11 filmes de terror para assistir antes de “Nós”!
11 filmes de terror para assistir antes de “Nós”!
Para já ir preparando o psicológico!
Em pouco mais de uma semana, retornaremos ao cinema para assistir um dos filmes de terror mais aguardados do ano, o misterioso Nós, novo filme de Jordan Peele, que mostrou a que veio em 2017 com o aclamado Corra!. Mesmo com alguns comerciais já lançados, não temos a mínima ideia sobre o que o filme fala exatamente.
Contudo, Peele preparou uma lista com dez filmes de horror e apresentou para o elenco do longa – especialmente Lupita Nyong’o, que é a protagonista da trama. E para já ir preparando nossa cabeça (e especulando sobre qual perversão Peele pode trazer para as telas), falamos um pouco sobre esses dez filmes – e mais um que deve ser assistido antes de Nós.
Créditos: Divulgação
Os Pássaros (The Birds, 1963)
Abrimos nossa lista com um clássico do suspense/horror. Os Pássaros é um dos filmes mais populares da carreira de Alfred Hitchcock, e fala sobre uma repentina manifestação de aves, que começam a atacar seres humanos de forma brutal e assustadora. No meio disso, uma socialite precisa correr para salvar sua própria vida.
O longa pode conter algumas similaridades com Nós no que diz respeito à presença descontrolada de animais considerados "mansos". Se aqui temos aves, no novo filme de Jordan Peele, são coelhos - cuja presença só saberemos com certeza ao assistir ao filme. Isso também contribui para os vários comentários de que Peele pode ser o Hitchcock dessa geração.
O Iluminado (The Shining, 1980)
Vagamente baseada no livro icônico de Stephen King, a história de O Iluminado nos leva ao Hotel Overlook, onde Jack Torrance e sua família passam o período de baixa temporada, para conseguirem um dinheiro extra. Contudo, aos poucos os três começam a ser assombrados pelos fantasmas e entidades que habitam o hotel amaldiçoado.
Stanley Kubrick é outro gênio do cinema, e sua primeira - e única - imersão no gênero do horror nos trouxe um clássico atemporal - por mais que fãs do livro rejeitem por completo o filme. Aqui, a simples ideia de uma família que aos poucos se vê à beira da loucura por conta da ação de forças externas já é o suficiente para termos a ligação com a trama de Nós.
Voltar a Morrer (Dead Again, 1991)
Dirigido e protagonizado por Kenneth Branagh - o Professor Lockhart de Harry Potter e a Câmara Secreta - este longa é sobre memórias perdidas, segredos enterrados e conexões de vidas passadas. Voltar a Morrer fala sobre um investigador particular que começa a pesquisar sobre a vida de uma mulher que ressurgiu do nada, sem memórias de seu passado.
Contudo, quanto mais investiga sobre essa mulher, mais ele começa a perder a cabeça, já que os dois aparentemente possuem alguma conexão relacionada à sua vida passada. Ainda não temos ideia sobre como esse filme pode se ligar à trama de Nós, mas talvez o conceito de memórias esquecidas e uma vida secreta pode justificar os doppelgangers malignos que atacam a família.
Violência Gratuita (Funny Games, 1997)
Michael Haneke é um lendário cineasta, cuja obra sempre encontra uma forma de nos surpreender. Em Violência Gratuita, vemos uma família refém de dois garotos sinistros, que aos poucos começam a fazer um jogo brutal para assassinar todos os presentes, enquanto fazem todos enlouquecer com diálogos bem peculiares.
Considerando que Nós também conta com uma família sendo perseguida e assustada por versões malignas deles mesmos, a conexão com esse filme já se faz mais óbvia. Curiosidade: o próprio Haneke fez o remake americano de seu filme, com medo de que sua obra fosse deturpada para se encaixar nos padrões de Hollywood.
O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999)
Embora M. Night Shyamalan tenha passado por maus bocados, lançando filmes como O Último Mestre do Ar, Fim dos Tempos e Depois da Terra, precisamos lembrar que o cineasta indiano, em 1999, teve uma estreia surpreendente graças a O Sexto Sentido, filme onde um psicólogo pediátrico ajuda um menino com o dom de ver os mortos.
O longa surpreendeu a todos, mas ainda não sabemos qual conexão poderia ter com Nós - a não ser, é claro, que os doppelgangers, ao final, sejam versões mortas dos protagonistas. Outra suposição é que o filme deve ter um grande plot twist escondido - como é marca-registrada de Shyamalan desde o lançamento de O Sexto Sentido.
