Em vigésimo lugar, temos um dos lançamentos mais recentes da Walt Disney Animation Studios, mas que já foi abraçado pelos fãs como um dos longas mais importantes da história do estúdio. Moana: Um Mar de Aventuras nos leva para o coração do Oceano Pacífico, onde acompanhamos uma jovem garota que precisa salvar seu povo de uma catástrofe iminente.

Repleto de homenagens e tributos à cultura Maori, o filme de John Musker, Ron Clements, Don Hall e Chris Williams se tornou um sucesso e já está na linha para ganhar um remake live-action, que será estrelado por The Rock (reprisando o papel do semideus Maui). Além disso, ele recebeu 2 indicações ao Oscar no ano posterior ao seu lançamento.

Lançado em 1951, Alice no País das Maravilhas foi como a concretização de um sonho para Walt Disney, que há anos sonhava em adaptar o livro homônimo de Lewis Carroll para as telas de cinema. Contando a história de uma jovem menina que se perde em um mundo fantástico após perseguir um coelho branco apressado, o filme se tornou um baita clássico.

Conhecido pelos seus visuais psicodélicos e por sua narrativa non-sense, o longa acabou apresentando alguns dos personagens mais icônicos da história do estúdio, como a própria Alice, o Chapeleiro Louco, a cruel Rainha de Copas e o sinistro Gato de Cheshire. O filme ainda ganhou um semi-remake em live-action, dirigido por Tim Burton.

Poucos romances são tão comoventes e emocionantes quanto o que vemos em A Dama e o Vagabundo, um dos longas mais bonitos do estúdio. O filme narra a história do encontro entre uma cocker spaniel dondoca e um terrier de rua. Desenrolando-se como uma versão animalesca de Romeu e Julieta, o filme explora o romance entre os dois cãezinhos.

Cheio de imagens icônicas - quem não lembra dos dois doguinhos comendo espaguete e se beijando? -, o longa dirigido por Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wilfred Jackson acabou se tornando um clássico para os fãs, e ainda que sua popularidade tenha decaído com o tempo, é o tipo de filme que vale a pena redescobrir e revisitar.

Com direção de Bryon Howard e Rich Moore - dupla responsável por diversos lançamentos recentes do estúdio -, Zootopia é um exemplo de como a troca criativa com a Pixar foi benéfica para a Disney. Aqui, somos apresentados a um mundo de animais antropomórficos, onde todos precisam conviver bem na cidade de Zootopia.

Esse é só o pano de fundo para um mistério policial que envolve ataques bem coordenados de predadores contra presas indefesas, fazendo com que Judy Hopps, detetive novata da polícia de Zootopia, tenha que unir forças com o malandro Nick Wilde. Juntos, lebre e raposa devem descobrir o que está por trás de toda a conspiração.

Os anos 60 trouxeram uma nova mudança de ares para a Disney, graças ao lançamento de animações cada vez mais ousadas e originais. Um exemplo de peso é A Espada Era a Lei, reimaginação moderna dos mitos e lendas do Rei Arthur - que aqui, é representado como um jovem menino que se une ao Mago Merlin para conhecer mais do mundo.

Repleto de momentos brilhantes e muito carismático por si só, o filme faz um grande trabalho de caracterização e design, apostando fundo na estética do anacronismo - algo que seria aperfeiçoado alguns anos depois, em Aladdin. É outro longa que pode passar despercebido na lista de clássicos do estúdio, mas que vale a pena revisitar.

Após a morte de Walt Disney, o estúdio encontrou vários problemas para se reerguer. No entanto, tudo mudou em 1989, quando A Pequena Sereia deu início à fase que hoje conhecemos como a Renascença da Disney. O longa conta a bela história de Ariel, uma jovem princesa do fundo do mar que sonha em viver na superfície.

Dirigido por John Musker e Ron Clements, o filme abriu as portas para o período mais célebre da história do estúdio, e ainda nos presentou com um dos melhores trabalhos musicais do cinema, cortesia de Alan Menken, um nome que se tornaria cada vez mais forte dentro do estúdio. Em 2023, o filme ganhou seu próprio remake live-action, estrelado por Halle Bailey.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Disney voltava a se estabelecer como o maior estúdio de animação em atividade e lançava Cinderela, longa que inaugura a chamada "Era de Prata" da empresa. Adaptando o clássico conto de fadas, o filme foi dirigido pelo trio Wilfred Jackson, Clyde Geronimi e Hamilton Luske.

