11 lições que filmes baseados em HQs podem aprender com Guardiões da Galáxia!

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11 lições que filmes baseados em HQs podem aprender com Guardiões da Galáxia!

Por Fernando Maidana

Guardiões da Galáxia foi uma grata surpresa. Agora, estamos na estreia do Segundo Volume e o filme continua deixando os fãs cada vez mais apaixonados.

Confira algumas lições que outras adaptações podem aprender com o sucesso de Senhor das Estrelas e seus amigos.

Imagens: Divulgação

Use a trilha sonora ao seu favor!

Sem entrar no mérito de Esquadrão Suicida ter sido um filme bom ou ruim, um dos aspectos em que a produção mais pecou foi a trilha sonora.

Não estamos dizendo que as escolhas das músicas foram ruins. Na verdade, é justamente o contrário.

A Warner montou uma trilha sonora de respeito com grandes clássicos, versões de músicas consagradas e top hits nas paradas de sucesso atual.

O problema é que tudo parecia muito mal encaixado.

As músicas eram jogadas em meio às apresentações dos personagens e tudo parecia um clipe gigantesco, onde não conseguíamos apreciar o sentimento das canções, mas simplesmente assistir uma sequência de imagens com uma trilha muito boa.

Utilizar músicas consagradas é um passo aparentemente fácil para conquistar o público, mas se isso não for feito de maneira adequada pode acabar jogando contra o próprio filme.

Não leve tudo tão à sério!

Apesar do sucesso da trilogia do Cavaleiro das Trevas, a maioria dos filmes de super-herói tem apostado em uma pegada mais leve para levar adiante sua trama. Mesmo que filmes como Homem de Ferro e Vingadores ainda precisassem de uma trama mais sólida, acabaram inserindo algumas pitadas de humor entre as cenas.

Quando seus protagonistas incluem um Guaxinim do espaço e uma árvore “falante”, você precisa fazer com que o carisma desses personagens funcionem de uma maneira quase absurda. James Gunn conseguiu fazer isso, havia diversão por todo lado, o que fez com que o filme funcionasse muito bem.

Logicamente, a mesma visão não combinaria com Capitão América: O Soldado Invernal, mas, talvez, o humor seja uma maneira de se introduzir novos personagens e trabalhar sua identificação com o público.

Nós vimos o mesmo acontecer com Homem-Formiga e comprovamos que isso realmente dá certo!

Momentos fofinhos!

Isso pode ter desagradado muitos fãs do "Monarca" do Planeta X, mas o bebê Groot dançando é um dos pontos altos do filme e um dos maiores trunfos de Guardiões da Galáxia.

Lembre-se como Big Hero 6 também apostou em traços mais agradáveis e fofinhos. Isso também faz com que o público se identifique com os personagens.

Não estamos dizendo que o Batman precisa usar branco e o Superman tem que ser Kawaii, mas se houver alguma maneira de fazer com que os espectadores se apaixonem pelo personagem, por que não lançar mão desse artifício?

Tenha um roteiro incrível e grandes personagens de apoio!

Apesar de parecer meio óbvio, podemos ver como filmes que tinham tudo para dar certo, como Demolidor e Lanterna Verde, acabaram pecando no aspecto mais importante: o roteiro!

Filmes como O Soldado Invernal, Dias de um Futuro Esquecido, O Cavaleiro das Trevas, são exemplos de roteiros que conseguiram ser fieis às suas propostas e agradaram ao público em geral.

Percebam como não há sequer uma grande cena memorável em Elektra, uma frase que fique na cabeça dos fãs, enquanto praticamente todo o filme dos Guardiões da Galáxia se transformou em meme pela internet afora.

Escolher os personagens de apoio certos e trabalhá-los de maneira que contribuam para a história é essencial para que os protagonistas consigam se desenvolver da maneira correta em cena.

O filme não precisa terminar com uma batalha de 45 minutos!

Muitos filmes de super-heróis – e de ação – sofrem desse mal.

Apesar de ainda haver uma batalha contra o grande vilão no final do filme, Gunn conseguiu quebrar a fórmula da Marvel de uma maneira inusitada.

Além disso, o filme continuou com seu humor característico, mesmo durante as cenas finais.

Ouse mais!

Quando a Marvel anunciou que faria um filme dos Guardiões da Galáxia, a grande maioria se perguntou: “Quem?”

A fórmula se repetiu com Homem-Formiga. A maioria do público zombando e questionando se o grande vilão do filme seria o Homem-Tamanduá.

E agora? Essas mesmas pessoas já estão roendo as unhas de ansiedade pela continuação do filme.

Usar cenários de verdade em vez de CG!

Obviamente, há uma quantidade gigantesca de computação gráfica e telas verdes em Guardiões da Galáxia, mas James Gunn prezou por construir o máximo de cenários físicos que fosse possível.

Eles são muito mais convincentes e costumam combinar muito mais com os personagens e elementos dispostos em cena. Pode dar mais trabalho e até mesmo sair mais caro, mas o resultado sempre vale a pena!

Cores!

Você provavelmente deve se lembrar que Guardiões da Galáxia é um dos filmes mais coloridos da Marvel.

Enquanto clássicos do sci-fi como Blade Runner e Alien prenderam-se a um visual mais sombrio e obscuro, Guardiões da Galáxia foi um manifesto de James Gunn às cores no cinema.

Tudo era extremamente colorido, tons de amarelo, roxo e verde, que dificilmente são utilizados nas telonas, deram as caras e ajudaram a compor uma das fotografias mais belas da Marvel.

A fórmula se repetiu de forma mais discreta em Capitão América: Guerra Civil e voltou a ser utilizada no recente Doutor Estranho.

É interessante notar como as cores ajudam a tornar as cenas ainda mais incríveis quando falamos de um filme místico ou espacial.

Esqueçam as sequências!

Parece estranho falar isso logo agora que o trailer da sequência do filme foi liberado, mas em nenhum momento Guardiões da Galáxia se prendeu em ser um filme de ligação.

Se analisarmos, Capitão América: O Primeiro Vingador e Thor foram alguns dos filmes com maior número de críticas e menores bilheterias do Universo Cinematográfico Marvel.

Isso pode ser explicado pelo fato dos filmes terem sido construídos para inserir novos elementos que culminariam em Os Vingadores e acabaram deixando de lado a experiência de se assistir a um grande filme nos cinemas.

Por mais que Guardiões da Galáxia também tenha introduzido elementos importantes para o Universo Cinematográfico Marvel como um todo, o filme funciona perfeitamente de maneira isolada. Os fãs não ficaram com aquela impressão de:

“Ah! Não foi muito bom, mas vai fazer sentido lá na frente!”

Hoje em dia, todos os filmes são construídos pensando em uma sequência e isso acaba prejudicando o desenvolvimento da trama nas telonas.

Guardiões da Galáxia provou que, às vezes, vale a pena correr riscos por algo mais importante e que os filmes não precisam ser construídos apenas para se aumentar o catálogo dos estúdios, mas devem ser uma experiência brilhante por si só.