A produção de Homem-Formiga esteve envolvida em uma série de polêmicas.

O diretor Edgar Wright teve de reescrever o roteiro algumas vezes, já que o estúdio não achava que a trama se adequaria ao Universo Cinematográfico Marvel.

Depois de muita discussão, Wright abandonou o projeto e Peyton Reed foi escolhido para dirigir o filme.

Mas o que deixou os fãs mais irritados, foi o fato do herói titular não ser Hank Pym, mas sim Scott Lang, o segundo personagem a vestir o manto do Homem-Formiga nos quadrinhos.

Os leitores alegavam que Lang não tinha a carga necessária para ser um bom Homem-Formiga nas telonas e que eles deveriam respeitar a história de Pym e apresentá-lo da maneira adequada.

De qualquer forma, Michael Douglas fez um excelente trabalho na pele do cientista e Paul Rudd caiu como uma luva na pele do Homem-Formiga da Casa das Ideias.

Quando Peter Parker morreu no Universo Ultimate, a Marvel revelou que o Cabeça de Teia seria substituído por MIles Morales, um jovem negro, latino e que teria alguns poderes similares - e outros bem diferentes - do Homem-Aranha original.

Na época, a Casa das Ideias recebeu diversas ameaças de grupos racistas e vários leitores diziam que um jovem "assim" jamais poderia representar o Homem-Aranha.

A morte de Peter Parker foi um dos momentos mais emocionantes das histórias em quadrinhos e Miles fez questão de honrar esse momento.

O garoto se transformou em um dos personagens mais adorados da Marvel e até mesmo encontrou seu caminho para o Universo 616.

A ideia de matar Peter Parker funcionou no Universo Ultimate, mas quando a Marvel anunciou que faria o mesmo no Universo Principal da editora, a internet veio abaixo.

Pior do que isso, Peter Parker não seria apenas morto. Ele trocaria de corpo com um de seus maiores inimigos, Doutor Octopus, que se tornaria o novo Homem-Aranha.

Os leitores se revoltaram, mas a história foi lançada, transformando-se imediatamente em uma das revistas mais vendidas da história dos quadrinhos.

Conforme a história ia progredindo, o Homem-Aranha Superior foi ficando mais interessante. Os roteiristas encontraram um jeito de fazer Peter Parker continuar participando dos eventos, mas vimos a evolução de Otto Octavius de maneira surpreendente.

Muitos podem não ter gostado do rumo que as coisas tomaram, mas nem de longe foi a catástrofe que todos esperavam que seria.

Em 2008, a Marvel estava prestes a iniciar seu Universo Cinematográfico. O grande problema era que seus principais títulos estavam nas mãos de outros estúdios.

Os X-Men e o Quarteto Fantástico pertenciam à Fox, o Homem-Aranha estava com a Sony e outros personagens como Hulk e Namor, possuíam um contrato de distribuição com a Universal.

A solução foi apostar em heróis "desconhecidos".

Logicamente, quem acompanha as histórias em quadrinhos da Casa das Ideias já conhecia o Homem de Ferro, já que ele tem participado dos mais grandiosos eventos dentro das HQs da editora. No entanto, o personagem - nem de longe - possuía o mesmo apelo que os outros nomes da Marvel, que estavam com os estúdios concorrentes.

Quando a Marvel anunciou que Homem de Ferro seria o primeiro filme 100% produzido pelo estúdio, imediatamente os fãs começaram a zombar, já que não acreditavam que Tony Stark seria capaz de sustentar a base do que se tornaria o Universo Cinematográfico Marvel.

Graças aos excelentes trabalhos de Robert Downey Jr., Jon Favreau e a visão de Kevin Feige, o Homem de Ferro é, certamente, o personagem com maior destaque atualmente.

Depois do sucesso de Blade, a Fox foi um dos primeiros estúdios a apostar nos personagens da Marvel no cinema.

Apesar de deixar alguns fãs divididos, é fato que o primeiro filme dos X-Men foi um grande sucesso. Sua sequência agradou ainda mais aos fãs, mas a trilogia foi encerrada de forma vergonhosa.

