As 11 melhores adaptações de videogames para o cinema ou TV

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As 11 melhores adaptações de videogames para o cinema ou TV

Por Arthur Eloi

É uma tradição comum de Hollywood adaptar livros para filmes e séries. Recentemente, HQs também encontraram seu lugar nas telas. Já os videogames são um caso um pouco mais complicado, com um longo histórico de obras questionáveis e objetivamente ruins. Isso está mudando aos poucos, especialmente agora que estamos entrando na era das adaptações de games.

Com uma avalanche de obras planejadas para os próximos anos, listamos as melhores adaptações de games para o cinema e TV até agora!

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Terror em Silent Hill (2005)

Adaptações de jogo nunca foram bem vistas, e foi só nos últimos anos que elas começaram a dar certo, aparentemente. Infelizmente, a história não foi justa ao julgar todas as produções dos anos 2000 como porcarias, e Terror em Silent Hill (2005) é injustamente confundido com uma adaptação medíocre.

Ainda que seja um filme com muitos problemas, o longa é uma adaptação sólida da atmosfera e da estética do clássico da Konami que traumatizou gerações no PS1. Além disso, oferece uma versão resumida de todos os conflitos religiosos que atormentam a cidade macabra. Não é um longa excelente, mas é uma boa pedida para ver mais do mundo da franquia. Só faça questão de passar longe da continuação, Silent Hill: Revelação (2012). Essa aí é ruim mesmo.

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Sonic - O Filme (2020)

Possivelmente o último filme que muita gente viu antes da pandemia começar e fechar as salas de cinema. Por sorte, é um ótimo filme - algo que acaba até sendo um pouco surpreendente. Sonic - O Filme nasceu em polêmicas graças ao visual horroroso do personagem no primeiro trailer, e entrou em um certo limbo de desenvolvimento enquanto a equipe de efeitos visuais redesenhava o personagem.

No fim das contas, tudo deu certo. O Ouriço Azul é fofo, ainda mais com a atuação de Ben Schwartz (Parks and Recreation) no idioma original, e estrela uma carismática jornada de amadurecimento frente à ameaça imposta por perverso Robotnik, vivido por Jim Carrey.

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Detetive Pikachu (2019)

Levar Pokémon para as telas é um enorme desafio, e a grandeza da tarefa só torna ainda mais interessante a elegante saída que Detetive Pikachu tomou ao se focar no universo ao invés de adaptar algum jogo em específico (ainda que, sim, exista um game do Detetive Pikachu).

Aqui, o jovem Tim (Justice Smith) acaba esbarrando em uma conspiração quando tenta se reencontrar com seu pai e descobre que ele está desaparecido. Investigando o caso, está ninguém menos que… um Pikachu - com a voz de Ryan Reynolds (Deadpool), ainda por cima. Detetive Pikachu não só apresenta um mundo cativante e uma trama sólida, como também conquista pelo visual excelente das criaturas, que brilham na telona com efeitos impressionantes sem perder o visual cartunesco dos games.

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Arcane (2021)

É comum imaginar live-action quando se pensa em adaptações, mas animações também precisam ser levadas em conta. Em 2021, a Riot Games redefiniu o padrão para a categoria com Arcane, uma impressionante série animada ambientada no universo de League of Legends.

O universo de LoL sempre foi muito interessante, e seus vídeos promocionais mostravam o seu potencial. Arcane realiza todas essas promessas ao narrar uma história dramática, com momentos de tensão pura e uma animação de encher os olhos.

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Mortal Kombat (1995)

Quando se trata de adaptações de games, Paul W.S. Anderson é persona non-grata pelo o que fez com Resident Evil (mais sobre isso em breve). Acontece que, em 1995, ele entregou uma excelente farofada com Mortal Kombat.

É complicado chamar o filme de adaptação visto que, na época, o game de luta tinha uma trama rasa e funcional. À partir de premissas simples, o cineasta construiu um filme sem medo de ser brega, altamente divertido e cheio de momentos icônicos que, inclusive, ajudaram a moldar vários dos personagens nos jogos seguintes, como Kano e Johnny Cage.

Mortal Kombat é o puro suco da tosqueira noventista, e não poderia ser melhor.

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Uncharted (2022)

Franquia da Naughty Dog, Uncharted é simultaneamente a escolha óbvia e a última opção para virar filme, visto que os próprios jogos já são altamente cinematográficos em sua apresentação. De qualquer forma, a Sony Pictures escolheu a saga de Nathan Drake para encabeçar uma investida nas adaptações, e o resultado é um filme de aventura bastante divertido.

