Vamos deixar claro que John Barrowman é e SEMPRE será o lindo, carismático e sedutor Capitão Jack.

Dito isso, podemos continuar a conversa e afirmar que Marlcolm Marlyn também é bem carismático, calculista, inteligente, charmoso e incrivelmente bom lutador, tanto que, por um tempo, assumiu o título de Ra Sa Ghul na série de Arrow. O que nos faz cair nas graças do personagem mesmo ele sendo um vilão filho da mãe que fica sempre comprometendo o time Arrow por estar frequentemente um passo à frente da equipe de mocinhos... pera, isso também dá um ponto a mais para ele. Droga.

Ele até pode ser um vilão que gosta do poder, mas você entende as motivações do Walter White para fazer as coisas que ele faz. Você torce por ele. Ele tem um objetivo final que justifica seus meios distorcidos.

Então o protagonista pode até ser um vilão. Não faz boas coisas. Mas você entende ele... e até consegue se colocar no lugar de White e aceitar suas ações não muito bacanas, para dizer o mínimo.

Ele tem um passado com vários acontecimentos traumáticos de grande intensidade, uma guerra, a morte horrível da irmã, a morte dos pais, e tudo isso desencadeou nele diversas sequelas psicológicas e um paladar... exótico. Definitivamente, não é aquele amigo que você chamaria para jantar numa sexta-feita à noite. Mas algumas narrativas nos surpreendem quando conseguem nos convencer que o vilão nem é tão ruim assim - mesmo ele tendo o título de maior vilão da história do cinema, segundo o Instituto Americano do Cinema. E essa é uma delas.

O personagem tem uma garra invejável e não mede esforços para alcançar o que quer. É tão errado assim gostar dele?

Doente, psicopata, completamente insano, assassino, sem noção e... caramba, por que mesmo a gente gosta dele!? Ele é o vilão mais marcante das histórias do Batman e o que os fãs mais gostam. Não acredita? Vá em qualquer evento de cultura nerd e conte quantos cosplays de Coringa você verá em uma tarde para tirar suas próprias conclusões.

Ele é o Rei do Inferno e da po--a toda. E assim como a maioria dos outros vilões dessa lista ele é um assassino a sangue frio, cruel e ambicioso. E mesmo assim, você fica encantado pelo seu senso de humor sarcástico, seu sotaque puxado e quase não parece tão ruim assim enviar uns currículos para se candidatar a vaga de demônio da encruzilhada.

Quão errado é dizer que eu iria para o lado dos vilões apenas para ter uma chance com a Arlequina?! Gata, me liga!

Brincadeiras à parte, é claro que Arlequina sabe como usar a sensualidade a seu favor, mas a loucura dela é tão encantadoramente sedutora quanto a do seu parceiro Coringa. E, aparentemente, de todos os leitores de HQs, porque nós continuamos adorando esses dois e, provavelmente, não pensaríamos duas vezes antes de nos juntarmos a eles. Mesmo sendo dois assassinos loucos, que assombram Gotham apenas para se divertir - por favor mamãe não leia isso.

Negan é mau de um jeito que o mundo de The Walking Dead precisa. Para sobreviver. Não é pelo simples prazer de matar - talvez um pouco. Mas ele tem um objetivo maior, num geral, sempre envolve a sobrevivência. E vamos combinar, ele é charmoso para caramba. E mesmo sendo do jeito que ele é, você não consegue desgostar do personagem completamente quando sabe um pouco mais sobre a história dele.

Como a série inteira é narrada pela consciência do personagem, mesmo ele sendo um serial Killer, você consegue compreender algumas coisas. Como por exemplo, ele ainda segue alguns códigos de honra na hora de escolher quem irá matar, para acalmar seu instinto assassino. Dexter escolhe apenas pessoas más que realmente "mereceram" aquele tipo de morte. E, de uma certa forma, ele acaba fazendo justiça. Não que qualquer um tenha o direito de ser um executor das sentenças que ele mesmo faz. Mas se ele tinha que matar alguém para se acalmar, que ao menos fossem pessoas ruins, não é?!

Além de que, durante diversos episódios você vê o conflito interno de Dexter e percebe que ele não comete esses assassinatos por maldade. Que, na realidade, ele tem sérios problemas mentais.

No fim das contas, o saldo acaba sendo positivo para o lado do protagonista, e ninguém se sente culpado de verdade por gostar de Dexter no fim da história. Mesmo ele sendo, bem... um serial killer.

Todas as ações de Rick giram em torno do seu benefício próprio, ele nunca pensa nas consequências ou nas pessoas a volta dele. Não liga para nada nem para ninguém. E mesmo assim gostamos dele? Claro!

Quando você percebe que existem diversas realidades paralelas, em que tudo se repete tantas vezes, que suas ações não fazem diferença já que você pode simplesmente trocar de mundo e se esquecer delas, acaba entendendo porque o personagem não se importa com nada daquilo. Fica fácil compreender seu jeito insano assim, né?

Ele é um enganador de primeira. Trapaceia o tempo inteiro. Move seu mundo em mentiras. E não se importa de enganar a própria família. Ainda assim, é charmoso pra caramba e você acaba caindo nas graças do Deus da Trapaça. E provavelmente o seguiria, porque vamos combinar, no fundo ele não é tão ruim.

Bem, ele matou uma galera em Nova York... mas ele salvou bastante Asgardianos. Como medimos isso afinal? Ele é... mais ou menos mal?