Uma das aventuras mais complexas dos Mugiwaras está na Ilha dos Tritões. Lá conhecemos toda a história de preconceito dos seres da superfície com os moradores dos oceanos e, sem dúvida, além de forte, essa é uma das tramas mais tristes de toda a saga.

Porque vemos dois lados diferentes lutando pela mesma igualdade e terminando em tragédias similares: a Rainha Otohime e seu sonho do Sol e o ex-escravo, Capitão dos Piratas do Sol, Fisher Tiger.

Também conhecemos a história da Koala com o Fisher Tiger e, se o assassinato da Rainha não te arrancou umas lágrimas, provavelmente a morte do Capitão, traído pela população da ilha-natal da menina que salvou, deve ter te deixado na bad.

Dos personagens com passados completamente desenvolvidos, a história do Chopper está entre as mais tocantes.

Além do relacionamento entre ele e a Dra. Kureha ser algo lindo - e a despedida dos dois de fazer qualquer marmanjo dar aquela suspirada - o ponto principal é a história entre ele e seu “pai”, o maluco Dr. Hiluluk.

Toda a trama, desde o Tony ganhando nome e lar, até o final trágico, com o Hiluluk tentando afastar o Chopper por estar com uma doença terminal e a rena buscando, de todas as formas uma cura… é de arrepiar só de lembrar.

Binksu no sake wa...

Outro passado que não podemos deixar de citar é o do Brook. Toda a história dos Piratas Rumbar com a baleia Laboon é demais para o nosso coração, mas o momento mais emocionante está com o final da tripulação, antes do Brook ganhar sua forma esquelética.

Assistir os piratas aceitando sua própria morte, mas querendo partir com uma última música, é de abater qualquer um. Pra chorar mais com o Brook, só quando ele realizar seu sonho e reencontrar a Laboon.

A Nami tem uma das histórias mais pesadas dentre os Mugiwaras - não que eles possuam as vidas mais leves, mas a dela tem um quê a mais de sofrimento. Poderia citar aqui a história dela com a Bellemere, ou a tristeza dela trabalhar para o Arlong, mas existe um momento especial que não dá para esquecer.

Durante a saga do Arlong Park, quando a Nami acredita que não existe mais esperança e cansou de jogar com o vilão, ela explode em raiva, tristeza e frustração.

Isso fica marcado quando ela começa esfaquear o próprio braço, tentando apagar a tatuagem símbolo do tritão. A cena é um misto de agonia e desespero tão grandes que não tem como não se comover.

Falando em desespero, o Luffy mantém uma atitude bem despreocupada durante a série toda, mas houve um momento em específico onde ele viveu um terror completo - e nós compartilhamos o sentimento.

Quando a tripulação dos Chapéus de Palha realmente perde e é separada à força pelo Kuma, vemos o verdadeiro desespero no rosto de todos os membros, mas principalmente do Capitão, por assistir o que parecia ser o fim de seus nakamas e seus sonhos.

Das histórias mais recentes, é difícil deixar de fora o passado do Law. Em si, a trama toda é trágica, quando começa com o garoto sofrendo com a “Doença do Chumbo Branco”, até sua relação com o Rosinante e como a coisa toda terminou.

Rosinante, ou “Corazon”, irmão do Doflamingo, dá a vida para que o menino escape das mãos dos Piratas Donquixote. Porque além da descendência da “Cidade Branca”, o garoto também faz parte da linhagem dos “D”, que o Doffy considera um inimigo natural.

Cora-san leva o Law para todos os médicos possíveis atrás da cura da doença do chumbo branco, arrisca sua vida para roubar a Ope-Ope no Mi pro menino e, no fim, quando tudo está perdido, a última imagem que ele deixa para o pupilo é um sorriso, mesmo que o que venha a seguir seja trágico.

Uma das coisas mais legais de One Piece é que até o navio dos protagonistas é um personagem carismático. O Going Merry foi o fiel transporte dos Mugiwaras por boa parte da primeira fase da história, sofreu MUITO e teve um dos finais mais tristes, porém dignos, da aventura.

Em um último esforço heróico, o navio salva seus tripulantes no arco de Enies Lobby. Mas esse foi seu máximo. A saga finaliza com o funeral do Merry, em meio a muitas lágrimas - dentro e fora do anime - para dar adeus ao companheiro de viagens.

Sobre Enies Lobby, não é à toa que esse é um dos arcos favoritos dos fãs. É nele que conhecemos a história trágica da, até então, nakama mais misteriosa do grupo: Nico Robin, a Filha do Demônio.

Além do passado da moça, pontuando principalmente quando ela reconhece sua mãe pela primeira vez, assistimos a um dos momentos mais icônicos de todo One Piece, quando a Robin finalmente grita seu maior desejo, em total desespero, para seus companheiros: pela primeira vez na vida, ela reconheceu seu valor e queria, mais que tudo, continuar viva.

Muito depois de Enies Lobby, outro arco envolvendo a Marinha é um favorito dos fãs: A Guerra dos Maiores, quando o Barba Branca e sua frota vão até o QG da Marinha para resgatar o Ace.

Assim como qualquer outra aventura de One Piece, a coisa é toda megalomaníaca, emocionante e acaba com a morte de um dos maiores símbolos piratas da história: o grande Barba Branca, Edward Newgate, termina sua jornada em pé, segurando sua lança, com sua capa caindo revelando as costas sem uma cicatriz sequer, mostrando que ele nunca fugiu de uma batalha.

Vocês sabiam que essa estava chegando, né?

Ainda na Guerra dos Maiores, depois do Barba Branca, One Piece sofre um desfalque ainda mais dolorido e brutal: o Ace, irmão do Luffy, que era o objetivo principal de todo o arco, morre para salvar o protagonista.

Depois de reconhecer seu próprio valor em seus últimos momentos, o Ace, que era um favorito dos fãs, se sacrifica para que o Almirante Akainu não mate seu irmão. É, talvez, a cena mais chocante de toda a história e a reação do Luffy é, provavelmente, a mesma dos fãs com a situação.