Conhecido por reinserir o senso de magia e encanto aos filmes da Disney, o longa acabou sendo abraçado pelos fãs com o passar das décadas, ganhando duas sequências direto para DVD e um remake em live-action. Também vale lembrar que o Castelo da Cinderela estampa o logo do estúdio, além de ser um dos cartões-postais da Disneylândia.

Um dos últimos filmes em animação tradicional produzido pela Disney, A Princesa e o Sapo é um grande marco na história do estúdio, sobretudo ao ser o primeiro longa-metragem protagonizado por uma princesa negra, o que abriu as portas para muitas discussões e debates acerca de representatividade e o papel social da Disney em um mercado global.

O longa de John Musker e Ron Clements acerta ao contar a história de Tiana, uma jovem mulher com grandes sonhos que se vê envolta em uma conspiração ao conhecer um sapo que, na verdade, é um príncipe. Esse é só o ponto de partida para uma história de autodescobrimento, com elementos da cultura de Nova Orleans bem detalhados, assim como o voodoo.

Esse ano completa uma década, mas se você perguntar para qualquer pai que teve criança pequena ao longo dos últimos anos qual foi a música que mais o aterrorizou nesse período, grandes chances da resposta ser Let it Go (ou Livre Estou, na tradução brasileira), tema de Frozen, talvez o maior e mais poderoso sucesso recente na história da Disney.

Isso talvez seja um dos atestados mais evidentes da influência e fama de uma animação na história do cinema, e vale lembrar que o filme quebrou diversas das "regras" da Disney com base em seu sucesso - por exemplo, é uma das poucas animações a ganhar uma sequência lançada para os cinemas. Agora, há rumores de que o estúdio pode estar desenvolvendo um terceiro filme e até um live-action.

Muito antes do Thor tomar conta do Universo Cinematográfico da Marvel, a Disney já tinha uma divindade para chamar de sua. Em 1997, Hércules chegava aos cinemas em uma animação dirigida por John Musker e Ron Clements, adaptando elementos da mitologia grega através da perspectiva do semideus mais famoso do mundo.

O longa é tão lembrado por suas músicas - compostas por Alan Menken - como por seu estilo de animação único, que emula arte em cerâmicas gregas. Destaque para a concepção visual dos personagens, que nos entregou figuras inesquecíveis como o próprio Hércules, Mégara e, é claro, Hades em todo o seu esplendor maníaco.

Lançado em 1992, Aladdin foi um grande sucesso para o estúdio - tanto que até hoje a Disney colhe os frutos dessa bonança, seja através do live-action de 2019 ou todos os produtos licenciados que se vende aos montes até hoje. Na trama, acompanhamos a história de um ladrão que, após achar uma lâmpada mágica, desperta um Gênio que realiza seus desejos.

Através desse poder, ele consegue se infiltrar no palácio do Sultão, onde se apaixona por Jasmine, a princesa do reino. Porém, Aladdin também se põe em risco ao cair nas garras de Jafar, um vizir com propósitos obscuros e macabros. Destaque para as canções de Alan Menken, que até hoje são entoadas pelos fãs com muito carinho e afeto.

Outra pérola da Renascença Disney, Mulan saiu em 1998, adaptando um famoso poema chinês sobre uma mulher que precisa se passar por um homem para salvar a China e a honra de sua família. Primeiro e único longa de Barry Cook e Tony Bancroft para o estúdio, o longa foi um sucesso crítico e comercial, arrecadando mais de US$ 300 milhões mundialmente.

Com vozes de Ming-Na Wen e Eddie Murphy no original, o filme se tornou muito querido entre os fãs, com Mulan se tornando tão icônica que atingiu o posto de Princesa Disney sem necessariamente ser uma Princesa - um atestado para sua popularidade e para a força da marca. Até hoje, Mulan continua inspirando e cativando gerações novas de fãs.

Outra pérola marcante na fase da Renascença Disney, O Corcunda de Notre-Dame é uma adaptação bem singela para a obra homônima escrita por Victor Hugo, e que até hoje arranca arrepios do público graças ao seu trabalho belíssimo de animação e pelas suas canções originais compostas por Alan Menken.

Na trama, acompanhamos o dia-a-dia de Quasímodo, um corcunda que mora no topo da Catedral de Notre-Dame, e que se envolve em um jogo de poder e conspiração ao lado da cigana Esmeralda e do Juiz Inquisidor Claude Frollo. O filme ainda toca em diversos pontos importantes sobre liberdade, tolerância e respeito ao próximo.

Primeiro longa-metragem da Walt Disney Animation Studios, Branca de Neve e os Sete Anões guarda um cantinho especial no coração dos fãs até hoje, mais de oitenta e cinco anos após seu lançamento. O longa apresentou ao mundo a primeira Princesa Disney, na adaptação de um popular conto de fadas.