Medo (Janghwa, Hongryeon; 2003)
Um clássico imperdível para quem adora filmes de casas assombradas, Medo é sobre uma família que começa a sentir as repercussões de eventos brutais. Uma recomendação: fuja do remake norte-americano, batizado de O Mistério das Duas Irmãs, que perde bastante do aspecto psicológico para se focar em sustos baratos.
No que diz respeito a Nós, nós realmente não conseguimos nem imaginar o que isso quer dizer, ainda mais levando em conta que o novo filme de Jordan Peele não parece ter nenhum aspecto relacionado a fantasmas. Contudo, já percebemos uma sequência interessante aqui: a maioria dos filmes são sobre famílias degradadas por acontecimentos muito apavorantes.
Mártires (Martyrs, 2008)
Dirigido por Pascal Laugier como parte do neo-extremismo francês, Mártires é um filme cuja trama se desenvolve como uma boneca russa, cheia de camadas que vão sendo reveladas aos poucos. Na superfície, é a história de uma mulher que busca vingança contra as pessoas que a sequestraram quando era criança, e torturaram ela e uma amiga.
Controverso, polêmico e com uma brutalidade ausente em filmes de terror conceituados, o longa é uma lenta descida ao inferno que conta com um plot twist arrasador e, ao mesmo tempo, tocante. É um filme feito apenas para quem tem o coração forte, e pode ser uma das inspirações para a violência presente em Nós que, segundo os críticos, é um filme bem sanguinário.
Deixa Ela Entrar (Låt den rätte komma in, 2008)
Drama/horror sueco de 2008, Deixa Ela Entrar é um filme que consegue ser, ao mesmo tempo, sangrento e alentador. É essencialmente um filme de vampiros, mas bem diferente do que estamos habituados. Aqui, conhecemos Oskar, um menino solitário e vítima de bullying, que encontra conforto e vingança em Eli, uma menina com segredos assustadores.
O longa, à primeira vista, parece não ter nenhuma conexão com a nova obra de Jordan Peele, mas talvez podemos citar o ambiente e os temas que ele aborda nas entrelinhas como elementos que podem estar agregados a Nós. De qualquer forma, é um filme excelente - que também teve um remake norte-americano, protagonizado por Chloë Grace Moretz.
O Babadook (The Babadook, 2014)
Dando continuidade à sequência de filmes que falam sobre famílias, não podemos deixar de fora uma das maiores recomendações de Jordan Peele, o premiadíssimo O Babadook, que é sobre uma mãe que tem que criar seu filho sozinha, e aos poucos se vê nas garras de um monstro que parece ter saído de um livro infantil bizarro.
Um filme que mescla muito bem aspectos de drama e horror, o longa é uma grande metáfora para a depressão. O clima soturno e a relação tumultuada entre a mãe e seu filho servem de pano de fundo para uma história densa e cheia de simbolismos. É um baita filme, que deve inspirar Nós por conta de seu tom metafórico e simbólico.
Corrente do Mal (It Follows, 2015)
Um queridinho de festivais e grande obra do horror indie dos últimos anos, Corrente do Mal parte de uma trama inusitada: através do contato sexual, as pessoas passam a ser perseguidas por uma assombração inexplicável, e precisam "passá-la adiante" para evitarem uma morte sombria e brutal.
Basicamente um longa conscientizador sobre DSTs, Corrente do Mal consegue construir uma atmosfera sinistra e enclausurante, que aos poucos cresce de uma forma avassaladora, enquanto os jovens precisam correr para evitar a criatura transmorfa que pode assumir a forma de qualquer um, em qualquer lugar.
Corra! (Get Out, 2017)
Para finalizar, é óbvio que teríamos que recomendar Corra!, a estreia diretorial de Jordan Peele. O longa conta a história de um homem negro que viaja para conhecer a família de sua namorada. Lá, ele se depara com acontecimentos bizarros que podem dar fim à sua sanidade - e até mesmo à sua vida.
Corra! é um horror, mas também é uma história satírica, que analisa as condições sociais da população negra nos Estados Unidos. É um filme que, apesar de todas as camadas insanas, é assustadoramente real. O longa foi o primeiro filme de horror indicado ao Oscar de Melhor Filme desde O Silêncio dos Inocentes.