Com Tom Holland (Homem-Aranha) como protagonista, Uncharted cria sua própria versão da história do explorador Nathan Drake em busca de um tesouro grandioso com ligações à sua família. O filme adapta momentos icônicos dos games, e também se aproveita do carisma de seu ator principal.

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Tomb Raider: A Origem (2018)

Durante os anos 2000, a exploradora Lara Croft ganhou dois filmes protagonizados por Angelina Jolie, que conquistaram um público sólido apesar de serem considerados adaptações ruins. Já em 2018, a personagem ganhou um reboot nas telonas com Tomb Raider, inspirado pelo reboot da franquia nos games que se iniciou em 2013.

Dessa vez, Alicia Vikander (Ex Machina) assume o papel da protagonista, e a obra acompanha sua ascensão como exploradora ao partir em busca de seu pai desaparecido. O longa replica com precisão vários momentos marcantes do game, mas também entrega boas cenas de ação e apresenta um universo interessante que será desenvolvido em uma continuação, que terá direção de Misha Green, a criadora de Lovecraft Country.

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Um Lobo Entre Nós

O melhor cenário para qualquer adaptação - seja de games, livros ou HQs - é quando não há expectativa alguma, certo? Esse talvez seja o maior triunfo de Um Lobo Entre Nós, uma divertidíssima comédia de terror que muita gente sequer sabe que é baseada em um game da Ubisoft.

O game, originalmente lançado em 2016, traz uma vila sendo atacado por um lobisomem infiltrado entre os jogadores, e cabe ao grupo investigar para descobrir quem é o monstro, ao melhor estilo Cidade Dorme/Máfia/Noite Na Vila/Among Us. O filme se inspira nessas mecânica para criar um whodunit em que um grupo preso em uma pousada precisa correr para descobrir quem é o monstro entre eles.

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Halo

Videogames não costumam ser adaptados em séries de TV. É muito mais comum que as obras tentem ir para o cinema antes de escolherem a telinha. Após décadas preso no limbo de desenvolvimento como filme, Halo enfim optou por tentar virar série de TV - e o resultado deu bem certo.

Produzido por Steven Spielberg, o seriado se inspira no universo expandido do game mas cria sua própria versão dos eventos, girando em torno do supersoldado Master Chief descobrindo a verdade sobre sua criação. A série ainda está sendo disponibilizada pelo Paramount+, mas seus primeiros episódios são carregados de potencial, e deixam uma impressão otimista para o futuro dos games na TV.

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Castlevania

Já faz alguns bons anos que a Konami não trata Castlevania com o devido respeito que a franquia merece nos games. Felizmente, a série da Netflix surge para suprir a carência dos fãs ao adaptar o universo dos jogos em uma animação adulta e violenta.

Com traço inspirado em animes, Castlevania explora a eterna luta entre bem e o mal, simbolizada pelo Clã Belmont na cola do impiedoso Drácula. Com quatro temporadas e alguns derivados em desenvolvimento, a série é um prato cheio de sangue e lutas intensas para os fãs de uma das maiores franquias da história dos jogos.

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Resident Evil: O Hospedeiro Maldito (2002)

Certo, alguém precisa falar: o primeiro filme de Resident Evil é bom - talvez até ótimo. Como adaptação da saga da CAPCOM? Talvez não, mas é um longa bastante divertido, único e memorável, ao ponto de até mesmo influenciar os jogos durante a década de 2000.

A franquia de Paul W.S. Anderson perde a mão em sua reta final, mas é difícil negar que o primeiro filme apresenta uma adaptação muito interessante da saga de survival horror. Afinal, os jogos de Resident Evil são altamente inspirados por filmes B, então faz sentido ter uma obra questionável como sua melhor representante. Aliás, é o melhor exemplo de que fidelidade nem sempre é tudo.

O filme dos anos 2000 é cheio de liberdades criativas, como a protagonista badass Alice (vivida por Milla Jovovich), mas acaba tendo muito mais personalidade que, por exemplo, Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City, filme de 2021 que prezou pela fidelidade aos jogos. É hora de largar o apego de fã no passado, e exaltar o filme de Resident Evil pela sua ação frenética, pelas suas criaturas nojentas, e pelo seu enorme charme tosco de blockbuster dos anos 2000.