Com direção de David Hand, Perce Pearce, William Cottrell, Ben Sharpsteen, Wilfred Jackson e Larry Morey, a obra tornou-se um pináculo na história da animação e ainda rendeu um Oscar honorário para Walt Disney em 1939. Vale ressaltar que o longa ganhará um remake live-action no próximo ano, estrelado por Rachel Zegler e Gal Gadot.

Os anos 2000 foram um tanto quanto controversos para o estúdio, graças a um ou outro fracasso comercial. Apesar disso, foi uma era de experimentos, tanto narrativos quanto estéticos, o que por sua vez acabou dando vida às animações mais ousadas do estúdio. Lilo & Stitch é um ponto alto em todo esse período.

Lançado em 2002, o longa nos conta a história de uma jovem garota havaiana que vive junto de sua irmã mais velha e acaba adotando, como novo pet, um alienígena atentado perseguido por autoridades de toda a galáxia. O que de início parece ser um surto completo acerta em cheio ao tratar de temas tão universais quanto amor, família, sacrifício e laços humanos.

Um longa muito curioso no desenvolvimento da Disney, Fantasia foi a primeira de uma série de antologias animadas do estúdio, mas com um baita diferencial em relação às suas sucessoras: o longa combinava animação e música para criar um experimento sinestésico, com diversas composições clássicas acompanhando segmentos bonitos e brilhantemente detalhados.

Sem ter uma lógica narrativa como outros da lista, o filme funciona mais para ilustrar a animação como uma nova forma de arte, que aliada às demais, dava origem a sentimentos profundos. Infelizmente, graças ao advento da Segunda Guerra Mundial, o longa foi um fracasso financeiro - mas seu legado perdura, ainda mais através da sequência Fantasia 2000.

Se A Pequena Sereia já havia mostrado ao mundo o que a Disney estava disposta a fazer com suas animações, A Bela e a Fera veio para coroar um período muito próspero para o estúdio, que seria seguido graças a filmes como os já citados Hércules, Mulan e O Corcunda de Notre-Dame. Porém, poucos conseguem superar a genialidade do clássico de 1991.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme - um dos raríssimos filmes animados a conquistar tal feito - o longa nos apresenta a icônica história de Bela, uma jovem garota que se vê refém no castelo de uma Fera selvagem, apenas para descobrir que por trás de um rosto tão cruel, existe uma alma gentil e muito dócil.

Abrindo nosso pódio está o segundo longa produzido pela Disney, a bela e tocante adaptação de Pinóquio, vagamente baseado no personagem da literatura italiana criado por Claudio Collodi. Lançado em 1940, o filme foi um fracasso comercial na época de seu lançamento, mas conquistou a crítica e ainda levou para casa dois Oscars em 1941.

Na trama, acompanhamos a criação e desenvolvimento de Pinóquio, um boneco de madeira que ganha vida e sonha em se tornar um menino real. O problema é que ele se mete em várias confusões e arrisca sua vida e a própria moral. Tido até hoje como uma das produções mais refinadas da Disney, o filme continua polido e irretocável em nossas memórias.

Um dos projetos mais passionais da carreira de Walt Disney, a adaptação animada de A Bela Adormecida levou quase uma década para ser feita e tornou-se o filme mais caro do estúdio até então. Parte disso está no próprio visual, já que a Walt Disney Animation Studios buscou traçar um novo estilo único, semelhante às artes de vitrais em catedrais e igrejas.

Como resultado, temos um dos projetos mais sofisticados já feito no campo das animações. com visuais que enchem os olhos até hoje por sua beleza e pelo esmero de seus criadores. E, para coroar, ainda temos a hipnotizante e encantadora história de Aurora, jovem princesa que acaba recebendo uma maldição no dia do seu batismo, graças à cruel Malévola.

Em primeiríssimo lugar, não podia faltar o maior clássico da Disney lançado até hoje. O Rei Leão conquistou todos os fãs na época do lançamento - e tudo graças a uma história densa, complexa e pesada, que se espelha muito no clássico Hamlet de William Shakespeare, embora seja contada pelo ponto de vista de um filhote de leão chamado Simba.

Após perder seu pai e fugir para longe, Simba precisa se conectar com novos amigos e encontrar uma forma de retornar ao reino, onde poderá confrontar de uma vez por todas o responsável pela morte de seu pai, seu tio Scar. O filme dirigido por Roger Allers e Rob Minkoff se tornou um sucesso e levou 2 Oscars para casa, incluindo Trilha Sonora e Canção Original.