Quando o estúdio anunciou X-Men: Primeira Classe, parecia que a produção estava fadada ao fracasso. O filme teve uma fraca campanha publicitária e o material divulgado foi duramente criticado pelo público.

No entanto, logo que o filme foi lançado as críticas cessaram. A nova história, construída por Bryan Singer e Matthew Vaughn agradou público e crítica e é considerada por muitos como a melhor produção dos mutantes nos cinemas.

As novas Guerras Secretas chegaram de maneira avassaladora!

Muitos fãs ficaram com um pé atrás com a proposta de Jonathan Hickman, que funcionaria como uma espécie de reboot da Marvel nos quadrinhos e alteraria grandes eventos do passado da editora.

Mais do que isso, diversos universos alternativos simplesmente deixariam de existir.

Tudo isso seria encabeçado pelo Doutor Destino, que conseguiu moldar uma nova realidade à sua vontade, onde era venerado como um deus, casado com Susan Storm e tinha Doutor Estranho como seu braço direito.

Logicamente, a primeira reação dos fãs foi abominar tudo o que estava por vir, mas o arco foi se desenvolvendo de maneira tão bem construída, que o público passou a ficar curioso pelo desenrolar da trama.

Vale lembrar que tivemos diversos embates épicos e pancadaria não faltou nessa megasaga. Por fim, Guerras Secretas pode não ter se concluído da maneira mais brilhante possível, mas ainda assim foi um evento extremamente divertido de se ler.

Durante a saga Pecado Original, Nick Fury disse algumas palavras para o Deus do Trovão e ele tornou-se indigno de levantar o Mjolnir.

Um novo Thor surgiu e ele era ninguém menos que Jane Foster. Odinson passou a lutar com seu Jarnbjorn e continuou participando ativamente das aventuras de Asgard.

Muitos criticaram a mudança e outros continuam abominando a presença da Thor até hoje. Fato é que essas pessoas nem chegaram perto das histórias da personagem e não sabem o quão incrível é a Thor!

Jane Foster passou a ter uma dinâmica interessantíssima dentro dos quadrinhos. Durante as Guerras Secretas, ela liderou um grupo formado apenas por versões diferentes do Thor e mostrou-se uma personagem indispensável para o Universo Marvel.

Quem deu uma chance para a personagem, passou a admirá-la. Quem continua criticando sem ler, "tá passando vergonha".

Quando Brian Michael Bendis assumiu o título dos Vingadores, no início dos anos 2000, a equipe estava em marés perigosas.

O autor então resolveu simplesmente dar um fim à equipe como conhecemos e, a partir disso, veio a Queda, uma saga responsável por finalizar de vez o grupo de heróis. Não precisa nem dizer que os fãs entraram em desespero com isso...

Porém, logo em sequência surgiram os Novos Vingadores, um dos grupos mais elogiados dos quadrinhos, o que fez com que todos olhassem com outros olhos para a importância do arco nas HQs.

Quando o visual de Mercúrio em Dias de um Futuro Esquecido foi revelado, muitos fãs abominaram completamente sua nova roupagem e já passaram a deduzir que o personagem seria terrível, apenas por sua aparência não agradar.

O filme foi lançado e Mercúrio surpreendeu a todos em uma das mais belas e bem dirigidas cenas dos filmes dos mutantes.

Graças à sua personalidade e a eficiência de seus poderes, o personagem tornou-se o queridinho dos fãs e ganhou muito mais destaque em X-Men: Apocalipse.

O visual pode continuar difícil de engolir, mas combina perfeitamente com o contexto em que os filmes estão inseridos e nem de longe interferem na personalidade de Mercúrio.

Um dos maiores riscos já corridos pela Marvel Studios foi trazer a desconhecida equipe dos Guardiões da Galáxia para os cinemas. Os fãs, apesar de empolgados, viam pouco futuro no filme e já previam um prejuízo financeiro para a Casa das Ideias.

Porém, o filme arrecadou bastante e conseguiu ser um marco na história do Universo Cinematográfico Marvel, trazendo não apenas novos fãs para os filmes da empresa como também alavancou as vendas e a popularidade dos personagens nas HQs.