12 filmes de artes marciais com cenas de ação de cair o queixo
12 filmes de artes marciais com cenas de ação de cair o queixo
De Jackie Chan à John Wick, veja por onde começar a ver o melhor da porradaria!
Filmes de ação são um dos gêneros mais duradouros do cinema, mas também um dos mais inconsistentes, especialmente nas grandes produções. É bastante raro encontrar blockbusters que realmente se dediquem a entregar porradaria honesta e de qualidade, recorrendo a efeitos visuais e muitos cortes para iludir o espectador a achar que algo está acontecendo.
Felizmente, há décadas há todo um segmento do audiovisual dedicado a fazer ação de alto nível. Para começar a mergulhar de cabeça nessa vertente do cinema de gênero, separamos abaixo 12 dos melhores filmes de luta já feitos!
A Câmara 36 de Shaolin (1978)
A Câmara 36 de Shaolin é um longa de Hong Kong onde vemos San Te, um jovem que vê seu grupo sendo brutalmente morto por um ataque Machu. Jurando vingança ele se refugia em um templo Shaolin e começa a se dedicar ao seu treinamento para conseguir enfrentar seus adversários.
A Câmara 36 de Shaolin se tornou um clássico cult pelos valores de produção de destaque para a época e sua história envolvente e bem construída. Mas claro, seu foco está na ação que pode não ser tão espetacular e grandiosa como outras produções da lista, mas seu foco no simples e gracioso kung-fu, traz cenas impressionantes.
Police Story - A Guerra das Drogas (1985)
Nascido em Hong Kong, Jackie Chan se tornou uma estrela mundial quando passou a estrelar produções em Hollywood, como A Hora do Rush (1998). É curioso notar que, apesar disso, nenhuma obra norte-americana realmente explorou o potencial do ator. Já os filmes que fez em Hong Kong e na China botaram o ator para suar, e não à toa o lançaram para o mundo.
Um dos melhores exemplos disso é a saga Police Story, em que Jackie Chan não só atua e faz todas as suas cenas de luta, como também escreve o roteiro e dirige. A saga é focada em Chan Ka Kui, policial de Hong Kong que tenta limpar seu nome após se acusado de assassinato. Aqui, Jackie Chan realiza toda a ação em planos abertos, com coreografias desafiadores que misturam boa porradaria com toques de humor pastelão. O que consagrou o ator não é sua impressionante habilidade física, mas sim o fato de que ninguém no cinema sabe apanhar tão bem quanto Jackie Chan.
Operação Dragão (1973)
Bruce Lee ficou conhecido como um dos grandes mestres das artes marciais, mas o ator infelizmente faleceu assim que sua carreira nos cinemas estava prestes a decolar. Seu último filme, porém, se tornou uma das obras mais influentes do gênero.
Operação Dragão não só exalta as habilidades e a sabedoria de Lee, que também auxiliou no roteiro além de protagonizar, mas também definiu muita da estética e dos elementos que hoje definem a imagem popular dos filmes de kung fu.
Bangkok Nocaute (2010)
Bangkok Nocaute é um filme Thailândes dirigido por Panna Rittikrai. Ele mostra um grupo de estudantes de artes marciais comemorando após vencer uma competição para participar de um filme em Hollywood. Após a grande comemoração vários dos garotos foram sequestrados por assassinos e agora Mr. Snead precisa resgatá-los.
A história do filme pode ser até bem simples, mas deixa espaço para suas brigas muito bem coreografadas e divertidas. O grande destaque é o uso de objetos e outros recursos durante as lutas, seja com coisas mais simples como pás e blocos de concretos e outros um pouco mais complexos como carros e pessoas em chamas.
Era Uma Vez na China (1991)
Outro nome de peso do mundo dos filmes de artes marciais é Jet Li, mas o ator é conhecido por uma outra vertente do gênero, uma mais fantasiosa. Era Uma Vez na China apresenta muito bem esse estilo de filme, que contrasta cenários históricos com lutas ousadas.
A trama acompanha Wong Fei Hung (Jet Li), um mestre das artes marciais que se revolta contra as invasões estrangeiras na Hong Kong do século 19 - mesmo que isso significa enfrentar armas de fogo com os próprios punhos.
Ong-Bak - Guerreiro Sagrado (2003)
É possível perceber que muitos dos filmes que se dedicam a entregar ação de qualidade são asiáticos. Isso se dá por conta de uma tradição de obras do tipo que surgiu em Hong Kong nos anos 1970, e se tornou um enorme sucesso comercial - tanto na Ásia quanto no resto do mundo. Logo, países como Tailândia entraram de cabeça na produção de gênero, e não há dúvidas que o Tony Jaa é o maior representante de lá.
