Intolerância Religiosa

A encarnação mais recente da Ms. Marvel, Kamala Khan, é uma das personagens mais importantes da Marvel no momento.

Muçulmana, sua história trata sobre xenofobia, racismo, machismo mas, em grande parte, é uma ótima lição sobre intolerância religiosa e uma quebra de padrões dentro das história super-heróicas, pelas tradições e conceitos da menina não serem ocidentais. O próprio uniforme da Kamala já é destoante das outras heroínas – propositalmente.

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Miles Morales e a Xenofobia

Negro e de descendência latina, o Homem-Aranha Ultimate, Miles Morales, segue as mesmas direções da Kamala, com mais inclinações a combater a xenofobia e o racismo em sua trama.

E não só dentro dos quadrinhos, quando boa parte da base de fãs do aranha rejeitou o rapaz de primeira pela “mudança de etnia” do herói, mesmo que ele tenha sido aprovado pelo próprio criador do personagem, Stan Lee.

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Oráculo e a Deficiência Física

Talvez a Oráculo não seja o melhor exemplo dos personagens com deficiência física nos quadrinhos, mas não é culpa da moça e sim das decisões editoriais. Barbara Gordon, depois dos eventos de "A Piada Mortal", ficou na cadeira de rodas com um tipo de paraplegia tratável.

Suas histórias como a gênio Oraculo, ajudando a combater o crime mesmo que de dentro do QG, inspirou muita gente e se tornou a versão favorita da heroína para parte do público. Depois de um tempo, como em vários – vários – exemplos de heróis com deficiência, a história fez ela voltar andar, até porque a própria ficção não sabe lidar muito bem com esse tipo de problema...

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Feiticeira Escarlate e os Distúrbios Psicológicos

...Assim como não sabe lidar muito bem com qualquer tipo de distúrbio psicológico sem pintar um personagem como “louco”, “insano”, “descontrolado” ou “sombrio”.

A Feiticeira Escarlate passou por MUITA coisa durante seu tempo como heroína e, depois dos eventos do Dia-M, entrou em um processo de redenção com os personagens, o público e consigo mesma.

Em sua última revista solo, vemos Wanda lidando com seus problemas, medicada, tentando controlar a depressão, sem romantização, sem megalomanias. Da forma que qualquer doença deveria ser tratada. Pontinhos para o tratamento dado, outras histórias poderiam beber um pouco daqui.