12 Filmes considerados impossíveis de serem filmados e que foram feitos!
12 Filmes considerados impossíveis de serem filmados e que foram feitos!
Às vezes, a ambição do diretor é maior do que a tecnologia disponível. Muitos projetos foram considerados impossíveis de se adaptar, mas acabaram ganhando vida. O mesmo está acontecendo com A Torre Negra de Stephen King.
Aproveitando que estamos nos aproximando do lançamento do filme estrelado por Idris Elba, aqui estão outros 12 filmes que foram considerados impossíveis de serem filmados, mas que acabaram sendo produzidos.
A Viagem
Publicado em 2004 por David Mitchell, o livro Cloud Atlas sempre foi considerado impossível de se adaptar.
A trama narra seis histórias diferentes, protagonizadas por personagens que reencarnam com o passar dos séculos e cujas ações repercutem em suas vidas futuras.
A história mostra como as ações dos indivíduos criam uma cadeia de acontecimentos que ecoa através dos tempos, mas que é apenas uma parte de uma gigantesca história que acontece independentemente da influência humana.
Para levar algo tão complexo para as telonas, as Wachowski, ao lado de Tom Tykwer, tiveram de realizar diversas adaptações no roteiro. O resultado final dividiu o público e A Viagem se transformou em uma daquelas obras sem meio termo. Ou você ama, ou odeia.
Matrix
Quando as Wachowski idealizaram Matrix, a trama foi apresentada em uma história em quadrinhos que os criadores tentaram vender para a Marvel.
Depois que a Casa das Ideias recusou o projeto, eles o apresentaram como um roteiro para a Warner Bros. Apesar de apoiar a ideia, o estúdio acreditava que as Wachowski não seriam capazes de dirigir o filme, já que não tinham tanta experiência cinematográfica.
Eles, então, produziram e dirigiram o filme Bound, para mostrar à Warner que eram capazes de dar sequência ao projeto.
Além de toda a dificuldade burocrática, os efeitos especiais do filme eram um desafio à parte. A famosa cena do Bullet Time foi, na verdade, um conjunto de fotografias tiradas por 120 câmeras posicionadas em 360 graus.
Com um orçamento de pouco mais de 60 milhões de dólares, as Wachowski conseguiram arrecadar mais de 450 milhões em bilheteria e suas sequências provaram-se tão bem sucedidas quanto o primeiro filme.
Star Wars
Em 1971, George Lucas produziu seu primeiro filme. Lançado pela Warner Bros, THX-1138 se passa no século XXV e mostra uma rebelião contra uma sociedade totalitária.
O resultado desagradou tanto a Warner que o estúdio exigiu que todo o investimento fosse devolvido.
Mesmo assim, Lucas não desistiu de seus ambiciosos projetos. Em 1976, ele apresentou o roteiro de Star Wars para a própria Warner Bros, que rapidamente recusou o projeto. A obra ainda foi apresentada para a Universal, que também a recusou, já que filmes de ficção científica estavam em decadência.
Foi a Fox quem abraçou o projeto de George Lucas. Depois de superado o problema do estúdio, Lucas se viu em outro impasse, já que os grandes estúdios de efeitos especiais dos filmes de ficção científica já haviam falido, ou se recusavam a aceitar o projeto, por considerá-lo muito ambicioso.
A solução? Lucas reuniu um time de visionários e fundou sua própria companhia de efeitos especiais. A Industrial Light & Magic foi a responsável por transformar a grande ópera espacial de George Lucas em realidade, além de proporcionar grandes efeitos, até hoje, em filmes como Star Trek, Indiana Jones, Harry Potter e Piratas do Caribe.
Guerra Mundial Z
Assim como Cloud Atlas, Guerra Mundial Z foi considerado inadaptável por sua trama ser descentralizada.
O livro mostra o relato de diferentes sobreviventes em mais de 30 países e se passa após o apocalipse, quando a ameaça zumbi já foi superada.
Para condensar a história, o diretor Marc Forster introduziu um novo personagem e decidiu focar a trama apenas nele e em sua família. A maioria dos eventos do filme diverge bastante da história original e grande parte dos fãs da obra de Max Brooks detestou a adaptação.
No entanto, Guerra Mundial Z funciona muito bem como um filme e seu estrondoso sucesso garantiu uma sequência, que já está em produção. O filme tornou-se a produção mais lucrativa com a participação de Brad Pitt.
Avatar
James Cameron teve a ideia de Avatar em 1994 e começou a desenvolver o roteiro no ano seguinte.
Ele planejava dirigir o filme depois que seu trabalho em Titanic estivesse finalizado, mas a tecnologia disponível na época não era suficiente para dar vida ao universo que ele havia vislumbrado.
O projeto ficou engavetado durante quase 15 anos, até que as ferramentas capazes de transformar sua imaginação em realidade surgissem.
Avatar pode não ter o mais revolucionário dos roteiros, mas seus atributos visuais são impecáveis.
A produção custou 237 milhões de dólares e levou mais de dois anos para que todos os efeitos visuais agradassem Cameron, mas o esforço valeu a pena.
Depois de chegar às telonas, Avatar bateu todos os recordes de bilheteria e até hoje reina soberano com sua arrecadação total de quase 3 bilhões de dólares!
Gangues de Nova York
Em 1970, Martin Scorcese se encantou pelo livro de Herber Asbury, As Gangues de Nova York - Uma história informal do submundo de Nova York.
Oito anos mais tarde, o diretor tentou adaptar o filme, que seria estrelado por Robert DeNiro. No entanto, os altos custos de produção acabaram cancelando as filmagens.
