Sempre que o Darkseid está envolvido, é muito difícil a vitória da Liga ser completa. E quando a DC resolve investir em uma de suas famosas Crises, dificilmente seu universo sairá ileso ao final da aventura.

Em “Crise Final”, por exemplo, acompanhamos a trama de quando o Darkseid e os Novos Deuses conseguem tomar conta da Terra, escravizando a humanidade com a Equação Antivida. Ele toma conta até de vários super-heróis, incluindo a Mulher-Maravilha.

No fim, sim, eles são derrotados, mas não sem casualidades. Cidades inteiras são destruídas no processo e o planeta mantém a cicatriz psicológica de ter sido controlado pelo tirano.

Muita gente lembra apenas de Coast City quando se fala da destruição de cidades da DC Comics, porém Blüdhaven foi obliterada completamente não uma, mas duas vezes.

A primeira vez que isso rolou, foi durante a Crise Infinita, quando a Sociedade Secreta dos Super-Vilões explodiu a cidade. A segunda, foi exatamente durante a Crise Final, quando o Darkseid usou Blüdhaven como sua base de operações na Terra e o lugar serviu como o campo de batalha entre a Liga da Justiça e as forças do vilão, destruindo a cidade novamente.

Mas o lance é que a destruição de Coast City é um marco de desespero nas histórias do Hal Jordan, algo que vira a história do herói de cabeça para baixo.

O Mongul, a mando do Superciborgue, oblitera a cidade do Lanterna com uma série de bombas, causando uma devastação sem igual que ninguém na Liga pôde parar. Isso abre as portas para a transformação do Hal em Parallax, um capítulo obscuro na história do personagem.

No entanto, em matéria de destruição e consequência, existe um outro caso de cidade super-heróica sendo obliterada que levou a uma ditadura global. Em Injustice, o Coringa acabou com o mundo como conhecíamos explodindo Metrópolis.

Plantando uma bomba nuclear no ninho do Superman, com o gatilho sendo a própria Lois Lane, o Palhaço usa uma droga alucinógena no Homem de Aço que o faz matar sua esposa grávida, acionando a explosão que destrói sua própria cidade. Não só isso: a bomba ainda mata vários heróis no caminho.

O resultado disso vocês conhecem: ditadura global do Superman. Ninguém na Liga conseguiu prever ou parar isso.

A clássica história de quando a criação se torna mais inteligente que o próprio criador: a vez em que o Irmão-Olho, o sistema de vigilância avançada do Batman, que monitora o planeta todo, evoluiu demais e tomou conta da Terra.

Em “Futures End”, 35 anos no futuro, o Irmão-Olho conseguiu controlar o planeta e escravizar a comunidade super-heroica. A Liga da Justiça, o Batman do Futuro e o Tim Drake são todos impotentes contra a máquina, mesmo usando viagem no tempo para tentar pará-la.

Bom, essa é bem simples de resumir: no fim da Crise nas Infinitas Terras, por mais que o Anti-Monitor tenha sido derrotado e tudo mais, todo o multiverso DC foi apagado, mesmo com o esforço dos heróis E vilões da editora, restando apenas um universo. Isso sim é casualidade de batalha.

O Irmão-Olho não foi a única vez que a inteligência do Batman se virou contra ele e a Liga da Justiça. "Torre de Babel" está aí para mostrar o perigo da existência dos planos de contenção do Morcego.

Nessa história, o Ra’s Al Ghul rouba os planos de contenção que o Batman tem preparado para cada membro da Liga e usa contra os heróis, os incapacitando. Logo depois, ele lança sobre o planeta um sinal especial que danifica os processos de linguagem, colocando o mundo em caos absoluto.

Sim, a Liga prevalece no fim, mas não sem o planeta sofrer graves sequelas do ataque. Uma guerra nuclear quase foi iniciada desse incidente.

Indo lá para a animação clássica da Liga, tem um episódio bem bacana onde a equipe, a primeiro momento, não consegue impedir a “morte” do Superman e, depois, acabamos em um futuro onde o planeta foi destruído pelo Vandal Savage.

Em “Hereafter”, o Superman é derrotado por um grupo com seus piores inimigos, mas, no lugar de morrer mesmo, é transportado para um futuro onde a Terra se transformou em um verdadeiro cenário pós-apocalíptico.

Descobrimos, então, que, depois da aparente morte do Homem de Aço, Vandal Savage criou um dispositivo capaz de controlar a gravidade. Com isso, ele derrotou a liga, tirou a Terra de sua órbita e destruiu a humanidade. O Superman até volta e para o Savage, mas sempre vai existir uma linha do tempo onde tudo isso aconteceu.

Mais uma para o Darkseid. Em “JLA: Rock of Ages”, do Grant Morrison, o vilão usa a Equação da Antivida para escravizar a Terra - mais uma - enquanto faz o Superman se suicidar, captura o Batman e mata diversos heróis no caminho.

Sim, o vilão é derrotado no final, mas a que custo, né?

Por fim, mais uma Crise: a Crise Infinita. Aqui a Liga falha feio em parar um único vilão em sua insanidade em moldar a realidade: o Superboy-Prime. Claro, ele não é um qualquer; provavelmente, o Prime está entre os vilões mais poderosos que a DC já colocou em suas páginas.

Para ter uma ideia da devastação que o rapaz faz, ele mata vários Lanternas, machuca inúmeros super-heróis, enfrenta a Liga da Justiça e a comunidade super-heroica DC em peso e finaliza com a morte do Connor Kent, o Superboy. Isso sem contar o que vem depois disso, mas vamos parar por aqui. Definitivamente, não foi um bom dia para a Liga.