Com cerca de 1,70m e corpo bastante magro, Jaa engana de cara, mas é só começar a lutar que demonstra seu enorme potencial e velocidade. O diretor Prachya Pinkaew percebeu isso, tirou o jovem da função de coordenador de coreografias e o colocou na frente das câmeras. O resultado é Ong-Bak - Guerreiro Sagrado, um intenso filme de porradaria sobre um guerreiro (Tony Jaa) enfrentando o submundo do crime apenas com o seu treinamento em muay thai.
O Protetor (2005)
Dois anos depois de Ong-Bak, Tony Jaa e Prachya Pinkaew repetiram a parceria em O Protetor. Os filmes tem premissas muito parecidas, de um guerreiro lutando contra criminosos para recuperar algo de valor. A ação, porém, aqui é ainda mais inventiva e ambiciosa.
Sabe como os filmes norte-americanos costumam picotar as cenas de luta para esconder a falta de prática de suas estrelas? Não é o caso aqui. Baste ver a cena acima: um grande plano sequência, com lutas em vários andares, rodado em plano aberto para mostrar toda a habilidade Jaa e dos dublês nas coreografias.
Kung-Fusão (2004)
Ação bem feita e comédia andam de mãos dadas. Além de Jackie Chan, outro nome que deixa isso bem claro é Stephen Chow, ator e diretor de Hong Kong que montou uma carreira a partir da junção do humor pastelão e de tretas honestas.
Uma de suas obras chegou a ficar popular na América Latina: Kung-Fusão. O longa de 2004 serve como uma paródia de filmes do gênero, ao mostrar um jovem que quer se juntar à uma gangue mas se vê na obrigação de defender o prédio em que mora dos criminosos. Apesar do humor altamente cartunesco, as lutas são absurdas e muito divertidas.
Operação Invasão 2 (2014)
Operação Invasão (ou The Raid), de 2011, rapidamente se tornou um dos melhores filmes já feitos por servir muita ação de bandeja. Sua continuação, Operação Invasão 2, consegue se superar com cenas de luta ainda mais frequentes e inventivas.
Estrelado por Iko Uwais, o maior nome dos filmes de ação nos dias de hoje, Operação Invasão 2 acompanha um policial que se infiltra em uma organização criminosa para derrubá-la por dentro. A jornada toda é marcada por algumas das brigas mais intensas do cinema recente.
A Noite Nos Persegue (2018)
Ao lado de Iko Uwais, quem vem ganhando força no cinema da Indonésia é Joe Taslim. O ator participou do primeiro Operação Invasão em 2011, e viveu Sub-Zero no filme de Mortal Kombat. Entre esses dois projetos, em 2018, Taslim novamente atuou ao lado de Uwais em A Noite Nos Persegue, da Netflix.
O filme, que narra um criminoso que decide se voltar contra a máfia, é um verdadeiro banho de sangue entre socos, facadas e todo tipo de violência gráfica. O longa não só consagra Joe Taslim como um astro de ação, capaz de segurar a barra como protagonista e ainda fazer suas próprias lutas, como também emplaca o nome de Timo Tjahjanto, diretor e roteirista que, após o sucesso do longa, foi contratado para dirigir o remake norte-americano de Invasão Zumbi.
O Grande Mestre (2008)
Se Bruce Lee foi uma das lendas das artes marciais, o que dizer então de seu mestre? A vida de Ip Man, como era conhecido, inspirou uma série de filmes chamada O Grande Mestre, que mostram a trajetória do mestre durante a invasão da China pelos japoneses. E quem atendeu a árdua tarefa de vivê-lo foi Donnie Yen.
Yen se tornou um dos maiores nomes do cinema chinês, com versatilidade para filmes de crime como Comando Final (2005), blockbusters dos EUA como Rogue One (2016), e também dramas históricos, como O Tigre e o Dragão: A Espada do Destino (2016). Em O Grande Mestre, é possível ver todo o seu talento e velocidade em ação.
John Wick 3: Parabellum (2019)
Hollywood não costuma prestar a mesma atenção à ação que os asiáticos, mas é injusto dizer que não há obras norte-americanas com porradaria bem feita. Quando se pensa em boas lutas, é difícil não lembrar de John Wick.
A franquia foi iniciada por Chad Stahelski e David Leitch, dupla de dublês que passou a dirigir seus próprios filmes. O resultado é carinho enorme por boas coreografias e ação sem muitos cortes. Para estrelar, não poderia ser ninguém menos que Keanu Reeves.
O ator é capaz de tudo, do drama à comédia, mas graças ao seu passado em Matrix (1999), em que aprendeu a arte do gun fu (artes marciais com armas de fogo), Reeves entra confortavelmente no papel do assassinos de aluguel com uma enorme reputação que se vê tirado da aposentadoria após a morte de seu cachorro. Cada filme fica progressivamente mais intenso, com lutas ainda melhores. A recomendação é assistir tudo, mas o destaque fica para o terceiro longa, que acerta o equilíbrio entre estilo e brigas divertidas.