Um dos principais pontos críticos era com relação às locações, já que a história era ambientada em uma Nova York de 1863 e a cidade já estava completamente diferente da realidade apresentada no livro.
Apenas 25 anos mais tarde, quando Scorcese já era um nome consagrado de Hollywood, o diretor conseguiu dar andamento ao seu roteiro.
O set de filmagens foi ambientado em Roma e o diretor planejava um filme com quatro horas de duração. Depois de muita discussão com os produtores, a edição final ficou com 2 horas e 46 minutos e nos mostrou o violento confronto entre os grupos de Bill Cutting e Amsterdan Vallon.
O Senhor dos Anéis
O Senhor dos Anéis é considerado um dos maiores épicos do cinema. Mas, para a trilogia ganhar vida, Peter Jackson teve um trabalho árduo.
Os direitos de adaptação das obras de Tolkien sempre estiveram nas mãos de seus filhos, que abominam adaptações cinematográficas e lutam para manter a obra de seu pai à salvo de Hollywood.
Depois de intensas negociações, Jackson conseguiu por as mãos nos direitos de uma de suas mais consagradas obras, O Senhor dos Anéis. A densa trama teve de ser adaptada em 3 longos filmes - e olha que nem estamos falando das versões estendidas! - mas o resultado final foi um deleite para os fãs de Tolkien e os amantes do cinema.
Com um orçamento de 281 milhões de dólares, os três filmes foram gravados juntamente e são considerados um marco na história da sétima arte.
As Aventuras de Pi
A obra de Yann Martel constituía um desafio para qualquer cineasta, por incluir três fatores extremamente difíceis de se trabalhar em uma produção: crianças, animais e água!
Mesmo assim, Ang Lee não se preocupou com as dificuldades e decidiu levar sua adaptação adiante.
Para transformar o vasto oceano em realidade, a maior piscina de ondas do mundo foi construída em um aeroporto abandonado. O processo de criação dos efeitos especiais levou mais de um ano e o estúdio Rhytm & Hues teve de desenvolver novas técnicas para conseguir dar vida aos fantásticos animais e cenários da trama.
O resultado final é um verdadeiro colírio para os olhos e As Aventuras de Pi levou para casa os Oscar de Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Visuais e Melhor Trilha Sonora.
John Carter: Entre Dois Mundos
As aventuras de John Carter ganharam o mundo em 1912 e desde 1930 diversos cineastas tentaram adaptar a famosa série de livros para o cinema. No entanto, suas fantasiosas tramas sempre foram um entrave para a época.
Quando a Disney percebeu que a tecnologia para dar vida ao universo do personagem já estava disponível, não pensou duas vezes e decidiu investir na produção do filme.
John Carter: Entre Dois Mundos teve um orçamento de 250 milhões de dólares, mas mal conseguiu arrecadar seu próprio investimento em bilheteria.
Os produtores planejavam transformar o título em uma franquia, mas depois do fracasso do primeiro filme suas sequências foram canceladas e até mesmo o presidente da Disney, Rich Ross, foi obrigado a se demitir!
Gravidade
Quando Alfonso Cuarón apresentou o roteiro de Gravidade para a Universal, o estúdio percebeu o potencial da obra, mas julgava o projeto muito ambicioso para a época e decidiu engavetá-lo.
Apenas alguns anos mais tarde, Cuarón recebeu sinal verde para iniciar a produção. Tim Webber, responsável pela equipe de efeitos especiais de Gravidade, teve um duro trabalho, já que o filme teve um orçamento total de 100 milhões de dólares. Apenas para comparação, O Cavaleiro Solitário - que também concorreu ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais - teve um orçamento de 250 milhões de dólares.
Um dos maiores desafios foi simular o efeito de gravidade zero em um set de filmagens. Mesmo assim, a equipe conseguiu surpreender e Gravidade levou 7 Oscar para casa, incluindo o de Melhores Efeitos Visuais.
Jurassic Park
Dirigido por Steven Spielberg, Jurassic Park é uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Michael Crichton em 1990.
Logicamente, um dos maiores desafios do filme era apresentar os monstros jurássicos de forma convincente. Em 1993, a tecnologia de computação gráfica ainda não estava tão desenvolvida a ponto de dar vida aos dinossauros de maneira satisfatória.
Até o lançamento de Jurassic Park, todas as tentativas de se mostrar dinossauros no cinema haviam se demonstrado extremamente falhas. Spielberg surpreendeu ao utilizar animatrônicos para retratar os monstros. Os efeitos finais do filme foram feitos por nada menos que a Industrial Light & Magic, a mesma responsável por dar vida a Star Wars.
Com tanto empenho no filme, logicamente, o resultado não poderia ser outro senão um sucesso absoluto e um grande clássico dos cinemas.
Ensaio sobre a cegueira
Durante muitos anos, a obra do escritor português José Saramago foi considerada impossível de se adaptar para as telonas.
O próprio Saramago já havia recusado inúmeras propostas de grandes estúdios por acreditar que uma trama com tantas peculiaridades linguísticas e narrativas não funcionaria no cinema.
Mesmo assim, o brasileiro Fernando Meirelles conseguiu convencer o escritor e adquiriu os direitos de adaptação do livro.
Na adaptação, Meirelles abusa de enquadramentos desafiadores, planos complexos e uma fotografia nada convencional. Tudo isso para retratar a trama de uma misteriosa doença contagiosa que deixa as pessoas cegas.
Mais uma daquelas obras em que é impossível ficar em cima do muro.